one life [ FABERRY]

Prólogo

O relógio do carro marcava meia noite, eu estava a caminho do local onde estava acontecendo a festa da agência onde Quinn trabalha. E adivinhem, o carro dela não funciona, recebi uma mensagem da minha mulher quase aos prantos porque seu carro estava sem gasolina. Eu já avisei essa cabeça de vento mil e uma vezes, mas ela nunca me escuta. Então eu, como uma ótima esposa, estou indo até lá buscá-la no local, deixei nossa filha com Kurt, ainda bem que ele nunca dorme cedo pois também espera Blaine chegar do trabalho. Logo cheguei no local e procurei um lugar para estacionar, o que foi difícil pois estava extremamente lotado. Odeio isso. Assim que encontrei, desliguei o carro e fui até a entrada esperando por Quinn. Foram quase dez minutos e ela não aparecia, senti uma leve sensação ruim ao ver algumas pessoas que me conheciam de vista da agência me olharem com olhares indecifráveis enquanto saiam do local. Suspirei e entrei no lugar onde o som parecia ser feito para estourar os tímpanos, caminhei por uma montanha de pessoas e comecei a pensar que definitivamente Quinn não era uma daquelas, conhecia minha mulher perfeitamente para saber que ela prefere uma boa calmaria à isso.

— Olá, com licença. — Chamei pelo barman assim que parei na frente do bar — Por acaso o senhor viu uma loira, mais o menos alta e vestida em um conjunto preto, olhos lindos verdes ? — Sabia que essa era a roupa que ela havia saído, afinal, eu ajudei escolher com meu bom gosto-

— Está interessada nela ?.— Observei o homem sorrir sugestivo e decidi entrar no seu jogo, confirmando — Vi que ela  entrou por aquele corredor ali, mas talvez a essa hora, alguém já tenha entrado junto. Ela era uma mulher linda. — Revirei os olhos com o nítido interesse dele e insinuação idiota, ela nunca olharia para outra mulher e muito menos me trairia. Quinn me ama. -

— Ok, muito obrigada. — Agradeci e andei confiante até o corredor que parecia realmente ser o local menos barulhento desse local, estar aqui era mais do feitio de Quinn-

Caminhei olhando para as portas e muitas delas que tentei abrir, estavam trancadas. Isso era uma espécie de puteiro? prefiro não entrar em detalhes sobre os gemidos que também ouvi. Entretanto, uma dessas portas estava entreaberta e eu entrei sem qualquer cerimônia. Mas eu preferia não ter entrado, preferia nunca ter entrado nessa porta e nesse lugar que eu definitivamente nunca mais vou esquecer. Eu estava diante do pior cenário que eu poderia estar e eu definitivamente só queria um buraco fora daqui.

— Uh.. Quinn — a mulher nua ao lado do corpo nu da minha mulher, gemeu.  Eu quis vomitar tudo que estava no meu estômago-

— Quinn!. — Gritei histericamente, mas não sei como consegui tirar esse som da minha garganta, eu tremia tanto que sentia minhas pernas bambas prestes a me fazer cair de joelhos naquele chão-

— Rach.. — Quinn parecia acordar de um transe, olhou ao redor incompreendida e sonolenta. Como ela consegue ser ridícula a esse ponto — Onde estou..o que aconteceu amor ?

— Como o que aconteceu linda.. não lembra do que fizemos? . — A piriguete disse me olhando cínica e avancei contra ela, mas Quinn se levantou me segurando com força contra si-

— Calma amor, calma, eu não sei do que essa louca está falando. — Quinn disse nervosa me contendo-

— Me solta, não encosta em mim, não encosta em mim — Eu disse sentindo lágrimas começarem a descer pelo meu rosto copiosamente— Como você pode ? como você pode fazer isso comigo, Quinn? eu te pedi tanto, tanto, para que apenas fosse honesta se não me amasse mais-

— Rachel, eu não fiz isso, eu não fiz isso — Quinn gritou se cobrindo e a empurrei pra longe de mim com raiva

— Eu te odeio, te odeio com todas as minhas forças — Gritei chorando e corri para fora dali, eu sentia que poderia desmaiar a qualquer momento, toda minha carne tremia e minha sanidade já não estava mais em mim-