Prólogo

886 68 12
                                    

          Eu adorava ir em um restaurante/bar que tinha a um quarteirão da minha casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

     
    Eu adorava ir em um restaurante/bar que tinha a um quarteirão da minha casa. Lá um ambiente familiar muito bom, tocava músicas boas e na maioria das vezes aquelas antigas que só a gente gosta.

           Normalmente aos domingos eu adorava almoçar lá, não faltava a nenhum desde que provei daquela comida deliciosa. Tinha música ao vivo, era espaçoso, aconchegante e extremamente limpo.
Todos os funcionários muito simpáticos e atenciosos, os donos sempre gentis e receptivos. Acabei criando uma amizade muito boa com eles e revira e mexe eu era chamada para festas, até de família. Eles já eram idosos, mas em nossas conversas eles sempre falavam o quanto amavam aquele espaço e cuidam do lugar até o dia que Deus permitisse.

          A única filha deles tinha voltado de viagem recentemente, eu nunca havia visto, apenas por foto até então, os senhores Thronicke's sempre mostravam as fotos, o orgulho da família. Pelo pouco que pude perceber de sua filha, Soraya. Era uma mulher linda, jovial e muito gentil como seus pais, simples e de boa índole.
Modéstia parte eu fiquei surpresa com a beleza da jovem e me interessei prontamente por ela. Mas sempre escondi isso dela, a família sempre falou de como Soraya era bem resolvida consigo mesma, que adorava aventuras e que quando beijou uma menina pela primeira vez ela adorou, mas quando tinha beijado um menino também, a bichinha ficou confusa mas que sempre contava tudo a seus pais, seu alicerce. Era cada história que eles tinham para falar, que ficávamos horas falando sobre Soraya, como outros assuntos.

A senhora Cecília e o senhor Marcelo adoravam contar a forma que se conheceram e como o amor deles duram por anos, e contava sempre a mesma história com o mesmo brilho no olhar. Eu ficava encantada o quanto eles eram parecidos com meus pais, que hoje em dia largaram tudo para ficar no interior, curtindo a paz e a calmaria depois de trabalhar por anos, cuidar dos filhos e finalmente ter um descanso em sua velhice, eu não os julgo, só tenho saudades. Bem, eu trabalho bastante, tenho um escritório de advocacia, fiz o meu nome e hoje vivo muito bem por mim mesma, tendo outras coisas que também sou Dona, mas isso não vem ao caso agora, quero apenas que vocês conheçam o encanto que é a Soraya.

          Todos os domingos como informei vou almoçar no restaurante que eles têm, como Soraya chegou de viagem para finalmente curtir seu país, ela os ajudava nesse local e eu não conseguia não me encantar ainda mais com ela, como era parecida a dona Cecília e tinha o humor todo do pai.

Ah, deixe-me contar mais um pouco sobre seu físico que é notavelmente perfeito.
Ela era de média/baixa estatura, apesar de ser pequenininha ela tinha o corpo proporcional, falando brevemente, belas curvas, coxas, panturrilha e canela grossas e bem definidas, principalmente quando usava jeans, suava igual a um porco  na brasa. Sua pele bronzeada, cabelos longos iguais aos meus, batendo na lombar, sendo ele castanho claro com algumas luzes loiras mais fechadas e que combinavam bastante. Ela tinha um rosto pequeno, lindo. Uns olhos da cor dos cabelos, claros. Uma pele suave visualmente, olhos pequenos que já cultivam linhas de expressão. Uma boca mediana, que eu não conseguia não olhar-lá toda vez que ela vinha até mim. Ah, e um sorriso maravilhoso, sem defeitos, alinhados e branquinhos. O conjunto todo era de cair o queixo e o meu estava arrastado no chão desde quando a vi pela primeira vez.

Bem, acho que falei demais, certo?
Mas fazer o quê? Eu sou uma boba à moda antiga, não tinha relacionamento com ninguém e ela me encantou, por mais que eu tentasse disfarçar, meus olhos e sorrisos me entregavam toda vez que ela vinha me atender ou quando a gente tomava um chá da tarde em sua casa com seus pais. Agora ouvindo da boca da própria todas as suas novas e atuais aventuras, me tiraram boas gargalhas. Pude perceber que ela era romântica, gostava de coisas simples e tinha um coração enorme, além de ser muito estabanada e um pouco sensível.
Toda vez que conversamos com ou sem seus pais, eu ficava encarada e Cecília percebeu, dava risadas e cutucava seu marido para olhar toda vez a forma boba que eu olhava para a filha deles.
Eu poderia quebrar a minha cara? Com certeza. Mas eu não sou mulher de desistir fácil, se for pra ser eu vou adorar, se não for, ficamos amigas.
Mas que essa mulher vai ser minha, oh se vai.

Bem, falei muito ao meu redor e pouco de mim mesma, é eu realmente sou uma boba apaixonada, não é mesmo?

É eu sei.

      Bom, eu sou Simone Nassar Tebet, já fiz muitas coisas na minha vida, e uma delas foi estudar muito e bastante coisa. Sou concursada e formada em três faculdades. Hoje em dia sou dona do maior escritório de advocacia onde sua matriz fica em São Paulo, mas tenho outras filiais espalhadas por todo o estado brasileiro.
     
      Sou solteira, nunca fui casada e sem filhos humanos, apenas caninos, é mulher, tenho três Goldens, pra quê? Também não sei, mas sou apaixonada. Ah, tenho também uma salsicha, a coisa mais terna deste mundo, gordinha parecendo um botijão de gás. Tenho dois Bernese Mountain, que ainda são pequenos e atentados, menina do céu. Tenho outras raças também, mas se eu for falar de todas a gente morre e enterra já aqui de tanto assunto. Hahahaha
Tenho uma casa grande devido a todos eles, na verdade mais jardim que casa, né.

Tenho um gosto musical de velho, confesso. Adoro uma velha guarda, mas tem uma em especial que se me pedisse o mundo eu daria a ela, sim, Marisa Monte. Ela mesma, sou apaixonada, já fui em vários shows, tenho foto com ela, autógrafo, a própria surtada quando ver ela? Com certeza, prazer, eu mesma.

Ah, eu tenho 29 anos e vou fazer 30 daqui a uma semana, estou tentando não surtar mas, a crise existencial de idade chega, não é mesmo? A minha veio na base do soco porque eu já chorei tanto, é cada surto mas sempre agradecendo a Deus pela vida e saúde.

Agora falando em comemoração, já aproveitando a deixa, Cecília quer que eu faça no restaurante deles, já que a noite vira um bar, eu não queria comemorar mas desde quando conheci eles, eu acabo sempre ganhando algo surpresa nem que seja um bolinho. Então decidi concordar e deixar eles aprontarem o que queriam, eu sabia o que era? Não! Estava com frio na barriga? Muita. Socorro...

No final das contas, eu sou tão feliz por ter encontrado eles, me tratam como uma filha e eu não me sinto mais só a alguns anos. Bem, deixo aqui um pouco sobre a minha vida e minha futura conquista, vocês são bons ouvintes, hahaha.

Vou contar a minha história aqui para vocês, quem sabe eu não conquisto a "minha Evangeline".

Até a próxima página da minha história.

TODAS AS CARTAS DE AMOR - [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora