"Sonhos"

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Já tinha se passado o fim de semana, nesse meio tempo eu limpei meu guarda roupa,refiz algumas análises antigas e entrei em uma pesquisa minuciosa sobre os vigilantes.

Eu não tinha certeza se apoiava essa ideologia, porém quanto mais eu fui descobrindo mais eu me interessava.

No final, eu entendi, foi um choque de realidade notar o tanto que heróis falham apenas por capricho ou por negociaçoes financeiras ilegais. Sem contar nos crimes que são taxados como "acidentes" ou apenas "desentendimentos".

Terminei de me vestir e peguei minha bolsa.

Saí de casa ainda reflexivo, é irritante ter tantos pensamentos intrusivos

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Saí de casa ainda reflexivo, é irritante ter tantos pensamentos intrusivos. Me sentia estranho, era primeira vez que eu realmente me arrumava pra escola, e parecia que quanto mais perto do portão eu chegava mais pessoas me encaravam.

Antes de notar um garoto para na minha frente.

Deku- uh, licença?

Garoto- quem você pensa que é pra falar comigo seu inútil?!

Apenas o ignorei indo pra minha sala, já bastava aguentar desaforo todo dia, gostaria de uma folga.

Entro na sala e vejo minha mesa completamente riscada com mensagens ofensivas e algumas ameaças, sento na carteira e deito a cabeça tentando acalmar meus pensamentos.

Minutos depois todos já estão na sala e o professor começa a aula, não presto muita atenção já que esse professor fala mais da vida dele do que dá aula.

Professor- então alunos, hoje vamos escrever nossos planos para o futuro, já que logo estarão no ensino médio precisam saber o que vão ser..... Quem eu quero enganar, claro que todos querem ser heróis.

A maioria do alunos ativaram seus poderes em animação em quanto o professor entregava as folhas nas mesas.

Professor- pessoal, se acalmem que não é hora de usarem suas individualidades.

Ele para do meu lado e bate em minha nuca fazendo eu levantar.

Professor- acorde! Aqui não é sua casa.

Praticamente jogou a folha na minha mesa enquanto os outros riam.

Olhei para o papel em branco e sorri sutilmente.

Depois de todos terem entregado os papéis o professor começou a ler em voz alta.

Professor- parece que o Bakugou quer entrar na UA, concerteza vai trazer muito orgulho pra nossa escola.

O loiro sorri convencido.

Bakugou- claro, até porque eu vou ser melhor que o ALL Mitgh. Enquanto esses extras vão ficar só comendo poeira.

Professor- e o próximo é Midorya, você quer ser.....médico?

Todos me encararam com dúvida e desprezo.

Izuku- sim, eu não preciso ser um herói pra salvar pessoas, tem outros meios.

Minha voz saiu tão meiga e esperançosa que por um segundo até eu acreditei.

Professor- sério? Bom, se der sorte talvez vc passe como lixeiro, mas médico ainda é muito alto não acha?

Izuku- não, eu sei que consigo.

Dessa vez o choque deixou a sala em silêncio, pela primeira vez eu tinha respondido uma provocação, porém logo o sinal tocou quebrando o clima.

Peguei minha mochila e saí tranquilamente da sala, tinha esperanças de que assim o bullying desse uma parada, estava errado denovo.

Alguns alunos de outra sala tinham me cercado na saída, só pararam depois de meia hora e se eu desse sorte conseguiria chegar em casa.

Acabei apagando, quando acordei já estava escuro, me levantei e fui pra casa, só pra descobrir que minha mãe ainda não tinha chegado. Depois de limpar e cuidar dos meus machucados recebi uma ligação dela.

Izuku- alô?

----- alô, Izuku Midorya?

Izuku- isso mesmo, quem é você?

----- aqui é o Mateus do Departamento de política.

Izuku- cadê minha mãe?

------- sinto muito garoto, a sua mãe foi usada como refém no escritório em que trabalhava, ela lutou até o último segundo  mas os heróis não chegaram a tempo, eu sinto muito mesmo garoto.

*ligação encerrada*

Minhas pernas falharam, a única coisa que senti foi o impacto do meu corpo contra o chão e as lágrimas que não paravam de jorrar, eu tinha perdido tudo, eu só chorava encolhido no chão esperando que tudo isso fosse apenas um pesadelo.

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Obrigada por ler e desculpe algum erro.

O anti-heróiOnde histórias criam vida. Descubra agora