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Emilly Mendes

A dor que eu estava sentindo não era normal, as meninas estavam me dando o maior apoio possível. Meu útero não estava 100% dilatado, faltava alguns centímetros

Estava fazendo os exercícios pra ajudar, não aguentava mais

Xx: vamos fazer o exame de toque - me chamou - onde está o pai do neném? - perguntou

Fiquei em silêncio e minha mae também, Júlia tentou falar mas desistiu

Hugo: nasceu? - abriu a porta fazendo eu me assustar

Xx: aqui está o papai - deu risada - atrasado em

Emilly: ele não... - tentei falar mas a dor não deixou

Hugo: eu sou o pai - me interrompeu

Me surpreendi com a firmeza que ele respondeu, era verdadeiro o que ele sentia pelo o meu filho, no olhar dele de preocupação me mostrava tudo, me arrepiei todinha

Fomos pra sala de exame, e a médica falou que faltava bem pouquinho, queria muito pedir pra tomar anestesia mas vou suportar

Ela deixou eu e o Hugo dentro de uma sala, ele veio querer me ajudar mas não queria, sou muito orgulhosa pra aceitar. Fiquei dando voltas tentando amenizar a dor mas não passava

Hugo: para de orgulho, emilly - encostou a cabeça na parede - coé, tu precisa de mim, deixa eu te ajudar

Emilly: calando essa boca já vai ajudar muito - encarei ele

Hugo: do jeito que tu me odeia, esse muleque vai sair a minha copia - deu uma risada sem graça

Emilly: espero que não - sentei na cama - vou pedir remédio, não tá dando

Hugo: ta de sacanagem? - ficou entre as minhas pernas - tu é toda marrenta ai, não rende pra ninguém, posturada, cheia de ódio, não vai aguentar isso?

Realmente, eu sou muito foda mermo, não vou deitar pra essa dor. Até que o imprestavel fez alguma coisa de útil, ele balançava a minha cintura com uma toalha nas minhas costas, ajudava um pouco

Depois de fazer tudo a médica veio fazer o exame novamente, dessa vez já estava 100% dilatada, obrigado senhor. Colocamos as roupas pro parto, era super feia, nem foto eu vou tirar

Hugo entrou junto comigo e segurava a minha mão, o ódio que ele me dava era a força que eu precisava, minha mãe, André e a Júlia estavam de camarote, olhando tudo na janela

Finalmente o meu neném veio ao mundo, a dor valeu a pena por que ele era lindo. A médica me deu ele e foi a coisa mais preciosa, tão pequeno

No morro do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora