Parte *2*

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- Não Sam. Não exatamente.

- O que significa "não exatamente"? E não vem com aquele papo clichê que você e Dean tem "um vínculo mais profundo" - Sam não estava nada satisfeito em ter essa conversa. Mas queria ter certeza. Cas pode fazer mal ao seu irmão se continuar com essa "paixão".

- Sam. Você e seu irmão são as coisas mais importantes para mim. Eu não suporto a ideia de perder um de vocês...

- Responde apenas a minha pergunta ok?

- Não tenho nada para falar, sinto muito.

-Cas? Se você quer ajudar meu irmão você tem que saber... - Mas quando notou o anjo havia desaparecido. Sam estava confuso com os próprios pensamentos. O moreno nervoso deu um soco no volante. Ligou o carro deixando tocar uma canção e seguiu a estrada.
Dean pedia mais uma dose de uma bebida que havia tomado. Era forte descia, queimando na sua garganta. Algumas vezes apertava os olhos para manter se consciente. A garota trouxe lhe a dose que foi pedida alertando o loiro para ir com calma. Ela deve ter percebido que algo o deixava perturbado e arriscou uma conversa.
- Deve estar com problemas?

- Todos nós temos problemas - Dean piscou para jovem. Tentando dizer que não estava afim de papo.

- É tem razão. Mas acho que você não deveria beber desse jeito. - insistiu a moça que tinha traços orientais, cabelos e olhos escuros.

- Eu pago. Você me serve. - outra piscada e a moça o ignorou atendendo outro cliente. No bolso, o seu celular começou a vibrar. Ao pegar ao aparelho viu que era seu irmão.
- Sam?

- Dean onde você está? - a voz do moreno era de preocupação. A bebida trouxe algum efeito para Dean. Ele segurava o celular mas era como se não tivesse alguém na linha. - Dean? Você está bebendo? - o loiro soltou uma risada. Ao que parece a palavra bebendo foi a única que conseguiu ouvir. Entretanto arriscou algumas palavras que saíram feito reclamações, provando assim que não estava sóbrio.
- Ok estou indo pra aí. - Sam desligou o telefone. Não seria difícil descobrir onde Dean estava. Já que o loiro havia esquecido de desligar Winchester dirigia agora ao local. Alguns quilômetros e estaria lá. So esperava que o irmão continuasse no mesmo lugar.
Tudo que Dean pensava era como piada. Seu estado estava pior a cada gole da bebida. O álcool agora ja dominava seu corpo. - Sam... Sam vai me buscar seus idiotas - falava com a voz arrastada. Não conseguia se equilibrar na cadeira. Sua cabeça parecia que uma hora ia explodir. Seus olhos já denunciavam sua embriaguez, sem brilho e caído. Zombava de sua história atraindo olhares de quem no bar estava. - Meu i-irmão Sam, ele. Ele vai acabar com essa espelunca. Seus demônios. Eu mato vocês todoos os diaaaas. - sua cabeça virou bruscamente para o lado e perdendo o equilíbrio ele cai no chão. Deitado sentindo o chão gelado uma mão tocou na sua. Dean tentava de tudo para manter os olhos abertos. Mas tudo que viu foi uma luz azul. Talvez um olho azul. E depois não viu mais nada.
Quase uma hora depois. Já deviam ser dez da noite. Sam finalmente chegou ao bar que esperava encontrar o irmão. Depois de uma longa procura ele sentou e decidiu beber alguma coisa. Algo mais leve. A moça que havia atendido Dean agora atendia Sam. Ela notou a mesma preocupação nele. Entretanto não quis puxar conversa lembrando do fora que o loiro havia lhe dado. Retirando seu telefone do bolso, o moreno tentou ligar pro irmão. Mas só ia para caixa postal. Deixou uma mensagem mandando Dean te ligar de volta.
A moça estava inquieta. Então ela decidiu arriscar algumas palavras mesmo correndo o risco de ser rejeitada outra vez. Mas vendo a inquietação do moço talvez ela pudesse ajudar.
- Você está procurando alguma coisa? - perguntou a morena.

- Ah - se Dean estava aqui então ela deve saber-  pensou o winchester. - Bom você viu um homem mais baixo que eu, olhos verdes, cabelos claros e curtos?...

- Oh! Talvez.- a morena tinha certeza de que era do loiro que lhe deu um fora que ele estava falando. Afinal foi o único loiro de olhos verdes que passou aqui. Os outros tinham olhos azuis. - Eu acho que vi sim. - pensou se o loiro e o moreno eram namorados. O que fazia sentido. A moça era linda e atraia olhares de todos. Menos dos dois. Ela que agora se insinuava para Sam debruçando na mesa e mostrando seu decote. Deu uma mordida no lábio inferior e depois uma olhar penetrante.

- Então sabe me dizer para onde ele foi? - o Winchester agora se recuava na mesa a medida que a morena se aproximava. Com olhar de desaprovação.

- Claro bonitão? Eu saiu... - checou o relógio. - daqui a vinte minutos. Sam estava impaciente e também constrangido. Mas ele não tinha outra saída além de esperar. O celular do irmão estava fora de área. Nem o GPS o ajudava. Confirmou com a moça que ia esperar. Ela saiu rebolando e continuou o trabalho. Sam agora arrumava um jeito de fuga. Eu atraio ela para um lugar calmo, finjo que estou afim, falo que Dean é meu irmão e está em perigo, ela me conta tudo e depois eu fujo.
Faltavam cinco minutos para colocar seu plano em ação. Sam se levantou e manteve a postura ereta na porta do bar. Checou seu hálito, arrumou os cabelos quando sentiu uma pontada na sua bunda. Agora a moça sorria na sua frente. O beliscão ainda latejava. É agora Sam. O moreno foi para trás do bar. A moça seguia ele impaciente. Antes de chegar ao local ela já o agarrou e tentou um beijo. Por mais que negasse até sentiu atração pela moça. Então agora decidido a por seu plano em prática. Ele a agarrou beijando. A moça puxava Sam cada vez para ela. As mãos de Sam delineavam as curvas perfeitas da morena e apertavam suas nadegas. Por um momento o plano foi esquecido. A sua camisa estava sendo retirada. E seu corpo arranhado. O moreno empurrou a moça contra a parede e pressionava sem deixar a ela alguma saída. Tirou de sua jaqueta uma faca. A moça estava assustada e demonstrava medo.
- Onde está meu irmão?

- Eu não sei... - um corte leve na sua pele fez ela gritar. - ele estava bêbado e um cara levou ele.

- Que cara? Fala? - Sam insistia.

- Castiel. - e depois de sua confissão a faca entrou dentro de seu peito como uma lâmina dominada de fogo e veneno. Queimando seu corpo por dentro. E por fim. A demônio estava morta.

Dean acordou em um quarto que sem dúvidas era de algum motel barato. Um quarto pequeno e desajeitado. Percebeu que por mais que sua cabeça doía e seu olhos ainda não estavam adaptados a luz o lugar era confortável. Deitado em uma cama,  sem camisa e sem calças. Apenas de cueca e um lençol fino. Tentava recordar de como foi parar ali. Lembrava da asiática peituda do bar. Que ele deu um fora. De beber muito. Lembrava de Sam ter ligado e depois mais nada. Sam. Sem dúvidas o irmão tinha ido procurar e ele não estava lá.
Tentou levantar da cama. Mesmo que seu corpo quisesse descanso. Entrou no banheiro e quase caiu de susto. Havia um homem tomando banho. Se não fosse pelos olhos azuis nem iria acreditar que fosse o...  - Castiel?

Sentimentos mútuosOnde histórias criam vida. Descubra agora