— Finalmente casa. - a mesma tira os saltos assim que passa pela porta.
— Já considera aqui sua casa?
— Em tese, é. Mesmo que só mais três semanas.
Após a fala da mulher, ambos pensam.
Será só mais três semanas.
E depois?
(...)
O outro dia foi só de trabalho, os dois entre as típicas alfinetadas. Ao cair da noite, vêem um filme como de costume e vão se deitar.
No meio da madrugada, Vera levanta, pega um copo d'água e começa a andar pelo apartamento.
No fim do corretor, em um canto, encontra um piano. Ela não tocava desde a adolescência, mas ainda assim sabia de côr as músicas que transforma em notas.
Quis optar pela sua favorita, nuvole bianche. Um clássico.
Já no meio da música, olha pelo espelho e vê Patrick escorado na porta.
Logo ela para assustada.
— Desculpa. Te acordei?
— Não. E por favor, não pare. Posso me sentar? - ele aponta ao lado dela no banco.
— Claro.
Logo a mesma volta a tocar aos olhos atentos do moreno. No final, ele bate palmas.
— Bobo, não faça isso, fico envergonhada. - ela diz abaixando a mão dele.
Logo riem e se encaram.
Dizem que os olhos é a janela da alma, e um simples olhar diz tudo. Mas eles tem tantas coisas a serem ditas, que consegue ser confuso.
— Quem te ensinou a tocar?
— Minha mãe era pianista.
— Nunca falou dos seus pais.
— Morreram a alguns anos. Foi só eu e Taissa.
— Deve ter sido difícil lidar com a perda deles e cuidar de Taissa. Sinto muito.
— Tudo bem. - ela sorri - E você, toca?
— Só violão e flauta.
— Piano não é difícil.
— Me ensine.
Ela sorri e pega as mãos dele, ensinando uma música fácil. Depois de uns vinte minutos passando, ele já pegou o jeito.
— Aprende rápido.
— Tenho uma boa professora.
Eles voltam a se olhar, e Vera toma a atitude dessa vez.
A mesma encaixa os lábios aos dele, que não recua por um segundo sequer. Patrick segurando a cintura dela, e Vera na nuca. O mesmo sente aos mãos dela entrando em seu cabelo, aprofundando mais o beijo. Sem se aguentar mais, ela senta no colo dele, colocando uma perna em cada lado sem interromper o beijo. O moreno aperta suas coxas e cintura, colando mais seus corpos.
No final do beijo, ele finaliza mordendo o lábio inferior dela.
— Wilson.. Me leva pro quarto. - a mesma diz ofegante.
— Vera, você tem certeza?
— Absoluta. Por favor, me leva pro quarto.
Sem a tirar do colo, ele lavanta segurando suas coxas, voltando a selar os lábios em um beijo ardente, repleto de volúpia e desejo.
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Contract
FanfictionO ódio e o amor andam lado a lado, não? As vezes só é preciso um empurrãozinho para tudo desandar. Uma proposta, duas pessoas, dois corpos e dois sentimentos, mas afinal.. eles são um só.