"Com alguns homens foi feliz,
com outros foi mulher."⎯⎯⎯ Tigresa,
Caetano Veloso.•
Giovanna e as mãos no formato de concha ralham, buscando emudecer o grito que busca se explicitar. Aquecem-se os lábios cheios — gostaria de ditar que esteve bebendo mais do que o costumeiro nas horas antecedentes.
No entanto,
sequer direcionou uma gota de álcool à boca.— Está com um cheiro ótimo. — A tentativa de socialização soa como um pequeno pesadelo. Mas afasta toda vergonha que se achegou sem a menor represa.
— Obrigado. — Retirou o pano de prato do ombro, trazendo um meio sorriso à situação. Alguém seria maduro e não sobravam dúvidas de que seria Nero. — Utilizei um pouco do manjericão que plantei com o Inã. — A informação arrancou um sorriso da face acanhada.
— Ele é louco por você.
— Ele achou em mim o amparo que fora retirado, Giovanna. E não fale isso como se ele não fosse um baita fissurado por você. — Riu ao se escutar falar, remexendo a cabeça de um lado para o outro ao ter a comicidade tão abrangente.
— Estamos fazendo um bom trabalho. — Constatou ao moldar os lábios na amabilidade de um sorrir. É, algo de bom haveria saído das mãos cariocas. — Eu acho que merece um brinde. Me acompanha?
Estando bem localizado,
submisso às íris outonais da garota de copacabana;
acompanhada da magia que apenas ela externava,
Alexandre não se viu disposto a negar o requisito tão terno.— A Amora deve ter algum vinho por aqui.
O mais velho não ousou se intrometer,
Giovanna já esticava o corpo magricelo,
equilibrando-se entre os balcões de mármore.— Você quer uma ajudinha aí? — Achegou-se, espiando o possível nó na coluna que ela obteria com facilidade.
— Não precisa!
Dentre os seguintes instantes,
enfiava duas taças sob os braços.O vinho que encontrou estava quente e,
buscando matar qualquer enófilo que se preze, enfiou duas pedrinhas de gelo em cada vidraria.— Ao nosso ótimo trabalho.
— Ao nosso ótimo trabalho.
O tilintar fora sutil e acompanhados de um gole.
"Eu sou o cebolinha! Meu charme é o cabelinho!", Cantarolava o pequeno ao adentrar o apartamento, remexendo os quadris infantis e sorrindo ao que pôde avistar ambos os padrinhos em paz e compartilhando daquele momento tão agradável.
— Lê! — Agudo era pouco para classificar o grito, mas nenhum dos dois pareceu se incomodar com a genuína exaltação. — O que você 'tá fazendo? — Se estendeu os pequenos bracinhos que foram retidos, acomodados ao entorno da nuca desnuda.
— Comemorando você. — Beijou-lhe o alto da testa, acariciando as costas com o polegar disponível. — E como foi lá no mercado? Se divertiu com a tia?
— Eu vi aquela moça de novo, Lê! — Agitou-se mais, inclinando a boca até a orelha do padrinho. — A da florzinha. — O sussurro fora cúmplice a par do riso, encantando a mulher que os observava.
Até que não havia sido uma má escolha,
afinal de todas as contas — sejam literais ou não.— Que moça? - Giovanna quis saber, os olhos brilhando em curiosidade assertiva.
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Ilécebras. (Edição)
FanfictionGioNero | Você seria capaz de se encantar por uma realidade que nunca lhe foi cogitada? Famosos pelo compartilhamento de uma relação turbulenta e quase problemática, Giovanna e Alexandre adentram a caótica energia de Ilécebras quando se enxergam na...