11. i can save you, if you do

179 13 15
                                    

Hey, pessoal! Espero que esteja bem ;)
Passando aqui só para dar um oi e pedir desculpas novamente pela falta de  atualização. Eu continuo tendo uns probleminhas de saúde e acabei tendo um grande bloqueio criativo, o que dificultou muito escrever a história. Mas aos pouquinhos vamos chegando lá.

Coisas importantes:

1- GHOST NO BRASIIIIIIIL!!!!!!! Que loucura, pessoal! Eu já estava acompanhando os indícios, mas quando confirmou foi surreal. como vocês estão com isso, vocês vão aos shows?  Eu vou no do dia 20! A partir de hoje não consigo pensar em mais nada.  Se demorar a atualização aqui, já sabem, deu pane no sistema por só pensar em setembro. hahah

2-    Mesmo não tendo periodicidade, preciso compartilhar com vocês para a alegria de alguns e tristeza de outros, que com esse capítulo atingimos exatamente  a metade da história. O que significa que ainda tem bastante coisa para acontecer, o que pode ser bom ou ruim HAHAHAHA,  depende da expectativa de vocês. Então, me contem aí nos comentários o que vocês estão achando, com quem vocês "shippam" nossa personagem principal, ou se não shippam com ninguém hahah. Eu disse lá na epígrafe que aqui não tinha santo, é cada um com seu cerne moral, então por mim tudo tá valendo. Libertem-se também ;).

3-   Queria saber se vocês ouvem as músicas que eu deixo nos capítulos, pois elas tem total ligação com a história e as vezes pode aprofundar o que foi escrito no capítulo ou apenas fazer uma alusão mesmo, mas seria bem legal se vocês se atentassem à isso ;)

4- E por último, mas não menos importante, a história já tem um final, todos os caminhos ja foram ligados e agora é só discorrer sobre. Vou o fazer o possível para acelerar aqui e não deixar vocês na mão. Muito obrigada por cada voto, mensagenzinha e comentário que eu recebo aqui. Vocês me dão forças pra continuar e me fazem muito feliz. É uma honra ler que eu consegui despertar alguma sensação enquanto alguém lia o que eu escrevi. Assustador e gratificante.

É isso, obrigada mais uma vez por estarem aqui. Fiquem à vontade, espero que gostem 🌹

____________

"Me chame no meio da noite
Por que quando mais eu te ouviria?
Caí sob a luz fria das estrelas
Posso te salvar, se você me salvar
Call Me Little Sunshine - GHOST"

Amsterdã, NL
10:30 PM

Desde pequena tenho costume de observar o céu.

Quando tinha uns sete anos, meu pai me deu uma luneta velha que ele tinha guardada em suas coisas. Não era uma lente super potente mas me permitia enxergar as estrelas da janela do meu quarto. Lembro que às vezes eu tinha medo do céu. Medo daquela imensidão escura. Parecia que quanto mais eu o observava, mais ele me olhava de volta. Era uma troca. A diferença é que eu era minúscula e ele era infinito, eu não podia ver além do horizonte, mas ele me via por completo, eu não podia sequer tocá-lo, mas parecia que ele poderia me devorar em um segundo se fosse sua vontade. Será que em uma noite qualquer enquanto eu o observava, ele simplesmente poderia se transformar em um monstro e me engolir para dentro de suas entranhas? Ou será que não existia mais nada acima daquela massa misteriosa com pequenos pontos brilhantes? Lembro que eu esperava, esperava, esperava..., e nada acontecia. Eu adormecia. Naquela noite ele não me consumia e eu também não enxergava através dele. Então na noite seguinte eu estava lá novamente, o observando. Eu nunca sabia quando ele iria me pegar e se me pegaria.

Nunca gostei de não saber o que vem depois.

Passa das vinte e duas horas em Amsterdã. Partimos de Los Angeles após o almoço, rumo à Europa, para nossa tão esperada folga de meio de turnê, mas as quase quatorze horas de avião inviabilizam uma viagem direta, sendo necessária nossa hospedagem na Holanda para descansar e continuar no dia seguinte.
À essa altura, deveria estar me sentindo exausta mas incrivelmente estou disposta, o que significa que quando repousar minha cabeça em um travesseiro, há possibilidade de dormir por dois dias seguidos. Sou assim, oito ou oitenta. Penso que ao retornar para casa, devo procurar algum médico em busca de remédios para regular esse sono maluco, o que novamente reforça a máxima de que fazer parte de uma banda requer abrir mão de várias coisas, família, sono..., sanidade. Às vezes você está vivendo à base de energéticos e estimulantes para dar conta de todos os eventos da semana, em outras você está em um terraço de Amsterdam, ouvindo seus amigos tocarem violão enquanto bebem vinho barato e você observa a negra imensidão que paira sobre suas cabeças. Talvez nossa banda seja obcecada por terraços. Ou talvez, no fundo, sejamos todos adolescentes internamente, daqueles que esperam os pais saírem à noite para que possam subir nos telhados e beber escondidos antes que eles voltem. Rebeldes sem causa movidos pela pura curiosidade de desbravar o desconhecido e experimentar o perigo.

not just another bloody mary | GHOST FANFICOnde histórias criam vida. Descubra agora