Capítulo 7

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Maitê pov

Sentei na minha cama de pernas cruzadas olhando pra porta esperando o momento em que meu pai entraria porta adentro pra me arrasa.

Se antes eu estava com medo agora meu cu tá na mão.

A porta do quarto se abre e meu pai passa por ela, para no canto do quarto me olha, olha pelo quarto, volta seu olhar pra mim.

- Me diz que é mentira Maitê - Fecho os olhos com força - Fala que é mentira por favor minha filha!

- Infelizmente é verdade pai.

Me encolho mais quando ele se meche e senta na ponta da minha cama.

- Eu tô muito decepcionado com você, mais não vou largar você de mão agora, eu sou teu pai e é meu dever te amar, proteger e te apoiar, dar sermão, porém saiba que eu tô muito decepcionado contigo, não vou te expulsar de casa se é isso que o que está pensando. Parece que foi ontem você aqui nesse quarto brincando de boneca, ou pedindo pra ir jogar bola comigo porque os meninos não queria deixar você jogar com eles. Apartir de agora muita coisa que era pra você será dela, saída com os amigos? Pode dá Tchau, enquanto eles vão estar saindo pra curtir você vai tá aqui ninando uma criança, eu vou te ajudar mais você quem vai acordar de madrugada, aturar as cólicas, choros e muito mas, eu vou estar aqui porém muita coisa você quem vai fazer sozinha entendeu?

- Sim!

- Quem é o pai? Ele já sabe?

- É um cara ai. Ele não quis assumir

- Quê?

- Ele disse pra eu abortar ela pai, disse coisas horríveis.

Me engasgo com o choro e sinto seus braços ao meu redor.

- Vocês duas não precisam dele, eu tô aqui, eu sempre estive aqui!

- Obrigada paizinho - abraço ele como se o mundo fosse acabar.

- Agora deixa eu ir lá tomar um banho e trocar de roupa.

- Não me deixa aqui sozinha não

- eu vo lá mais já volto tá bom?

- Tá.

Meu pai sai do meu quarto e eu fico chorando até ele voltar me deitar na cama, cobrir e me aconchegar igual quando eu era pequena e tinha pesadelo.

Adormeci nos braços do meu coroa como a  muito tempo não acontecia.

•••••

Me olho no espelho vendo o quão acabada estou, rosto e olhos inchados de tanto chorar, olheiras profundas e a ponta do nariz tá vermelha, quem me olhar vai dizer que tô resfriada.

Fico de lado na frente do espelho levanto meu casaco vendo o tamanho que minha barriga já tá.

- como eu não percebi que você tava aí antes? - ainda é estranho saber que dentro de mim tem um ser humano, se eu disser que já me acostumei com a ideia de ser mãe eu vou estar mentindo. Na verdade eu tô é com o cu na mão.

- Oi Abelhinha - meu pai fala assim que entro na cozinha e bagunça meu cabelo.

- pai, não faz isso - Ajeito meu cabelo - Boa tarde, cadê a Mari?

- Saiu ali rapidinho

- Hum

- Quer o que?

- Tô com fome.

- Agora eu sei pra onde vai tanta comida - da risada.

- Mas eu nem como muito

- Garota você tá comendo igual a mim quando chega em casa do trabalho cheio de fome, e né nem um prato e sim dois.

Maitê Onde histórias criam vida. Descubra agora