Carta para o amor II

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Pensei ter decifrado seus sinais, ter entendido que não adiantava mais buscar o amor, que estava do lado dele o tempo todo e que tudo que eu precisava fazer era respirar fundo e lutar para dar certo.

Foi tarde, não é? Eu deveria ter feito antes, eu deveria não ter errado, pra começar. Posso fazer um pedido?

[...]

Vou fazer, mesmo assim, tá bom?

Da próxima vez que você aparecer, se for – já deve estar cansado de investir em mim – se eu me perder de novo do foco ou não entender de novo o sinal, não precisa partir esse coração de novo, pode parar ele, mas se tu não for mais me aparecer, vamos sair, tomar uma cerveja, rir da minha burrice, eu tenho uma amiga, a solidão, talvez vocês se gostem, afinal, quando se deixa de ser companhia do amor, a gente sempre encontra acalento na solidão.

Talvez de bar em bar eu encontre a vida que eu poderia ter tido do lado dela, talvez de sonho em sonho eu encontre um universo paralelo onde eu não tenha pisado tão forte na bola a ponto de agora, ela estar em outros pés.

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