Capítulo 43

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— Então você esta me dizendo que pretendem tentar prender Yejun por tráfico de armas?

— Exatamente. — Changbin falou.

— E como acham que irão incriminá-lo?

— Jisung, lembra quando aquelas caixas passaram por seus aposentos? — Minho começou a falar. — Eu as investiguei. Estavam repletas de drogas, armas ilegais de Qing e pedras preciosas.

— E eles estavam passando por lá, não para deixar no quartel secreto de Yejun, mas para te incriminar. — Jisung sentiu um nó se formar em sua garganta.

— Uma embarcação levará Yejun para Qing em alguns dias. Yeji se infiltrará nela para descobrir o que pretendem fazer.

— Por que Yeji? — Felix perguntou.

— Ela é de confiança. A conheço muito bem, e sei que não será pega facilmente.

Enquanto pensava em tudo isso, Jisung esfregou o rosto nas mãos e bagunçou seu coque, tentando encontrar alguma clareza. Foi quando sentiu a mão de Minho em seu ombro. Ele olhou para cima e viu o sorriso reconfortante de seu amigo.

— Estou confuso sobre tudo o que está acontecendo. Não sei o que fazer. — Jisung suspirou.

Minho colocou a mão no braço de Jisung e disse:

— Escute, eu sei que parece difícil agora, mas vai dar tudo certo. Você é forte o suficiente para superar isso. E nós estamos aqui para te ajudar. — Sorriu e seu ato foi seguido por todos ali presentes, que tentavam confortar o príncipe.

— Mas, Seungmin, eu não entendo. Ele é seu pai, por que está fazendo isso?

— Por causa do acidente.

Jisung olhava encantado as paisagens que passavam pela janela do palanquim. Ele via as árvores se curvando em direção ao sol, os riachos fluindo tranquilamente e as montanhas majestosas emoldurando o horizonte. Cada novo cenário que aparecia deixava o menino mais empolgado e curioso para explorar.

Enquanto isso, Seungmin estava em seu palanquim, mergulhado em um livro. Ele tinha a cabeça baixa, concentrado nas palavras impressas nas páginas, enquanto os dedos passeavam habilidosos sobre o papel. A mãe de Seungmin chamou sua atenção, o falando que iria trocar de lugar com Jisung, para ficar junto aos pais dele, por ter coisas confidenciais a conversarem. O pequeno príncipe concordou com um sorriso, deixou um selar na bochecha de sua mãe e a abraçou falando que a amava, ato que fora correspondido pela mesma.

Quando Jisung entrou no palanquim, Seungmin levantou a cabeça e sorriu para o primo. Eles se cumprimentaram com um abraço alegre, trocando risos e histórias sobre o que tinham feito desde a última vez que se viram. Jisung falava com entusiasmo sobre os passeios que fez com seus pais, enquanto Seungmin compartilhava as descobertas que fez em seu livro.

Os dois meninos ficaram tão entretidos em suas conversas que mal perceberam o tempo passando. O sol começou a se pôr no horizonte, pintando o céu de laranja e vermelho, e ainda assim eles continuaram a falar, sem querer que a tarde acabasse.

Jisung estava tão imerso em sua animação que mal percebeu quando os gritos começaram. Mas quando os gritos se tornaram mais altos e desesperados, ele rapidamente tapou os ouvidos, tentando bloquear o som aterrorizante. Seungmin, que estava mais alerta, levantou-se e olhou pela janela do palanquim. Ele pôde ver que algo estava errado: o palanquim dos pais de Jisung, onde sua mãe estava, estava sendo atacado por ladroes.

Seungmin puxou Jisung para perto dele, tentando acalmá-lo enquanto pensava em uma maneira de ajudar. Ele sabia que o palanquim de sua mãe estava em perigo, e que precisava agir rápido. Seungmin pensou em gritar por ajuda, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, sentiu um forte impacto. O palanquim colidiu com o chão, balançando violentamente e fazendo com que os dois meninos se agarrassem para se proteger.

A poeira levantada pela colisão obscureceu a visão deles. Jisung tossiu, tentando afastar a poeira de seus pulmões, enquanto Seungmin tentava encontrar uma maneira de sair do palanquim. Ele se aproximou da janela e olhou para fora, tentando ver o que havia acontecido. Foi então que ele notou que todos os oficiais e damas estavam mortos. A cena era aterrorizante, o pequeno príncipe não sabia o que fazer, apenas abraçou o primo e pediu para que ele ficasse quieto, para que não acontecesse algo pior com os dois.

— Então o plano é infiltrar Yeji no navio. Mas o que nós iremos fazer aqui?

— Então, aqui está o que temos até agora. — Seungmin começou, abriu um mapa e pegou um pincel. — Felix e Changbin vão levar as caixas de Yejun para uma casa em Hanyang, retirando-as daqui sem levantar suspeitas. Eles vão fingir que estão entregando a mercadoria para outro grupo de criminosos, que estão fazendo negócios com Yejun. — Seungmin marcou com um círculo uma das casas no papel, mostrando onde deveriam deixar as caixas. — Vocês precisam se vestir como os homens de Yejun. Eles usam uma máscara. Pelo que me lembre, a palavra-chave é "Ogyemyeong".

— Cinco mandamentos? — Jisung fez uma cara engraçada.

— Isso é estranho. — Jeongin complementou a fala de Jisung rindo.

— É, eu também não entendi essa. — Seungmin complementou. — Jeongin vai continuar agindo normalmente, mas ficará com os demais cozinheiros para não chamar a atenção. — Continuou Seungmin. — E eu vou trabalhar com Bangchan para descobrir o dia que Yejun pretende incriminar Jisung.

Depois de horas de discussão e planejamento minucioso, os garotos finalmente haviam decidido colocar seu plano em ação. Todos estavam animados e determinados, prontos para enfrentar o desafio. Eles sabiam que não seria fácil, e que o risco era alto, mas estavam dispostos a fazer o que fosse preciso para acabar com as atividades ilegais da Yejun.

Enquanto os outros garotos conversavam animadamente, Felix e Changbin pareciam um pouco hesitantes. Jisung percebeu isso e sabia que eles estavam preocupados com as possíveis consequências do que estavam prestes a fazer. Se algo desse errado, eles estariam em grande perigo. Mas, apesar disso, eles se mantiveram leais e estavam dispostos a arriscar suas vidas para ajudar a acabar com a organização criminosa.

Jisung admirava a coragem e a determinação de seus amigos. Ele sabia que o sucesso do plano dependia da cooperação de todos, e estava feliz em ver que todos estavam prontos para se comprometer. Eles sabiam que a tarefa à frente era árdua, mas estavam determinados a fazê-la. 

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