Opostos No Amor | Tom Kaulitz

008

- Arianna, acorda - disse Emily entrando no quarto.

- Que horas são? - perguntei tentando acordar.

- 18:00, você passou o dia inteiro dormindo.

- Dormir faz bem querida.

- Já está indo para o aniversário? - perguntei.

- Já sim, vou pegar uma carona com meus pais e eu chego às 22:00 - respondeu.

- Tá bom, si divirta - falei.

- Valeu prima, até mais - disse ela saindo do quarto.

Emily foi a uma festa de aniversário de uma amiga e meus tios foram a um restaurante. Eu até amo uma festa, mas sinceramente eu apenas queria a casa toda só pra mim por umas horas, só eu e eu.

Me levantei da cama indo tomar um banho pro sono que ainda habitava em mim sair, depois que banhei fiquei umas meia hora mexendo no computador.

Depois desci as escadas para fazer algo para comer e aproveitando que estava sozinha coloquei uma música bem alta, ao som de Perfect de Ed Sheeran fiz um macarrão.

- Porra, essa música acaba com qualquer um - falei só comigo.

Quando eu já estava colocando o meu macarrão no prato, escutei um barulho bem alto vindo lá de cima, desliguei o som e peguei a primeira coisa que vi pela frente, uma panela para me defender caso tivesse alguém lá, e subi as escadas. Quando cheguei na porta do quarto a abri lentamente.

- Quem está aí!? - perguntei abrindo a porta.

Quando abri a porta e acendi a luz não vi ninguém.

- Eai gatinha - disse Tom escorado atrás da porta.

- PORRA - gritei ao vê-lo lá parado.

- Quer me matar é? - perguntei colocando a panela na cama

- Você ia me bater com uma panela? - perguntou ele se aproximando.

- Foi a primeira coisa que eu vi.

- Mas o que você estar fazendo essas horas aqui? E como entrou? - perguntei.

- Eu vim aqui para conversar contigo, e entrei pela janela - respondeu.

- Cê tá ligado que esse quarto é no segundo andar né? - perguntei.

- Sim, e não foi difícil escalar a parede, não é tão alto - respondeu.

- Então tá Homem-Aranha - falei irônica.

- E veio conversar o que? Que eu saiba a gente não tem nada para conversar - falei me sentando na cama.

- Se você quiser a gente não precisa conversar - disse ele se sentando na cama e se aproximando de mim.

- Então você pode ir embora - disse dando um peteleco na testa dele.

- Aí! - exclamou ele colocando a mão na testa enquanto eu dava um sorrisinho.

- Você tem um belo sorriso - disse ele se aproximando de novo.

- E você acha que eu não sei - falei me levantando da cama.

Quando me levantei da cama ele também se levantou me puxando pela blusa fazendo nossos corpos ficarem colados, as mãos dele estavam em minha cintura e as minhas em seu peitoral, nossos lábios estavam a uns cinco centímetros, seus olhos penetravam nos meus, ninguém disse nada, ficamos assim por um minuto sem sentir nenhum constrangimento.

- Seus olhos são lindos gatinha - disse ele susurrando me fazendo olhar para seus lábios.

Nossos lábios estavam quase se tocando quando ouvi meus tios chegarem no carro.

- Merda - falei me afastando.

- O que foi? - perguntou ele confuso.

- Meu tios chegaram - falei vendo eles colocando o carro na garagem.

- Sai pela janela, rápido - falei.

- Não dá, é muito alto, eu só entrei porque tem uma lixeira ali que eu usei de apoio, se eu pular vou quebrar meu tornozelo - disse o garoto.

- Droga Kaulitz. É.... Fica aqui e não faz nenhum barulho - falei pegando a panela em cima da cama e abrindo a porta do quarto para sair.

- Pera aí - disse ele me puxando e me dando um selinho.

- Agora sim  - disse ele olhando em meus olhos e com um sorriso em seus labios.

Depois que ele fez isso não disse nada, só sai do quarto descendo as escadas o mais rápido possível, quando cheguei na cozinha coloquei a panela no lugar e fingi estar comendo o macarrão.

- Oi Arianna - disse minha tia entrando pela porta dos fundos.

- Oi tia - respondi.

- Vocês chegaram tão cedo, pensei que iam demorar mais um pouco - falei vendo meu tio agora entrando na cozinha.

- Ari você nem acredita, o restaurante pegou fogo, então saímos o mais rápido possível - disse ela.

- Nossa que azar vocês tiveram né.

E eu também.

- Pelo menos nós não nos machucamos né - falou meu tio.

- E até que foi uma noite divertida - disse minha tia.

- Acho que vou tomar um banho, vou pegar uma toalha no quarto de vocês Ari - disse a mesma.

- Não! - exclamei.

- Deixa que eu pego tia, pode ir preparando seu banho - falei.

- Não precisa, eu pego.

- An... Então eu te acompanho - falei sorrindo forçado.

- Tá bom - falou ela estranhando.

Espero que Tom não seja tão burro e tenha se escondido, de preferência não no banheiro.

Fui conversando com minha tia em um tom de voz alta para que Tom escutasse e se escondesse.

Tom ouvia tudo escondido no guarda-roupa segurado a risada para não fazer besteira, quando foi se escorar no cabide acabando por cair e fazer um alto barulho.

- O que foi isso? - minha tia perguntou.

- Será um ladrão?! - Fez um som e expressão de espanto.

Porra, fudeu.

- Não tia. Acho que é um... Fantasma - menti gaguejando.

- Fantasma? - Minha tia perguntou.

- Sim! É melhor... Eu ir ver e você pega a toalha no banheiro.

- Ta bom, eu acho - disse ela indo em direção ao banheiro.

- Tom? - perguntei susurrando.

- Oi gatinha - respondeu ele também susurrando.

- Sai daqui enquanto minha tia está no banheiro, sai pela porta dos fundos.

- Ta bom, e alias, você mente muito mal - falou ele saindo do guarda-roupa.

- E tu acha que eu não sei? - Falei.

- Até mais mi gatita - disse ele saindo do quarto.

O moleque meteu um espanhol do nada.

- Então, achou alguma coisa? - perguntou minha tia saindo do banheiro.

- An... Não, acho que foi só... O vento - merda, tenho que aprender a mentir melhor.

- Se você diz - disse ela saindo do quarto com uma cara de confusa.

Quando ela saiu, me joguei na cama suspirando aliviada.

Merda de restaurante que foi achar de pegar fogo hoje.