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Já era o dia de viagem. Patrick e Vera mesmo debaixo do mesmo teto mal conversavam, o que causava um aperto no íntimo da mulher.

- Pegou tudo que precisa?

- Está frio ou quente nessa época do ano?

Ele sorri da ingenuidade na pergunta da mulher.

- Meio termo. Não está quente nem frio.

- Ótimo, fui nessa onda aí mesmo.

Ambos seguem até o aeroporto. Pra variar, sem puxar muito assunto.

(...)

Já no avião, Patrick vê a tensão da mulher. Ela batia o scarpin negro no chão enquanto sacudia a perna. Mordia os lábios e estalava os dedos.

Ele pega as mãos da mulher que estavam trêmulas a morena o encara. Era um um dos primeiros contatos físicos que tiveram desde o ocorrido na casa de Julian.

- Se acalma.

- E se sei lá.. Afundarnos no triângulo das bermudas?

Ele gargalha alto.

- Primeiro que não vamos passar por ele, segundo que não é assim não. Fica tranquila, já viajei dezenas de vezes, e estou aqui, intacto.

- Com minha sorte é capaz desse avião explodir só porque estou nele.

- Que drama. Relaxe. Durma a viagem.

Ele dizia ainda segurando a mão dela, que sorri em agradecimento. Depois de um tempo se encarando, ele solta as mãos dela e pega um livro. Ela suspira e olha a janela.

Alguns minutos e o sono pega a mulher. Inconscientemente ela dorme apoiada no ombro do homem. Ele olha de ombros para ela e tira os cabelos sobre seu rosto, vendo o rosto angelical da mulher, e os traços tão bem feitos.

Horas depois o avião pousa.

- Acorde, Farmiga. - ele dizia batendo de leve na mão dela. A mesma acorda atordoada e logo sorri ao ver que estavam no chão.

- Chegamos?

- Sim, chegamos.

(...)

Eles chegam no quarto de hotel e tomam um banho ao chegarem. O lugar era grande, e tinha inclusive um quarto reserva, menor que o principal, mas tinha.

- Está com fome? - ele pergunta.

- Sim. Pode ser comida ucraniana?

- Sim, claro.

Ele faz os pedidos e ficam na mesa com uma papelada do cliente que foram fazer negócio. A comida chega e eles jantam sem parar de trabalhar.

- Vamos ficar quantos dias aqui?

- Três. Hoje, amanhã e no terceiro dia pegamos um vôo no início da noite de volta.

- Nós podemos.. É..

- Visitar a torre? - o moreno completa e ela balança a cabeça confirmando - Óbvio. Acha que sou escroto ao ponto de vir para Paris com você e não deixar você conhecer a Eiffel?

Ela ri.

Na hora de dormir, após suas higienes, ela chama o homem.

- Que foi? - ele diz ao entrar no quarto.

- O que foi? - ela repete ironizando - Não vai vir dormir?

- Já estava quase quando você me chamou.

- Vo-você não vai dormir aqui?

- Não. Te poupa o trabalho de fazer uma barreira. Boa noite Farmiga.

ContractOnde histórias criam vida. Descubra agora