Crónicas de Pepper, Os Defensores do Multiverso.

O caos em fúria

Um ser flutua em seu salão. Basicamente, uma enorme dimensão. Girando pelo ar, a criatura humanoide grunhe de tédio, olhando para as próprias mãos enquanto sua energia vermelha serpenteia-as, carregando a mais pura destruição.

–Que tédio. –Ele murmura pondo as mãos atrás de sua cabeça. A espécie de aurélia cintila junto ao seu cabelo vermelho, ressoando com as roupas na mesma tonalidade. –Há poucos planetas em destruição atualmente, assim não tem graça! A existência precisa de destruição!

Seus olhos carmesim cintilam e, num ato repentino, ele começa a procurar dentre as dimensões algum planeta sem vida. Passando do universo um ao mil em segundos, o ser bufa e revira os olhos, sem poder destruir nem um deles. Insistindo mais, a criatura continua procurando alguma coisa para arrebentar, seguindo o que sua essência foi feita para fazer.

–Vamos ver, universo 4001… Opa! –Na sua sala, tomada pelo vermelho em forma de estrelas, uma imagem surge e é focada, mostrando um planeta quase sem vida. Ele gargalha, finalmente encontrando o que procurava. –Esse daqui já passou da data de validade a tempos! Apenas dois seres vivos e uma maquina? É esse mesmo! Mas, mas como eu vou destruir!? Tem tantas formas! Poderia forçar uma era do gelo colossal apenas para ver o planeta ter a própria atmosfera rompida pelo frio extremo! Ou uma pand… Não! Já não há mais vida aqui, então…

Parando pra pensar, outra gargalhada ecoa do ser, realmente divertindo-se com os pensamentos.

–A destruição, tantas cores e contrastes! Contudo e todavia, um veredito já foi decidido! –Abrindo as mãos na direção do planeta, um sorriso genuíno irrompe no rosto dele. –Isso mesmo, vai ser aquilo! Assim como fiz com os dinossauros!

E então, algo vai em direção ao planeta.

Nele, um homem desativa sua forma e olha para o companheiro, tendo acabado de derrotar a máquina responsável pela extinção do mundo. O garoto de cabelo verde põe as mãos no chão, de joelhos, triste pela perca de mais uma pessoa, sua companheira. Seu nome é Wed e o do homem, na verdade, do Yokai, é Fox.

–Agora eu entendo você, Fox, talvez não exista mesmo motivo para viver nesse mundo. –O pequeno garoto diz cabisbaixo, encarando o chão destruído pela sua própria energia enquanto seus olhos em formato de coração são voltados para o amigo.

–Não diga isso, ela não iria gostar de te ver assim. –Fox responde, sua pelagem laranja para de brilhar e seu rabo desce, parando perto do solo e, algo chama sua atenção. Olhando para o céu junto ao amigo, ambos vêem algo enorme se aproximar. –É, no final, salvar esse mundo foi idiotice.

E em seguida, um enorme meteoro colide contra o planeta, explodindo-o.

***

–Bleeim, posso fazer uma pergunta? –Tobias fala e o defensor tira os olhos do pote vazio de doce, concordando em seguida. Yellow apenas espera o vampiro perguntar para continuar sua história, extremamente empolgado. Esse era o assunto de momentos atrás. –Quando você saiu do meu planeta, foi por um chamado de emergência. Lembro de ter falado sobre dois seres boiando no, vácuo? Acho que sim. Eles estão bem?

–Ah, estão sim. –O ruivo confirma sorrindo. –O nome deles são Fox e Wed, um parece ser um Yokai e o outro, algo mais complicado. Porém, ambos estão bem e vivos, inclusive devem vir aqui! Os dois também são membros.

–Bom saber. –O general comenta, por alguma razão tendo lembrado disso. Voltando os olhos para Yellow, ele sinaliza para continuar. –Desculpe por isso, mas lembrei do nada.

–Tudo bem, também tinha ficado preocupado no dia. E isso explica o motivo dele ter demorado tanto. –O garoto faz questão de complementar, fazendo o homem respirar fundo antes de levantar e ir jogar o potinho fora, sem retrucar. –MAS, CONTINUANDO! Eu sou um elemental e meu planeta literalmente está cheio de outros como eu! Infelizmente não posso ir lá, o lider de lá me odeia, mas lá é o meu lar e amaria ir lá sem ter que enfrentar uma manada de capangas. É, é a vida.