Capítulo 56

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— Eu acho que deveríamos levá-lo para vê-lo. Ele está deprimido, desse jeito ficará ainda pior. — disse Felix, em um tom preocupado.

Jisung se sentou na cama, tentando ouvir melhor a conversa, mas as vozes estavam abafadas demais. Ele ouviu a voz de Hyunjin perguntando se isso seria realmente o melhor para o príncipe, mas não conseguiu entender o resto da conversa.

Ele se revirou na cama, sentindo o coração acelerado. Jisung queria ver Minho, estar ao lado dele e cuidar dele, mas também tinha medo do que poderia encontrar. Ele se cobriu com a coberta grossa, tentando voltar a dormir e esquecer suas preocupações.

Mas a imagem de Minho em sua mente não o deixaria em paz. Ele se sentia impotente, incapaz de ajudar seu amor a superar sua dor. Ele sentia falta dele todos os dias e queria estar ao seu lado, mesmo que isso significasse enfrentar os desafios que estavam por vir.

Jisung deitou-se novamente, sentindo o coração pesado. Ele sabia que precisava tomar uma decisão, mas a exaustão em seu corpo o dominou e ele acabou caindo no sono.

Jisung correu através de uma paisagem destruída, com chamas e lutas acontecendo ao seu redor. Ele ouviu gritos e explosões enquanto tentava encontrar Minho. Finalmente, ele o viu no meio do caos, caído no chão e completamente machucado e ensanguentado.

O rosto de Minho estava cheio de tristeza e ele parecia estar sofrendo muito. Jisung correu até ele, tentando abraçá-lo e confortá-lo, mas Minho parecia inalcançável. Ele tentou falar com ele, mas as palavras não saíram de sua boca.

Enquanto Jisung olhava para Minho, ele viu um brilho em seus olhos. Ele parecia estar tentando dizer algo, mas Jisung não conseguia entender. Então, Minho fechou os olhos e desmaiou.

Jisung acordou assustado, suando frio. Ele se sentou na cama, tentando recuperar o fôlego. Ele não conseguia parar de pensar em Minho e em como ele estava sofrendo. Ele sabia que precisava fazer algo, mas não sabia exatamente o que.

Jisung sacudiu a cabeça, tentando afastar os pensamentos tristes. Ele se levantou da cama e saiu do quarto, procurando por Felix.

Ele encontrou o amigo no jardim, cuidando das plantas. Ele olhou para Jisung, percebendo a preocupação em seu rosto.

— O que aconteceu, Jisung? Você está bem? — perguntou Felix, com uma expressão de preocupação.

— Não, não está tudo bem. Eu preciso ver Minho. Eu não consigo mais ficar aqui sem saber como ele está. — Jisung balançou a cabeça em negação.

— Eu entendo, Jisung. — Felix colocou uma mão amigável no ombro do príncipe. — Conversei com Hyunjin e Jeongin mais cedo. Coma alguma coisa primeiro, iremos até ele.

Seguindo Felix com passos hesitantes, Jisung atravessou os corredores do hanok, cada passo ecoando como um lembrete do peso que carregava em seu coração. Seu corpo estava tenso, a ansiedade apertando sua garganta a cada respiração. Porém, a presença de seu amigo trazia uma força reconfortante, uma energia que impulsionava sua determinação.

Ao adentrar a cozinha, Jisung foi acolhido por um aroma familiar e reconfortante. Seus olhos encontraram Hyunjin e Jeongin, atentos e concentrados na tarefa de preparar o café da manhã. A visão deles trabalhando juntos, unidos pelo propósito comum de cuidar uns dos outros, despertou um sorriso frágil nos lábios de Jisung. Era um pequeno vislumbre de normalidade, de momentos compartilhados que transcendiam as dificuldades que enfrentavam.

O silêncio permeava o ambiente, mas não era desconfortável. Era o tipo de silêncio que acompanhava a solidariedade de almas conectadas, que entendiam uns aos outros sem a necessidade de palavras. 

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