Prólogo

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A garota abriu os olhos

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A garota abriu os olhos. Ela respirou fundo, sentindo o peito doer, e então olhou ao redor.

Estava em uma sala branca, assim como o quarto de um hospital. Ataduras estavam enroladas em seus braços, pernas, pescoço e cabeça. Não havia sinal de que alguém estava por perto.

Ela não lembrava de como havia parado ali. Não se lembrava do porquê de estar tão machucada. Ela não se lembrava do próprio nome.

Aos poucos, ela conseguiu se sentar. E então se levantar da cama e começar a andar pelo quarto. Suas pernas doíam, mas a curiosidade era maior. Ela passou o dedo pelos livros de capa dura e branca, assim como os móveis, as paredes e o chão. E o cabelo dela também. Branco puro, como a primeira neve do inverno.

Inverno... Será que já era inverno do lado de fora?

A porta, que até então ela não tinha notado estar ali, se abriu, e então um homem entrou acompanhado de um garoto... um pouco mais velho que ela? Ela não sabia dizer. Quantos anos será que ela tinha?

- O que está fazendo? Ainda não está em condição de sair andando! - o homem se aproximou dela a passos firmes e silenciosos, e então a pegou nos braços com uma facilidade impressionante. Ela o encarou, sem expressão, e deixou que ele a levasse até a cama e a colocasse sentada lá.

- Tem que tomar cuidado para deus pontos não abrirem - falou, segurando uma das pernas dela e verificando se as ataduras não havia afrouxado. Quando se deu por satisfeito, checou a outra perna. E então o braço direito e o esquerdo. E então a cabeça e o abdômen. Não havia malícia no toque dele, apenas preocupação e gentileza. Quem quer que ele fosse, pensou, realmente se preocupava com ela. Ou então era muito bom fingindo.

- Quem é você, senhor? - ela perguntou com cautela.

O corpo dele enrijeceu por um segundo, mas ele logo olhou para ela, obviamente muito surpreso.

- Não se lembra de mim?

Ela fez que não com a cabeça. Ele segurou as mãos dela entre as deles. As mãos dele era muito maiores do que as dela; davam a sensação de que poderia quebrar o pescoço dela sem o menor esforço, o que julgou ser verdade.

- Do que se lembra? - ele perguntou.

Ela ficou em silêncio, tentando se recordar de algo — um rosto, uma frase; qualquer coisa. Foi quando algo — escondido bem no fundo de sua mente — emergiu das profundezas.

- De sangue e cinzas... - murmurou - nós ressurgiremos.

- Você se lembra dessa frase - ele abriu um sorriso. - Bom. Do que mais se lembra?

Ela ficou em silêncio e abaixou a cabeça. Ela não viu, mas pôde sentir quando o sorriso dele desapareceu.

- Quem sou eu, senhor? - perguntou baixinho. - Quem é você? Quem... quem é ele? - olhou para o garoto parado perto da porta, que até então tinha se mantido em silêncio. Os olhos dele eram uma escuridão profunda e infinita, e que fez um arrepio percorrer a espinha dela.

O homem apertou as mãos dela com carinho, não o suficiente para machucar.

- Eu sou Silva Zoldyck. - falou. - Eu... sou seu padrinho. Aquele é meu filho, Illumi. - ele a puxou para um abraço desajeitado. Dava para ver claramente que não saia por aí abraçando os outros. - E você é Nihil. Nihil Nephilim.

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Obrigada por ler ❤️🥀

[Publicado em: 15 de setembro de 2023]

Palavras: 571 palavras.

𝐵𝑙𝑜𝑜𝑑 𝑀𝑜𝑜𝑛 - Hunter x HunterOnde histórias criam vida. Descubra agora