25. Não Pode Estar Acontecendo

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Han Jisung


Depois que Minho saiu do quarto eu desabei em lágrimas. Eu realmente não sei o que está havendo comigo, e eu queria muito que minha mãe estivesse aqui.


Mas ela, provavelmente, surtaria por causa da mordida em meu pescoço e a última coisa que eu quero é minha mãe surtando ou magoada comigo.


Eu deveria estar focado nos estudos. Minha mãe me colocou neste internato com um único objetivo, e não tinha nada a ver com os problemas que arranjei.


Eu me sinto tonto e enjoado, tudo ao meu redor parece rodar e virar um completo borrão. O impulso de chorar ou de gritar estão mais fortes, e eu me sinto histérico a todo momento.


Não sei porque as palavras de Minho me atingiram tanto. Não sinto nada por ele e isso tudo foi apenas por conta do cio. Os instintos ficam aguçados e é difícil ter qualquer tipo de controle sobre o corpo.


Mas isso já deveria ter passado...


- Minho? - Ouvi passos se aproximando da porta e logo ela abriu lentamente.


- Olá, Jisung. - Lucy me deu um falso sorriso.


- O que está fazendo aqui? - Me sentei na cama.


- Primeiramente, eu quero te lembrar que esse quarto não é seu, e sim de Minho, e espero que esteja lembrado do nosso acordo. Quero garantir que ele não foi esquecido. - Revirei os olhos para ela.


- Pensei que fosse só quando a mordida sumisse.


- Claro, mas eu mudei de idéia. - Sentou na beirada da cama e cruzou as pernas. - Sei que existe o risco de você desenvolver sentimentos por ele. Eu sei que não seria mútuo, porque tenho quase certeza que ele nunca gostaria de alguém como você, mas ainda sim me incomoda bastante. Acho que comigo aqui as coisas podem tomar um rumo melhor.


- E espera que eu faça o que? A mordida continuará aqui durante este mês, com ou sem você aqui. Eu não posso sair. Achei que fosse mais inteligente que isso.


- Não sugeri que fosse embora. Eu estou afirmando que ficarei no colégio, quero me certificar que nosso acordo não cairá no esquecimento. E quem sabe... Se eu ficar por perto, o Minho não mude seu pensamento sobre mim? - Piscou e foi em direção a porta.


- Olha aqui, eu não pedi para que Minho me marcasse, ele simplesmente o fez durante o cio. Não era uma coisa da qual eu pudesse evitar e eu não vou admitir que me... - Me senti tonto e o meu corpo começou a pesar para baixo.


- Jisung? - Minho entrou no quarto e correu até a cama. - Jisung? Você está bem? Jisung!


- Fique longe d-de...


Lee Minho


- Ele desmaiou! - Virei meu rosto em direção a garota parada perto da porta. - Lucy, o que você fez para ele? O que você falou? - O segurei em meus braços e o ajeitei sobre a cama. - Jisung? Jisung, fala comigo! Acorda! - Dei leves tapas em seu rosto.


- Eu não o fiz nada. Ele simplesmente desmaiou.


- Preciso levar ele ao hospital. Ele pode estar com alguma virose ou algo do tipo.


- Minho, por favor, ele apenas desmaiou. - Revirou os olhos e senti o desdém em seu tom de voz.


- Ele vomitou mais de duas vezes. Não estava se sentindo bem quando acordou, muitas oscilações de humor o tempo todo e agora ele simplesmente desmaia? Eu tenho certeza que deve ser alguma coisa. - Afastei a franja de seu rosto. - Isso não pode ser uma coisa boba. Ninguém fica mal do nada.


- Você limpou o quarto? - Perguntou com um tom sério e eu a encarei.


- Que tipo de pergunta é essa? Não está vendo que eu estou com um problema aqui?


- Só me responde, Minho. - Agitou as mãos.


- Não.


- Tirou o lixo?


- Também não. - Vi Lucy andar até a lata de lixo e a abrir. Sua expressão foi de agitada para espantada e eu me afastei um pouco de Jisung para ter uma visão melhor. - Posso saber por que isso agora? O que tem aí?


- Minho...


- Fala! - Observei seu rosto se tornar pálido e a mesma sentar no chão.


- Onde você jogou os preservativos? - Perguntou sem direcionar o olhar para mim.


- Preservativos? - Perguntei confuso.


Eu não usei.


Não...


Não, não e não.


Jisung está...?


- Minho!? - Gritou em uma voz estridente e estrangulada. - Vocês passaram uma semana de cio e não tem nem um mísero pacote aqui dentro. Deveria ter uma cartela inteira!


- Eu... Nós não usamos. - Murmurei e encarei o rosto de Jisung. Me afastei de seu corpo desfalecido e passei as mãos pelo rosto. - Você acha que ele pode estar...?


- O que você acha? Não tem nada aqui!


Jisung?


Grávido?


Eu vou ser pai?


Isso não pode estar acontecendo.


...

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Little Miracle | Minsung | Série Little | Book 1 ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora