Assim que chegamos em casa, eu vou direto ao banheiro do segundo andar pro Suna não decidir que quer ir primeiro.
Depois vou ao meu quarto e pego os meus patins.
Vou tentar espairecer um pouco.
Desço as escadas e Suna estava deitado de qualquer jeito no sofá.
– Aonde você vai? – Ele pergunta quando eu estava prestes a abrir a porta para sair.
– Vou andar por aí.
– E você conhece a cidade? – Ele pergunta com um pequeno sorriso.
Faço uma careta e volto a minha atenção para a porta.
– Eu vou com você. – Ele diz, se levantando do sofá.
– Você não é a minha babá, Suna. – Digo, o fitando.
– Mas sou mais responsável. Me espera aqui, tenho que tomar banho.
– Você teve todo esse tempo pra tomar banho aqui em baixo. – Digo indignada, mas ele apenas passa por mim suspirando como se não desse importância.
Sento no sofá, cruzando os braços.
Mexo no celular enquanto espero por ele.
Já se passaram 10, 15, 20, 40 minutos e nada do Suna.
Jogo a cabeça para trás, encostando o meu pescoço no sofá.
Suspiro impaciente.
Ouço seus passos pela escada.
– Finalmente. Que banho foi esse?
– Deixa de reclamar. – Ele diz, dando um peteleco no meu nariz, e vai em direção a porta.
– Não vai levar um patins pra você? – Pergunto.
– Não sei andar. Só vou tomar conta de você como o meu pai pediu.
– Eu te ensino se você quiser.
Ele fica em silêncio por um tempo, mas concorda e pega um par pra ele.
Saímos e fomos até uma praça não muito longe da nossa casa.
Coloco os meus patins, e ele parecia receoso em por os dele.
– Não tá com medo, né? – Pergunto irônica.
– Claro que não. – Ele diz sério, e os coloca.
Orgulhosamente ele tenta andar sozinho e fracassa, caindo no chão e me fazendo dar boas risadas.
Sinto o meu pulso ser agarrado e ele me puxa, me fazendo cair no chão assim como ele.
Pequenas risadas saem de sua boca e eu o encarava, fingindo estar irritada.
Na verdade eu só conseguia pensar em como ele ficava adorável quando sorria.
– Vamos, garota, você disse que ia me ensinar. – Ele se levanta com dificuldade.
Me levanto e estendo a mão pra ele, que me olha incerto.
– Não tem outra forma de te ensinar que não seja essa. – Digo, e ele me dá a sua mão.
Seguro a sua mão e ando com ele, fazendo-o repetir os meus passos.
Ele cambaleia um pouco as vezes mas consegue me acompanhar facilmente.
Noto um pequeno sorriso no seu rosto e acabo sorrindo de leve também.
Aumento a velocidade dos meus passos e ele tenta fazer o mesmo, mas falha.
– S/N, vai devagar.
– Por quê? Você não consegue? – Pergunto em desafio, e ele aumenta a velocidade dele também.
Dessa vez, eu acabo não conseguindo acompanhar e caio no chão levando ele junto, já que nossas mãos estavam dadas.
Rimos um pouco e logo estávamos de pé outra vez.
– Olá. – Uma voz suave fala conosco, e quando me viro para trás eu vejo a Yoko.
– Oi. – Suna a cumprimenta sério, e eu apenas aceno com a mão.
– Parece divertido... – Ela diz em desânimo.
– Estava sendo. – Suna responde.
Um clima constrangedor se torna presente e eu encontro uma desculpa pra sair dali.
– Vou buscar água pra gente. – Deixo os dois sozinhos.
O clima sempre parece mudar quando a Yoko aparece.
Vou até um homem que vendia garrafas d'água e observo os dois de longe.
Yoko, de cabeça baixa, conversava com o Suna enquanto ele mantinha a própria postura e a respondia em palavras curtas.
Do que será que eles estão falando?
De repente, ela abraça o Suna, que não retribui.
Posso notar o rosto da Yoko molhado em lágrimas.
Ela passa as palmas de suas mãos em suas bochechas molhadas e se afasta do Suna, deixando ele sozinho.
Estranho, muito estranho.
Vou até o Suna e entrego uma garrafa a ele.
– O que ela queria?
– Não é da sua conta. – Ele responde seco, e eu decido não insistir.
Queria ter andado mais um pouco com o Suna, porém a presença da Yoko parece ter sugado todo o resto de simpatia que restava nele, então fomos embora.
Ele andou calado ao meu lado o tempo todo, com os olhos distantes e pensativos, como se estivesse no próprio mundo.
Quando chegamos em casa, ele foi direto ao seu quarto e não falou uma palavra sequer comigo.
Quando eu pareço andar uma casa com o Suna, eu volto menos 10.
[•°●]
Já era tarde da noite e o jantar tinha acabado.
O pai do Suna, juntamente a minha mãe, ficou sabendo da nossa saída e parecia verdadeiramente contente. Já a minha mãe só fingiu que se interessava.
No jantar os dois conversaram entre si sobre o trabalho do meu padrasto. Ele falou bastante sobre a empresa dele e como os lucros estavam aumentando esse mês, o que deixou a minha mãe bastante interessada no assunto.
Vez ou outra eles puxavam conversa comigo e o Suna. Eu respondia o que eles queriam saber e o Suna apenas acenava com a cabeça quando queria dizer "sim" ou "não".
Ele parecia particularmente de mau humor essa noite.
Não que o seu comportamento fosse muito diferente em qualquer outro dia.
Me pego pensando nisso enquanto eu tentava estudar.
Resmungo em frustração. Não consigo pensar em outra coisa que não seja o Suna.
Cálculos e Suna, duas coisas que eu não entendo.
Então eu penso nos dois ao mesmo tempo e o meu cérebro parece fritar.
Não sei porque estou tão preocupada com ele hoje. Ele sempre foi assim.
Não tem nada de diferente. É o que eu tentava me convencer.
Eu sabia que tinha alguma coisa que deixava ele inquieto.
Yoko... O que será que eles tem?
Largo o livro de matemática na minha cama. Não vai dar pra estudar assim.
Eu preciso de um banho quente pra poder relaxar.
💛 [01/05/2022]
Por favor, cliquem na estrelinha ⭐
Capítulo curtinho pois estou sem criatividade, rs
O que será que está acontecendo entre a Yoko e o Suna? 🤨
Até o próximo capítulo 💞
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Filho do Meu Padrasto - Rintarō Suna
FanfictionS/N tinha uma família complicada. O seu pai morreu e deixou dívidas quase impossíveis de se pagar nas costas da sua mãe. Em uma atitude de desespero, a mãe dela se casou com o primeiro homem rico que conseguiu encontrar, homem esse que tinha um filh...