TODAS AS CARTAS DE AMOR - [ Simone x Soraya ]

XVII. Momento Doloroso

Bernardo, com a experiência e habilidade de um médico experiente, coordenou cada movimento da equipe com precisão e calma. Ele trabalhava incansavelmente, utilizando todos os recursos à disposição para estabilizar Simone.

Cecília, com os olhos fixos em Simone, mantinha-se ali, transmitindo toda sua energia positiva, enquanto Marcelo e Ramez permaneciam ao lado dela, apoiando-a emocionalmente de longe.

O tempo arrastava-se lentamente, cada segundo parecendo uma eternidade. A sala de emergência era preenchida pelo som constante dos aparelhos médicos, enquanto a esperança e a angústia dançavam em um delicado equilíbrio.

Os minutos se transformaram em horas, e a tensão só aumentava. Bernardo e sua equipe não desistiam, lutando com determinação contra as adversidades.

De repente, um murmúrio percorreu a sala. Os sinais vitais de Simone começavam a se estabilizar. O silêncio tenso foi quebrado por suspiros de alívio, expressões de esperança começaram a se formar nos rostos tensos dos presentes.

Bernardo olhou para a equipe e fez um gesto sutil, indicando que estavam no caminho certo. Ele não baixou a guarda, continuando com seu trabalho preciso e concentrado, mas um lampejo de otimismo refletia-se em seus olhos.

As horas se arrastaram, mas finalmente, após um esforço coletivo, Simone foi estabilizada. A tensão na sala diminuiu gradualmente. Bernardo retirou-se por um momento, conversando com os amigos do lado de fora da sala de emergência, explicando a situação de maneira cuidadosa e otimista.

A espera era agora por notícias mais detalhadas sobre o estado de Simone. Eles se reuniram, compartilhando um misto de alívio e ansiedade, mas, acima de tudo, mantendo viva a esperança de que Simone superaria aquele desafio.

Enquanto isso, dentro da sala de emergência, a equipe médica continuava seu trabalho, monitorando Simone de perto, cada pulsação, cada respiração sendo cuidadosamente observadas. A vida, que outrora pendia por um fio, agora mostrava sinais promissores de estabilização.

- Bernardo, o que houve? - perguntou Cecília assim que o médico se aproximou.

- Ela teve três paradas cardíacas seguidas. Não sei como ela sobreviveu. Agora vamos ficar verificando ela a cada minuto. Infelizmente, não dá para alguém entrar, mas mantê-la em observação é o que vamos fazer neste momento.

- Entendo, vamos continuar da mesma forma aqui.

- Sem problemas, vou ver como está a sua filha, senhora. - Bernardo passou a mão no braço de Cecília tentando transmitir conforto e saiu.

À medida que o sol se despedia no horizonte, pintando o céu com tons dourados e laranjas, o hospital mergulhava em uma atmosfera de expectativa e tensão. O tempo fluía lentamente pelos corredores, iluminados por uma luz suave que contrastava com a agitação contida.