capítulo 91

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Cheguei no condomínio e subi pro meu apartamento, antes que eu abrisse a porta, Pyetra saiu com uma mochila nas costas.

- Vai onde? (Sophia)

- Vou dormir na Fer, beijinho (Pyetra)

Ouvi um latido vindo de dentro e tentei olhar mas ela colocou o corpo na frente.

- Tem um cachorro aí? (Sophia)

- Tem (pyetra)

- Adotou? (Sophia)

- Não (Pyetra)

- Então por que...

Ela me interrompeu com um abraço e saiu com pressa pro elevador.

- Pyetraaa, explica isso, de quem é? (Sophia)

A porta  do elevador fechou, bufei revirando os olhos e entrei no apartamento vendo a Bola de pelo na sala. Pyetra quer me deixar doida, não é possível.

Me abaixei pra ver o cachorrinho e ele, que no caso é ela, pulou no meu colo.

- Oi bebê, você é muito linda (Sophia)

Falei com voz infantil pra cachorrinha que estava agitada no meu colo.

Vi um papel preso na coleira dela então abri pra ver o que era.

"Lembra das coisas que eu queria te falar a sete anos atrás... acho que o momento é agora.
Já te contei o que aconteceu e mais uma vez você foi incrível e disse que está do meu lado.
Minha certeza continua a mesma, quero você. Você é o amor da minha vida e quero na minha vida.
Todas as coisas que eu escrevi quando fui embora, continuam e sempre foram verdadeiras.
Te escreveria um milhão de vezes o que eu sinto quando te vejo, quando te toco... só de ouvir seu nome meu corpo queima... te descreveria o que eu sinto com a mais sinceridade e clareza, mas pra escrever, o papel tem que estar seco e eu com boa visão... coisa que não condiz com minha realidade agora, porque estou extremamente emocionada em saber que posso te tocar depois de tanto tempo...
Quer saber, vem logo aqui no seu quarto."

Deixei o papel na mesa e fui pro meu quarto.

Abri a porta e o quarto estava iluminado só pelo meu abajur de lua, na cama tinha um urso médio branco com alguns milkas.

Entrei e parei perto da cama pra pegar os chocolates mas senti alguém atrás de mim.

- Vai dividir (Maria Louise)

Ela sussurrou atrás de mim me fazendo levar um susto e virar pra ela.

- Caralho Maria Louise (Sophia)

Coloquei a mão no peito e ela sorriu parecendo se divertir com aquilo.

- Morre não, não antes de aceitar (Maria Louise)

- Aaa, então depois eu posso? (Sophia)

Me aproximei com um sorriso de lado e apoiei meus braços em volta do pescoço dela.

- Não (Maria Louise)

- Aceitar o que se você não pediu nada? (Sophia)

- Se faz não (Maria Louise)

- Ex não supera mesmo neh... (Sophia)

Balancei a cabeça pros lados sorrindo pra ela que colocou a mão na minha cintura.

- Não, vai fazer o que? (Maria Louise)

- Voltar ué, eu também não supero nunca (Sophia)

- Era pra isso ser fofo Sophia (Maria Louise)

- Quem disse que não está sendo? (Sophia)

- Insuportável que você é senhorita Cardim, onde faço reclamações? (Maria Louise)

- Me beija que passo a informação pra quem quer que seja... (Sophia)

- Não sei se deveria, afinal, agora somos sócias neh... (Maria Louise)

- Sério? (Sophia)

Olhei pra ela surpresa.

- Sim (Maria Louise)

- Juro que se isso aqui ou essa informação for um sonho, me deixa dormindo universo... (Sophia)

- Fala logo Sophia, quer me matar aqui? (Maria Louise)

Comecei a rir da cara de preocupação dela.

- Pede então (Sophia)

Olhei no olho dela e desci pra boca.

- Já vai ser a segunda vez que faço isso na vida e adivinha... a mesma pessoa (Maria Louise)

- Se não fosse, você ficaria sem esses lindos dedos neh amor (Sophia)

- Aceita logo ser minha de novo Sophia (Maria Louise)

- Isso aí não vai rolar não, eu já sou sua... (Sophia)

- Já disse que você é insuportável? (Maria Louise)

Ela apertou minha cintura com mais força, me prensou na parede ao lado da porta e cochichou no meu ouvido me fazendo suspirar de surpresa e satisfação.

- Aceita logo (Maria Louise)

Concordei com a cabeça e subi minha mão pela blusa dela.

Ela me olhou sorrindo de lado e tirou minha mão dali, colocando na parede acima da minha cabeça.

- Só minha namorada me toca. (Maria Louise)

Ela prendeu o olhar no meu, deixando o clima mais palpável do que já estava, com a mão que não estava segurando as minhas, ela afastou minhas pernas e prensou o joelho na minha intimidade que a essa altura já pulsa querendo a Maria Louise.

Aproximou o rosto me dando um selinho no canto da minha boca, desceu dando um beijo molhado no meu pescoço e sussurrou contra minha pele em um tom quase inaudível.

- Fala... (Maria Louise)

Fechei os olhos tentando controlar meu corpo e falei já com dificuldade.

- Eu sou sua namorada Maria Louise, me fode logo (Sophia)

- Está sensível amor? (Maria Louise)

Ela subiu a mão pela lateral no meu corpo e tirou a blusa de dentro da calça lentamente em uma tortura.

Tentei soltar minhas mãos do agarre da dela mas ela impediu me olhando superior e balançando a cabeça pros lados.

- Dói? (Maria Louise)

Ela apertou mais minha mão e colou o corpo dela no meu me fazendo sentir uma corrente extremamente quente.

Neguei com a cabeça e ela sorriu.

- Só para de torturar (Sophia)

Ela passou a mão por toda minha barriga causando arrepios e abriu o botão e zíper da minha calça.

Adoro essa mão habilidosa...

No elevador. (romance sáfico) Onde histórias criam vida. Descubra agora