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O Tom foi super cavaleiro, abriu a porta do carro para mim e foi muito gentil, ele não parece ser galinha igual Emily falou, quando estávamos no carro ele não me disse sobre o que queria conversar, ele só me falou sobre coisas da banda me deixando entretida.

- Já veio nessa lanchonete? - perguntou Tom enquanto nós saiamos do carro.

- Na verdade eu não fui a muitos lugares porque cheguei esses dias - respondi.

- Então pode ter certeza que você vai amar esse lugar, tem de tudo - disse ele entrando no local.

E um beijo seu, tem?

- Tá bom, mas agora diz aí, porque queria conversar comigo pessoalmente? - perguntei a ele, eu estava curiosa né, não é todo dia que um gatinho te convida para ir a uma lanchonete.

- Ah vamos pedir alguma coisa pra comer primeiro - disse ele pegando dois cardápios e me dando um.

Pedimos a mesma coisa, uma Coca-Cola e um hambúrguer, eita como são saudáveis.

- An... Então, eu te chamei aqui pra falar sobre aquele dia que você me fez fingir ser seu namorado - ele disse, me fazendo lembrar dessa vergonha.

- O que tem esse dia? - falei pra ele tomando um gole da coca.

- Eu pedi seu número pra dar "autógrafo" a sua prima né? - disse ele fazendo um sinal de aspas com a mão.

- Aham? - respondi comendo meu lanche igual uma criança

- Bom, não foi pra isso, falando a real, eu te achei bem gatinha, e queria te ver de novo - falou o garoto.

- Eu já tinha sacado isso, quer dizer, minha prima que disse que você estava dando encima de mim porque eu sou toda lerda e não tinha percebido - disse fazendo ele sorrir.

- Eu só não entendi porque eu, você tem tantas fãs gatas mas pediu o meu número? - falei a ele vendo o mesmo comer seu lanche.

- Porque a maioria das minhas fãs só querem ficar comigo por fama - explicou ele.

- Mas você também não quer ficar com elas só pelo corpo delas? Só ficar por ficar?

Droga, não era pra eu ter dito isso.

- An... Foi mal eu não queria dizer isso.

- De boa, eu acho, mas você realmente pensa isso de mim? - perguntou.

- Como eu disse, não te conheço muito bem, então isso quem me falou foi minha prima.

Acho que eu não deveria ter falado isso também, e se ele ficar com raiva da minha prima? Acho que já falei besteira de mais nessa conversa.

- Olha, eu não sou assim, com todas as garotas.

- Então quer dizer que você é assim com algumas garotas? Só fica com elas pelo corpo? É isso que você quer fazer comigo?

Se bem que eu sou tão magrinha que se o vento passar ele me leva.

- Não, eu não quis dizer isso, eu me expressei mal.

Bem mal né.

- Eu quis dizer que algumas que eu fico eu crio um pouco de sentimento, e outras é só uma ficada, não estou me aproveitando, estou vivendo, todo mundo fica com pessoas só por ficar, e tenho certeza de que você também fica - disse ele olhando no fundo dos meus olhos parecendo que estava enxergando a minha alma.

- Pois você está errado, eu não fico por ficar, eu gosto de sentir conexões - falei ao garoto

- Conexões? Besteira - disse ele ainda me encarando.

"Ele não parece ser galinha igual Emily falou" retiro o que eu disse.

- Era só isso que tinha pra me dizer? - perguntei a ele.

- Era... - respondeu.

- Então porque você simplesmente não me falou pelo telefone? - falei suspirando.

- Porque eu queria ti ver de novo

- Me ver ou me usar e depois descartar? - falei seria.

- Eu já disse que não sou assim - disse ele pegando em minhas mãos.

Retirei minha mão dali, o toque da mão dele me fez sentir algo estranho, e eu não queria sentir aquilo.

- Então diz aí Tom o que você queria fazer - disse cruzando meus braços.

- Eu já falei, queria te ver

- Mas você disse que algumas meninas você fica por ficar e outras você cria um pouco de sentimentos - falei

- Quer dizer que você criou "um pouco de sentimentos" por mim? Isso eu chamo de amor a primeira vista - disse provocando ele

- Eu já disse que acho essas coisas uma besteira, não criei sentimentos por você e-

- Então você quer me usar? - perguntei o interrompendo

- Também não Arianna - respondeu ele perdendo a paciência

- Então é o que? - respondi também perdendo a paciência

- Eu acho que é melhor a gente ir - disse ele bufando e eu concordei

Depois que pagamos nossos lanches fomos para o carro, e ele não abriu a porta do carro de novo, eu nem fiquei surpresa, tenho certeza que ele achou que eu ia me levantar e o beijar, o que eu queria, antes dele falar que conexões eram besteira, caminhos nunca se cruzam atoa. Fomos o caminho inteiro em silêncio, e quando chegamos a minha casa ele desceu do carro e me levou até a porta.

- Te vejo por aí gatinha - disse ele saindo.

- Te vejo por aí - respondi.

Pensei que isso teria sido melhor, não sei porque mas senti alguma coisa por esse menino, mas também não importa. Amanhã é meu primeiro dia de aula aqui nos Estados Unidos e eu estou nervosa e não tenho tempo para ficar pensando em menino.

- Iai prima - disse entrando no quarto meio cabisbaixa.

- Oii prima!! - disse ela bem animada.

- Como foi? - perguntou.

- Ele é do jeito que você falou

- Então isso não é bom não em - falou me fazendo rir.

- Eu tinha até sentido um negócio por ele sabe, não sei explicar, mas é besteira, eu sou uma pessoa muito intensa pra me envolver com um cara como o Tom.

- Te entendo Anna - disse ela olhando para um poster do Tom.

- Mas como você é doida por ele eu posso ver se consigo arrumar um encontro pra você com ele - disse olhando para ela com um olhar malicioso.

- Quem eu quero agora é o Bill que é igual o Tom mas totalmente diferente - disse ela.

- Esse aí eu nunca conversei então vou ficar te devendo essa - disse a garota.

Fui tomar um banho pra esquecer o que tinha acontecido, meu dia tinha sido tão entediado, pensei que esse encontro ia melhorar mas só fez o resto do meu dia piorar.

Depois do banho fiquei assistindo tv com Emily e meu celular ficou carregando, a gente assistiu tv até a hora do jantar, os pais dela trabalhavam muito até nos domingos então a gente fazia nossa própria comida.

- Aí Emily depois que a gente terminar de jantar, vamos fazer um brigadeiro bem brasileiro? - perguntei a ela.

- Nossa vamos com certeza, faz tanto tempo que eu não como um brigadeiro brasileiro - respondeu ela lambendo seus lábios.

Depois que terminamos de jantar fizemos os brigadeiros e ficamos falando dos gatinhos que tinha no show da banda Tokio Hotel, mas eu não conseguia tirar o Tom da cabeça, o que já tava bem chato. Depois fomos dormir, mas antes peguei o celular para colocar o despertador e vi uma mensagem do Tom.

Eu não quero te usar gatinha.

Opostos No Amor  |  Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora