3 - O primerio dia

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[SEXTA-FEIRA]

Acordo com o despertador.

Hoje seria o meu primeiro dia na escola Inarizaki.

A escola que o Suna estuda.

Suspiro em frustração.

Levanto da cama, coloco os meus sapatos e saio do meu quarto, indo em direção ao banheiro.

Quando eu ia abrir a porta, Suna aparece atrás de mim e segura a maçaneta, me impedindo de abrir.

– O que? – Pergunto em indignação.

– Eu vou usar. – Ele responde, me olhando sério.

– É? Eu cheguei primeiro aqui.

– Sério? – Ele pergunta irônico.

Ficamos nos olhando por uns segundos até ele voltar a falar.

– Tem o banheiro de baixo se você quiser.

– E por que você não vai? – Pergunto.

– Eu tô com preguiça de descer.

Reviro os olhos e empurro Suna pelo ombro enquanto passo por ele.

Cretino. Eu deveria voltar lá e mostrar que ele não manda em nada aqui.

Espero que a minha mãe não se case, sinceramente. Não sei se vou aguentar conviver com o Suna.

Ele é insuportável.

Penso em diversas formas de me vingar enquanto desço as escadas.

– Achei que você não acordaria. Sabe, os jovens costumam não levantar na hora correta. – O meu padrasto fala comigo ao me ver.

– É... – Respondo sem jeito por não ter nenhum tipo de proximidade com ele.

– O Rintarō já está de pé? Você não deveria estar lá em cima se arrumando pra escola?

– Vou me arrumar aqui em baixo. O Suna me expulsou de lá de cima.

Sua expressão se fecha e eu prevejo a bronca que o Suna irá levar mais tarde.

– Me desculpe pelo Rintarō. – Ele diz, se aproximando de mim – Desde que a mãe dele se foi, ele tem se tornado cada dia mais difícil com as pessoas. – Sua mão é colocada sobre o meu ombro.

– Não imaginei que seria por isso.

– Pois é, ele gostava muito dela. Não é nada pessoal com você. No fundo ele é um garoto super amável, você vai ver. – Ele retira a sua mão do meu ombro.

Vou em direção ao banheiro e tomo banho.

Eu não trouxe a minha roupa, apenas uma toalha, que ótimo...

Nada melhor do que passar só de toalha pelo seu padrasto, vulgo um homem praticamente desconhecido.

Respiro fundo e saio do banheiro discretamente.

Passo por ele em passos leves e consigo subir a escada sem chamar atenção.

Olho para trás por um momento e, quando volto a minha visão para frente, dou de cara com o corpo do Suna.

– Calma aí, garota. – Ele se afasta de mim.

Esfrego o meu nariz que deu uma leve machucada e olho para o Suna em seguida.

Ele estava de toalha também, apenas na cintura.

Observo ele por um momento sem saber o que dizer.

– Foi mal. – Vou em direção ao meu quarto.

O Filho do Meu Padrasto - Rintarō SunaOnde histórias criam vida. Descubra agora