Vera Farmiga on
Acordo primeiro e vejo Patrick ao meu lado.
"Sem camisa? É sério? Que castigo senhor!"
Fiquei olhando o homem dormindo, em um sono tão calmo e uma expressão tão terna. Então me toquei no peso em minha cintura. Ele estava com a mão sobre mim.
- Era só o que me faltava. - sussurro - Patrick, acorda.
Ele resmunga algo incompreensível e volto a bater no peitoral dele na tentativa de acorda-lo.
- Wilson!
Ele volta a resmungar ainda de olhos fechados, dessa vez apertando mais minha cintura e me trazendo pra cima dele.
- Mais que porra Wilson! Acorda! - digo tentando sair dos braços dele.
Ele abre os olhos e se assusta ao me ver em cima dele, logo me solta e caio em cima do mesmo pela falta de apoio.
- Aí! - nós dois criticamos.
Saio sobre ele e volto ao meu lado da cama.
- Vou fazer uma barreira, acordei e você tava com essa mão boba em cima de mim.
- Vou desinfetar minha mão.
- E eu minha cintura. Você toma banho no banheiro da sala.
- E isso é justo aonde?
- Sai! - digo jogando almofadas nele.
- Au!
- Sai, sai!
Continuo batendo e empurrando ele até poder trancar a porta.
- Que homem dos infernos, o que tem de bonito tem de insuportável. - resmungo só para mim.
Tomo um banho demorado, ao sair, escuto a porta batendo.
- O que você quer Patrick?
- Me trocar.
Mesmo só de toalha, vou até a porta e abro.
Que visão.
Aquele homem de cabelos molhados, a água pingando do seu corpo, passando pelo maxilar e caindo ao chegar na ponta do queixo, as gotas de água em seu peitoral, e a toalha no finalzinho do abdômen.
Socorro.
Eu não estava assim? Afinal, ninguém sentiria atração por mim.
- Só pega sua roupa e vai se trocar no banheiro, eu também tenho que fazer isso.
- Eu sei. - ele diz e sinto seus olhos passando por todo meu corpo, coro e tento disfarçar meu olhar sobre si também.
- Você quer cozinhar ou posso pedir algo para comermos? Quer dizer, está com fome? - pergunto.
- Estou com fome de outra coisa.
- Por Deus, a última vez foi antes de ontem.
- Falar é fácil, você já se acostumou.
- Uma hora você também. Quando esse teatrinho acabar pode comer a vagabunda que quiser.
Não sei porque, mas pensar ele com outra mulher me incomodava.
- Quem eu queria comer está fora de cogitação. - ele sussurra ao passar por mim, sinto um arrepio percorrer minha espinha. Só corro e fecho a porta assim que ele sai.
(...)
Hoje, amanhã e depois a empresa não vai funcionar, pois é um feriado da cidade e etc. Ou seja, três dias trancafiada com esse homem em casa.
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Contract
FanfictionO ódio e o amor andam lado a lado, não? As vezes só é preciso um empurrãozinho para tudo desandar. Uma proposta, duas pessoas, dois corpos e dois sentimentos, mas afinal.. eles são um só.