18 - Revelação

947 81 9
                                    

[QUARTA-FEIRA]

Acordo sentindo o meu corpo dolorido.

Eu só posso ser louca. Eu transei com o Suna ontem enquanto a minha mãe tava do nosso lado e podia acordar a qualquer momento.

O meu corpo inteiro dói, mas principalmente lá em baixo...

Virgem... nem parecia. Eu acharia que a Yoko não tinha informações o suficiente se o próprio Suna não tivesse me dito que, de fato, era virgem.

Caramba, o Suna era virgem e ele perdeu comigo. Comigo!

Eu nem acredito nisso. Sempre achei que quando fosse perder eu daria pra qualquer um apenas por estar com tesão.

Mas foi com alguém especial e isso me deixa feliz e aliviada. Acho que eu me arrependeria se tivesse feito com qualquer pessoa.

Tive alguns surtos em cima do meu colchão e só parei quando olhei pro lado e vi a minha mãe me olhando com cara de peixe morto.

– Que animação é essa logo cedo? – Ela pergunta mal-humorada.

– Acordei disposta, você não? Normalmente é você no meu lugar.

– Alguma coisa perturbou o meu sono e eu dormi mal. – Ela resmunga. Quando a mulher estava prestes a se virar pro outro lado, seus olhos focaram em um ponto e se abriram mais – Tá menstruada?

– O que? – Pergunto e olho pro mesmo lugar onde ela olhava.

Tinha uma mancha de sangue no meu colchão que provavelmente aconteceu ontem a noite...

Puxei o cobertor rapidamente pra cima daquela mancha.

– Tô. – Respondo quase desesperada – Não sabia que ia descer hoje.

– É melhor você tomar banho. – A minha mãe vira pro outro lado, ficando de costas pra mim, e parece voltar a dormir.

Aparentemente ela se convenceu da minha desculpa.

[•°●]

Fui até a cozinha para tomar café da manhã e o Suna estava com o pai dele na mesa.

– Bom dia, a sua mãe não vem? – Meu padrasto pergunta.

– Não, ela dormiu mal essa noite... por alguma razão. – Sussurro as últimas palavras, olhando pro Suna que já me olhava.

Tinha deboche em seu olhar, como se ele já soubesse o motivo.

– Certo. Não faz mal dormir um pouco mais do que o habitual. – Meu padrasto se levanta da mesa – Eu preciso resolver umas coisas, crianças, então vocês ficarão sozinhos aqui.

– Resolver o que? – Suna arqueia a sobrancelha.

– Coisas do trabalho. – O pai dele pareceu constrangido, mas saiu antes que Suna pudesse questionar.

– Trabalho. – Ele bufa.

– Não acredita?

– Viemos tirar férias. – Me olha.

O Filho do Meu Padrasto - Rintarō SunaOnde histórias criam vida. Descubra agora