Opostos No Amor | Tom Kaulitz

014

- O que vocês estavam fazendo? - perguntou Emily após Tom sair do quarto.

- Ué eu já falei que ele só estava me dando as camisas - respondi.

- Ah tá, conta outra.

- Aí tá bom, a gente... Se... Beijou... - falei me sentando na cama.

- Nossa jura? Nem tinha percebido - ironizou ela também sentando na cama.

- Não devia ter deixado ele me beijar.

- Por que não boba?

- Porque... Eu tinha falado a ele que não queria ser só mais uma que ele iria usar e que ele não ganharia nada de mim se não decidisse o que de fato queria comigo. Mas quando estávamos com nossos corpos colocados... E... Ele me olhava com aqueles olhos.

Aqueles olhos...

- Eu não consegui me segurar e deixei-o me beijar - falei pegando uma almofada e colocando meu rosto sobre ela.

- Aí Ari para de drama, as pessoas mudam. Olha, Bill me deu duas toalhas para que possamos tomar um banho, vai lá tomar um banho vai.

- Pode ir primeiro - disse sobre a almofada fazendo minha voz sair abafada.

- Beleza então.

Quando Emily entrou no banheiro, tirei meu rosto da almofada. Estava tão envergonhada de ter beijado Tom que cada vez que eu lembrava de ter dito que não ia ceder, dava vontade de pular da ponte.

Quando nossas bocas estavam coladas, senti como se precisasse daquilo igual preciso de água para viver, e eu agradeço Emily por ter atrapalhado pois aquele beijo não ia parar apenas no beijo, e eu não queria ter tido minha primeira vez com uma pessoa que possivelmente iria me esquecer e fingir que nunca me conheceu.

Eu ansiava por aquele beijo desde o dia que o conheci, e simplesmente não cedi não por querer fazer joguinhos ou deixá-lo na vontade, e sim por medo de depois ele ir embora como se não tivéssemos nos beijados.

- Já está melhor? - perguntou Emi saindo do quarto me vendo encarar o chão.

- Já sim... Eu acho.

- Então vai banhar agora pra tirar esse suor de pós show bora.

- Certo, já estou indo - falei pegando a toalha que Emily tinha trazido.

- Você quer usar qual camisa dessas duas? - perguntou Emily.

- Tanto faz - respondi entrando no banheiro.

Ao banhar saí do banheiro vendo Emily já dormindo.

- Merda, ela deitou na cama inteira - falei baixo para que a mesma não acordasse.

Me vesti e fui até a cozinha beber água. Já estavam todos em seus quartos. Abri a geladeira para pegar uma jarra e senti umas mãos geladas me puxar pela cintura.

- PORRA - exclamei ao ver Tom que colocou uma de suas mãos em minha boca para que eu não gritasse de novo.

- Caralho mano, minha pressão baixou agora - falei baixo depois dele ter tirado sua mão de minha boca.

- Foi mal, não queria te assustar - disse Tom me vendo apoiar minhas mãos em meus joelhos sem fôlego.

- Não, de boa, só estou sentindo meu coração bater em outro lugar mas tá de boa - falei voltando ao normal.

- Nem é dramática - disse ele.

- Tom, minha alma tirou print, acho que tá bom de você ir no hospital para saber do porquê dessas suas mãos geladas em - falei vendo ele rir.

- Pensou que era o que? - perguntou.

- Sei lá, o capeta que não era, as mãos dele deve ser quente.

Tom não disse mais nada, só ficou com um sorriso em seus lábios me olhando.

- Depois de hoje você vai me esquecer né? - perguntei a ele quebrando o silêncio.

- Claro que não - respondeu ele agora me olhando sério.

- Então cê vai me usar mais um pouco e depois descartar? - perguntei também seria.

- Você ainda acha que eu sou assim? Eu já disse que só não quero nada sério agora - respondeu ele se sentando na cadeira.

- Ué, não é a mesma coisa? Vamos ficar por um tempo e depois não vamos mais nem se ver, dá no mesmo, Tom - falei fazendo-o ficar pensativo.

- Boa noite Tom - disse saindo da cozinha após um silêncio e o deixando sozinho.

Não é possível que eu só faça merda nessa vida.