capítulo 117

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Acordamos cedo pra terminar de organizar nossas malas, tomamos café da manhã e fomos pro aeroporto.

A viagem foi tranquila, dormimos a maior parte do tempo e agora estamos no aeroporto de São Paulo esperando o avião que vai pra São José do Rio Preto, onde o Rafa vai pegar a gente.

- Minha bunda está doendo de tanto ficar sentada. (Sophia)

Ela encostou a cabeça no meu ombro.

***

- Com todo respeito Maria, você está linda. (Marina)

Meus sogros nos receberam com abraços apertados, achei que a mãe da Soph ia chorar ao me ver, do tanto que seus olhos brilharam.

- Deixa que eu levo as malas de vocês (Rafael)

- Cadê a minha branquela? (Sophia)

- Está na casa da amiga dela, fazendo um trabalho de escola. (Marina)

Seguimos pro carro e Rafa dirigiu até Olímpia.

- Fiquem a vontade meninas, a casa é de vocês... (Marina)

Subimos pro antigo quarto da Sophia pra colocar nossas malas e voltamos pro andar de baixo pra ajudar a mãe dela preparar a janta e colocar o assunto em dia.

***

Coloquei a travessa de lasanha no forno e ouvi uns passos de alguém correndo em direção a cozinha.

Assim que vi a figura da ruivinha que já não está pequena, abri os braços recebendo ela em um abraço aperto.

- Caralho eu nem acredito que é você mesmo! (Antonella)

- Olha a boca Antonella (Marina)

- Desculpa mãe (Antonella)

Ela saiu do abraço me olhando animada.

- Tenho tanta coisa pra contar (Antonella)

- Você está linda Nella, uma moça já (Maria Louise)

- Linda eu sempre fui, agora tenho peitos (Antonella)

Ela começou a rir.

- Os dois juntos dão o tamanho de um (Sophia)

- Ouvi alguém te chamando lá no jardim Sophia (Antonella)

- Amor, amanhã levarei as crianças ao parque (Rafael)

Rafa se aproximou do balcão e bebeu do copo de Marina.

- Que crianças? (Sophia)

- Você e sua irmã (Marina)

Rimos e as duas deram língua como verdadeiras crianças.

- Sei que vocês duas estão cansadas da viagem, mas vou mostrar umas coisas da festa depois do jantar. (Antonella)

Ela disse animada.

- Por que não mostra amanhã meu amor? (Rafael)

- Tudo bem Rafa, depois do jantar você nos atualiza. (Maria Louise)

- Vou tomar um banho (Antonella)

- Não precisa fingir não Nella, sua irmã e a Maria sabem que você não toma (Rafael)

- Ha há há. (Antonella)

Ela fez careta e saiu da cozinha indo pra escada.

Enquanto a lasanha ficava pronta, subimos pra tomar banho também.

- Amor, eu acho que foi na sua mala (Sophia)

- Não está aqui Sophia (Maria Louise)

- Olha direito, eu coloquei aí (Sophia)

- Você colocou ou acha que colocou? (Maria Louise)

Ela cruzou os braços fechando a cara.

- Não lembro Maria Louise (Sophia)

- Meu Deus Sophia, faz as coisas no mundo da lua?! (Maria Louise)

- Vai começar de novo? (Sophia)

Semana passada brigamos por bagunça, Sophia é bagunceira e isso começou a me deixar inquieta, mas não é por mal... passei muito tempo em um mundo só meu, onde eu colocava algo no lugar e no próximo ano ele ainda estava lá do mesmo jeito que deixei.

- Desculpa amor (Maria Louise)

Disse em tom baixo olhando pra ela que abriu a frasqueira que estava a sua frente, retirou o creme que eu estava procurando e me entregou ainda com a cara fechada.

- Amor... (Maria Louise)

- Vou tomar banho Maria Louise (Sophia)

Barrei seu caminho até o banheiro e ela ergueu a cabeça pra me olhar.

- Licença (Sophia)

Ela tentou me afastar da porta.

- Você está brava de novo (Maria Louise)

Segurei o rosto dela.

- Não estou brava Maria, estou chateada. (Sophia)

- Com o que amor? (Maria Louise)

- Não sei Maria, talvez você precise de um espaço só seu, não sei, as vezes sinto que invado seu espaço. (Sophia)

Os olhos dela lagrimejaram, ela está mais sensível que o normal...

- Quer chocolate princesa? (Maria Louise)

Ela me empurrou tentando esconder o sorriso que escapava.

- Filha da puta, não tô de TPM (Sophia)

Retornou o tom sério, meio metro de gente e acha que manda.

- Sophia olha pra mim -me aproximei mais dela- você não invade meu espaço amor, já conversamos sobre isso -beijei a ponta de seu nariz- só tenha um pouquinho de paciência comigo (Maria Louise)

Ela concordou com a cabeça e me abraçou.

- Desculpa eu ser bagunceira amor (Sophia)

- Não, vou bater na sua bunda se fizer bagunça (Maria Louise)

Disse em tom de brincadeira e ela riu.

- Quer tomar banho comigo? (Sophia)

- Eu faço esse sacrifício (Maria Louise)

Ajudei ela a tirar a roupa e ela fez o mesmo comigo.

- Quente? (Sophia)

- Uhun (Maria Louise)

Enquanto ela ligava o chuveiro me aproximei por trás colocando seu cabelo pro lado e depositei um beijo suava em sua nuca.

- Te amo Sophia Cardim (Maria Louise)

Sussurrei quando ela virou sorrindo.

- Eu sei (Sophia)

Ergui uma sobrancelha e comecei a fazer cócegas nela.

- eu vou escorregar, para. (Sophia)

Parei as cócegas e depositei minha mão na cintura dela.

- também amo você Maria Louise Maillard. (Sophia)

***

- Vou lá em cima pegar o computador pra mostrar pra elas (Antonella)

- Não não mocinha, a louça é sua (Marina)

- Aaa mãe (Antonella)

- Nem B, anda anda (Marina)

- Depois eu lavo (Antonella)

- Antonella (Marina)

- Tá bom, me ajuda Sophia? (Antonella)

- Eu não, já lavei muita louça aqui (Sophia)

- Óia que mentira, eu que lavava a maioria (Rafael)

- Dois pescadores, eu que sempre lavei (Marina)

Depois de um tempo debatendo sobre quem lavou mais louça, ajudamos Antonella com a de hoje e fomos pra sala esperar ela descer com o notebook pra nos mostrar como estava indo os assuntos da festa.

No elevador. (romance sáfico) Onde histórias criam vida. Descubra agora