I. Flor De Tangerina

628 65 32
                                    

Durante a semana, dediquei-me intensamente ao trabalho, com o escritório operando em pleno vapor. Eu ansiava por umas férias, sentindo-me exausta e com saudades dos meus pais. Cecília não parava de falar sobre o quão animada estava para celebrar meu aniversário, prometendo preparar muita comida deliciosa para o dia especial. Suas palavras animadoras durante a semana criaram uma expectativa positiva para a festa e as comemorações. Chegou mais um domingo, e, como de costume, dirigi-me à casa dela para o almoço.

Domingo, 11h30

- Minha filha, entra.

- Opa, não quero atrapalhar, precisam de ajuda?

- Aqui não, mas acho que Soraya precisa, ela está lá nos fundos. Entra, entra.

Dona Cecília sempre gentil, me abraça e me empurra até os fundos, me fazendo comprimentar seu Marcelo com um aceno.
Entrei nos fundos e Soraya estava empinada arrumando alguma coisa em uma caixa, mas o que me deixou extasiada foi o tamanho do short que ela usava, eu engoli tão seco que parecia um espinheiro atravessando minha garganta, não a saliva.

A minha atenção inteira ficou em suas grandes nádegas que escapavam pela barra do short. Eu não conseguia pronunciar uma vírgula quando ela se levantou e girou em minha direção.

- Droga Simone, que susto. - ela levou a mão ao coração assim que me viu

- Perdão. Não foi a minha intenção.

- O que faz aí parada igual uma entidade?

- Sua mãe me jogou aqui achando que você precisava de ajuda. - engoli seco novamente - Você precisa? - finalizei fixando meu olhar finalmente em seus olhos

- Eu acabei aqui na verdade, se tivesse chegado meia hora atrás eu até aceitava dia ajuda. - ela sorriu de forma doce - Agora eu vou em casa tomar um banho, pra voltar decentemente.

- Tudo bem. - eu não sabia o que responder

- Você sempre chega cedo assim, porquê?

- Depois que criei amizade com seus pais, eu sempre chego cedo e a gente fica conversando, vez ou outra os ajudava também.

- Quase que eu perco meus pais, olha só. - ela fez uma carinha de falso drama e depois sorriu - Quer subir? Seu lugar sempre fica reservado mesmo.

- Não, não precisa. Você vai tomar banho e eu não quero atrapalhar.

- Para de ser boba, você é mais da casa que eu, anda vamos.

Soraya me puxou pela mão e subimos passando pelos fundos, até chegar em sua residência.
Me disse para ficar à vontade enquanto ela ia tomar um banho rápido, sentei-me no sofá e aproveitei para ligar para a mamãe por chamada de vídeo como sempre fazia. Não vi a hora passar de tanto que meus pais falam, principalmente meu pai quando planta algo que dá frutos.

- Simone, por favor, vem aqui. - ela me gritou e eu prontamente encerrei o contato com eles e fui até seu quarto.

- Sim? - abrir a porta e meu queixo caiu

- Preciso de uma opinião, seguinte..- ela começou a falar e eu só conseguia prestar atenção no quanto ela estava extremamente sexy naquela lingerie preta.

- Desculpa, eu não entendi?

- Se você parasse de babar um pouco e olhasse pra minha cara você saberia do que eu estou falando. - ela colocou as mãos na cintura de forma terna e sorriu

Eu fiquei tão sem graça que não sabia onde enfiar minha cara, quer dizer eu sabia...não não.. céus que confusão

- Olhe para essas duas peças, escolha uma.

TODAS AS CARTAS DE AMOR - [ Simone x Soraya ]Onde histórias criam vida. Descubra agora