Crónicas de Pepper, Os Defensores do Multiverso.

Papo

O roxo irrompe pelo vermelho, rasgando-o em uma explosão enquanto a terra é pulverizada junto aos soldados que são dilacerados pelo caos. 

–MATEM O TITAN! –Uma das criaturas berra, com o corpo humanoide simplesmente imenso e usando armaduras negras, imbuídas pela força de Táu. Os outros seres gritam, indo para cima do círculo roxo que, move-se. 

Feito um raio, a cor atinge o gigante e lança-o pro chão, fazendo todos os outros serem lançados pelo deslocamento da força. Antes mesmo deles entenderem como um descendente direto do Niatit da Guerra foi atingido, seus corpos são rompidos. 

Tendo os membros separados do resto do corpo, suas cabeças giram e tudo é dividido em sete partes. O deslocamento seguinte explode-os feito pólvora, devastando totalmente aquela região inteira que é afundada na própria dimensão, alterando a órbita dos sistemas solares vizinhos.

As leis da criação agem, impedindo daquele planeta inteiro ruir enquanto o responsável por aquilo ri, levantando sobre o capacete esmagado do general, olhando para os outros Imortais inferiores na sua frente, a milhares de quilômetros de distância.

–O que foi? Onde está a confiança de vocês? –Saltando do corpo, ele aterrissa no chão e caminha normalmente pelo solo morto, corroído e dominado pelo caos. Eles recuam, não esperando por aquilo e o segundo comandante fecha os punhos em frente a seu exército, entendendo o motivo do receio dos antigos em enfrentar essa criatura diretamente. –O QUE ACONTECEU LABOR? O ORGULHO QUE TANTO FALA SUMIU!?

O segundo filho de Colosso cerra os dentes, ciente do problema em que se meteu. Labor, apesar de ser o terceiro filho do ser mais poderoso da criação, está longe de estar nos níveis dos Titans. Fazendo a armadura brilhar em um intenso vermelho, ele invoca a energia concedida pelo seu pai e saca a espada, enviando uma mensagem telepática para seus soldados fazerem o mesmo.

Sem ter tempo de pedir mais poder, o local torce e sua face é atingida. Num brusco movimento circular, seu corpo é engolido pelo púrpura enquanto o rosto de Caio surge diante de si, sorrindo de canto a canto.

–Bela casa.

A voz de Solares retira o Titan de sua lembrança, tão antiga e recente que chega a ser assustador. Suspirando, o anão volta os olhos para o convidado, claramente surpreso com o local. Apesar de ser média, sem muitos detalhes e de coloração branca, a sensação tranquilizadora do local é como um entorpecente.

–Com certeza não foi feito por você.

–Como é? –Ele murmura franzindo o rosto e a Vontade sorri, a aurélia vermelha gira e ele bebe um pouco do suco vermelho no copo de morango. –Foi minha mulher.

–Aquela garota é sua filha? –O ser pergunta, mudando de assunto ao apontar para cima e o ser confirma, fazendo-o rir. –Como assim? Tu é feio pra bater com o pau!

Caio estreita os olhos, cogitando seriamente expulsa-lo dali na base das bicudas e, outra risada ecoa pelo local. Descendo, a filha de Caio passa pelo corredor balançando a cabeça e segue para a cozinha, pegando outra coisa para comer antes de voltar, prendendo o cabelo num rabo de cavalo ao dar uma olhadinha nos dois, subindo pro seu quarto.

Olhando Caio de relance, Solares dispara a gargalhar quando a raiva cresce no semblante do Titan, contando até dez para não quebrar o pacto de não agressão entre eles. 

–É impressionante. Eu achei que você ia, tipo, SEI LÁ! Morar no meio de destroços ou viver em guerras? Mudar de mundo a cada minuto à procura de batalhas? Mas, ter uma família? Nunca mais desconfio de Cronos, aquele velho realmente sabe das coisas. –A Vontade continua a falar, observando o pequeno ser enquanto nota tudo ao redor, muito além daquela casa. A região inteira, mundo e dimensão são totalmente habitados, regidos por uma monarquia que obedece a Rainha.