O retorno

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Luizon assiste a batalha de Tupã e Alucard, incrédulo.

Apesar das bombas e disparos terem cessado, o vampiro continua a lutar em uma velocidade e potência assustadoras.

Estrelas são formadas pelo Niatit que, sem medir esforços, colide-as contra o feitiço territorial do Imortal por todos os lados.

Em explosões concentradas e em forma de lasers, ele arranca partes do sangue prateado nos ataques e desvia de cortes dimensionais, criados pela retribuição dos feitiços e runas de seu oponente.

Adotando uma postura de combate enquanto não consegue pensar em nada melhor, Alucard concentra seu feitiço e arma suas runas mais poderosas, focando em receber os ataques e devolver todo o impacto de uma vez.

A característica de adaptação do caos o permite suportar cada vez mais os golpes, a alteração do elemento em fortalecer a defesa do sangue-prateado e a Ordem, usada nas runas, impede o pilar de retirar seu domínio sobre a própria habilidade.

Após Caio ter feito isso, o vampiro decidiu criar medidas de segurança.

Não ousando interferir, Luizon volta a atenção para o selo da Sabedoria.

A antiga Avatar seria um problema caso retornasse, então todos os aliados foram alertados de atacarem caso tentem libertá-la. Assim, sentindo-o cada vez mais fraco, ele identifica a força de seu pai corroendo as restrições.

“São as máquinas de Drácula.” O Zar conclui.

Decidindo ir até lá, ciente do quão problemático será caso a antiga avatar da Sabedoria seja libertada, o inicia seguidos saltos em direção do selo.

Indo para o mesmo caminho, Dex põe a mão na cabeça e grunhe baixinho, ainda com dor.

–Não melhorou? –Dando um passo para perto, a vampira de olhos rosas analisa o defensor de cima para baixo, procurando algum sinal de ferimento tanto astral quanto físico. Porém, acaba falhando. Está tudo inteiro.

–Deve ser só… Uma reação. –Ele responde num sussurro, voltando a atenção para o vazio ao apertar a bússola multiversal na outra mão.

–Você deveria ter ficado com Eve. –Ao lado deles, o homem de cabelo vermelho amarrado num rabo de cavalo aponta.

–Ela ajudou Zonlui, é claro que te ajudaria! –Na esquerda deles, na esfera de energia produzida pela bússola, um jovem fala ao energizar sua pele parda e pelo amarelo.

–Yellow, eu vou e pronto. –Dex diz, firme. –Há inimigos para serem derrotados e eu não vou descansar até derrubar eles.

–Tente não morrer no processo. –Red responde, seco.

Luizen faz uma careta, observando a discussão realmente preocupada. Apesar de estar aparentemente bem, sem nenhum dano grave, é impossível o celestial não ter acumulado feridas pelos ataques do Zar e…

Ela desvia o olhar deles, sentindo uma dor colossal entre os olhos e na nuca. Sem demonstrar, aparentando estar tudo bem, a vampira foca no motivo da repentina agonia e, a sensação é intensificada.

Sua energia oscila, as memórias se bagunçam e, a lembrança de quem a atacou desaparece aos poucos, como se estivesse sendo apagada da história.

–Você está bem? –A voz de Dex a arranca dos pensamentos.

Seu semblante sério concorda e o homem não acredita. Como se visse através da expressão dela, a atenção dele é focada exatamente entre os olhos da vampira.

–Tem certeza? –Quase como se estivesse vendo onde a dor está nela, o defensor dá um passo na direção dela, sutilmente oferecendo ajuda num leve movimento da mão.

Crónicas de Pepper, Os Defensores do Multiverso.Onde histórias criam vida. Descubra agora