Capítulo 30 (Inédito)

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Boa leitura!

Barão pov

Minha vida nem sempre foi fácil.

Minha família é simples, viemos da baixada em busca do melhor na zona Norte do Rio de janeiro e acabou que a gente se fudeu.

Perdi meu pai tinha 11 anos, ele trabalhava de frentista então em uma noite uns cara assaltaram o posto e meu coroa foi dessa pra melhor.

Ele e minha mãe tiveram 4 filhos, Eu, Joana que é a mais velha, Jamile que veio depois de mim e a caçula Jasmim.

Não sei qual o problema dos meus pais com a letra J, todos os filhos fizeram esse troço brega.

Depois da morte do meu pai começamos a passar necessidade.

As coisas começaram a aperta, só ela trabalhava Joana tinha 14 anos na época e ficava em casa com os menores pra minha coroa ir trabalhar na casa dos bacana.

Quando eu fiz 16 anos minha mãe adoeceu e a pensão que ficou do nosso falecido pai que já não era muita ficou menos ainda quando Joana apareceu grávida, o mano era firmeza, trabalhava no mercadinho e ajudava como podia, tava todo bobo que iria ser pai mas numa guerra que teve ele infelizmente morreu antes do meu sobrinho nascer.

Minha irmã fico mal, então com o dinheiro da pensão do coroa tinha que pagar as conta, comprar comida e comprar as coisas pro filho da Joana.

Eu decidi entrar pro tráfico quando Jasmim que na época tinha 6 anos choro falando que tava com a barriga doendo, eu sabia muito bem que era de fome, ali eu deixei de comer o meu que eu tava guardando o dia todo pra jantar e dei pra ela.

Eu via os cara com malote e ostentando quis pelo menos botar comida na mesa.

Sai de casa direto pra boca pedi pra eles arranjar um trampo pra mim, no início eles falaram que aquilo não era pra mim e tals, expliquei a situação e até dinheiro me ofereceram mais eu disse que eu não queria dado, queria fazer por onde.

O dono viu aquilo e já me boto pra fazer de aviãozinho, ganhava 200 por semana

Lembro que com esses Primeiro duzentos conto fui no mercado, comprei Danone, biscoito, uns bagulho de mulher que a Jamile Tava necessitada guarde o que sobro e parti pra casa, cheguei lá minha mãe perguntou de onde eu tinha tirado a grana e eu menti, dizendo que tava fazendo bico pelo morro.

Conforme o tempo foi passando eu fui ganhando confiança dos cara, então passei pra vapor.

Daí não teve mais como esconder da minha mãe, quando eu contei ela choro, falo que não era aquela vida que queria pra pra e tals mais eu permaneci nela e dela eu só saiu morto.

Quando fiz 19 anos conheci a mãe da Cataria, Thayla, ela era mó piranha na época, sentava prós mano tudo e na minha vez ela engravido.

Foi só minha filha nascer que eu fui preso.

Fiquei trancafiado na jaula por 3 anos, perdi boa parte da vida do meu sobrinho e  filha, mas também quando a lili canto eu trabalhei mais e Terro que era meu amigo viro chefe, ele me boto como gerente da boca principal.

Um ano depois o Sub vacilo com Terror e eu que descobri, o cuzão foi de ralo e eu fiquei com o posto dele.

E lá tava eu com 24 anos Sub do Alemão, ganhando bastante malote, cuidando pra que nunca faltasse nada pra minha família, dei casa pras minhas irmã e ajudei elas a abrie loja e salão, fora que tô fortalecendo os estudos de Jasmim.

Mato e morro por elas

Só tô com a Suelen por comodismo, mais vivo comendo várias puta por aí.

Quando avistei Maitê no baile porra ela me deixou maluco.

Achei que seria só mais uma foda, mas não eu cada vez mais queria ela só pra mim, porém a mandada sempre foi geniosa.

Quando ela me disse que tava grávida eu simplesmente surtei, humilhei, bati e até mandei ela tirar a criança.

No dia que a Suelen deu o pau nela minha vontade foi de pegar a novinha e cuidar, mais ao invés disso eu fui da um de bom moço pra mulher errada.

Só lembro que naquele dia bebi tanto que cheguei em casa quebrando tudo, Suelen que não morava comigo naquele dia tava na minha casa levo uma surra, papo de ficar toda marcada.

Última vez que eu vi Maitê foi um tempo depois dele a me falar que tava esperando uma cria minha depois não vi mais, foi aí que passei a cerca o pai dela, perguntei da criança e ele disse que graças a surra que a minha mulher deu na filha dele o neném não resistiu e morreu e que a Maitê tinha ido embora.

Porra depois desse dia eu passei a me culpar todo santo dia, eu perdi uma mulher foda e um filho por causa de vacilo meu.

Desse dia em diante se eu tratava Suelen bem era raro.

A descoberta dos gêmeos pra mim foi um mix de sentimentos, Primeiro fiquei puto com a Maitê, depois fiquei felizão por ter tido não só um como dois filhos com a mulher que eu sou gamado, mais três que entraram pra lista do Mato e morro por eles.

Agora a meta e ajustar minha vida pra tentar reconquistar a mandada.

Maitê Onde histórias criam vida. Descubra agora