Aparentemente deuses adoram um churrasquinho

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MANUELLA

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MANUELLA

Vi Eloise e Miles se distanciando, indo pro caminho que eu, provavelmente, seria a próxima a fazer. Adrian havia entrado no casarão e ainda não havia voltado, Quíron havia se despedido e entrado também, provavelmente para seu escritório onde devia anotar os novos membros do acampamento maluco. Eu não faço ideia de como ainda não tive um ataque de nervos, as informações rodavam pela minha mente quase me enlouquecendo. Charlie se estava na mesma situação não demonstrava, continuava impassível olhando ao redor. Em partes, ser uma semideusa respondia algumas perguntas, como por que meu pai se recusava a falar sobre a minha mãe e, graças às explicações de Miles enquanto esperávamos os outros três no carro, o motivo de ter TDAH e dislexia. Talvez até isso fosse em parte o porquê dele me odiar tanto.

Pensar em Rodrigo Garcia doía. Meu pai simplesmente me ignorava desde que tinha 11 anos de idade, quando nos mudamos para os Estados Unidos foi como se eu não existisse mais até que o boletim chegasse. Babás me criaram e se tornaram minhas amigas, nas raras vezes que via o meu pai, ele brigava comigo e me cobrava para ser melhor. Estudar mais, tirar notas mais altas. Descobrir o TDAH foi complicado, já que ele não se convencia de que era uma condição real e não só "corpo mole" da minha parte. Mas no fim, minha babá, Karina, o convenceu que eu deveria tomar os remédios e fazer acompanhamento.

Em meio aos devaneios, Adrian voltou com uma sacola em mãos e começou a descer as escadas que levavam a outra parte do acampamento sem ao menos dizer nada. O que tinha de bonito, também tinha de babaca. Olhei para Charlie e ela fazia uma careta pro garoto, provavelmente pensando o mesmo que eu. O seguimos sem muita escolha, do alto era possível ver todo o acampamento, toda aquela arquitetura grega a deixava extasiada. Sempre teve interesse na cultura da Grécia Antiga, mas nunca soube exatamente o motivo, era só como se algo dentro de si a chamasse para aquilo. Talvez fosse seu próprio subconsciente tentando alertar sobre o sangue grego divino que corria em suas veias. A área dos chalés era bem grande, contando com vinte deles, haviam oito pequenos logo ao final da escadaria, dez nas laterais e mais dois na ponta contrária - bem maiores que qualquer outro. Seguimos para a esquerda até parar em frente a construção de madeira velha e descascando, havia um caduceu na parte de cima, o símbolo de Hermes - um bastão alado com duas cobras enroladas. O lado de dentro não era muito diferente, a pintura da parede estava se desfazendo, o chão de madeira era coberto por tapetes manchados de todos os tipos de substâncias e haviam diversas beliches velhas e que não pareciam nem um pouco seguras espalhadas por ali. Adrian parou de repente,fazendo com que quase esbarrásemos nele, e estendeu a sacola que carregava.

— Esse é o uniforme do acampamento. Peguei dois, se precisarem é só irem a Casa Grande pegar mais. – Abri a sacola vendo os tecidos laranjas, papéis e um caderno – Tem um mapa do acampamento para cada uma e o verdadeiro guia do acampamento para semideuses, feito pelo próprio Percy Jackson.

— Quem é Percy Jackson? – Quase como se lesse meus pensamentos, Charlie perguntou.

— Logo vocês vão descobrir. Escolham uma cama e se precisarem de alguma coisa, não me chamem, procurem Connor Stoll.

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⏰ Última atualização: Jan 11 ⏰

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