Parte *5*

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— Sam? — Castiel tentou parecer surpreso.

— Olá Cas — falou o moreno entre dentes encarando o anjo com raiva. — Olá Dean? — sem tirar os olhos do Novak, Sam cumprimentou seu irmão.

— Sam? Porque demorou tanto?

— Eu? Ah perdi o telefone. — Não queria demonstrar a raiva que sentia do anjo. Embora fosse difícil de conter. Dean por outro lado sabia que eles estavam escondendo algo. Mas não sabia o quê?

—  Gente? Vamos se movimentar? Trabalhar? Estamos todos bem certo? — após Dean falar. O novak e o Winchester observavam o loiro que não ficou nada confortável com isso. Gaguejou nas últimas palavras. — E-espero vo-cês no... no... carro.
Assim que o Dean saiu. Sam e Castiel voltaram a se encarar.

— Bom. E aí? Não vai me dizer nada? — começou Sam

— Sobre?

— Como sobre Castiel? Porque não disse que meu irmão estava com você?

— Bem eu ia dizer. Era... só que... Dean estava mal.

— Você era uma pessoa que eu podia confiar. Você está acabando com meu irmão Castiel. Sinto muito mas se isso continuar. Então vai ser eu contra você. Ahh não precisamos de sua ajuda no caso. Você é tão inútil quanto um batom de princesa. — assim que terminou Sam saiu do cômodo batendo a porta.

Cas se sentou na cama digerindo o que acabou de ouvir. E como aquelas palavras doíam. Entraram em seu coração como facada no peito. Mas talvez Sam estivesse certo. Era apenas um humano inútil agora. Os Winchesters não iriam precisar dele. E talvez ele só pudesse piorar as coisas. Então Castiel olhou para o teto com um semblante triste. Que mudou de repente quando se lembrou de que Dean poderia matar Sam. E o mais novo não sabia disso. Talvez não fosse tão inútil assim. Os Winchesters tem um caso. E Castiel também tem um. Salvar Sam Winchester.

—  Então Sam? Vai me explicar o que está acontecendo entre você e o Cas?  — Dean dirigia na estrada sem direção. Disse que iria caçar. Mas na verdade o loiro queria apenas entender o que estava havendo entre os companheiros. Mesmo que isso incluísse andar em círculos com o impala.

— Castiel não me disse onde você estava e eu fiquei puto com isso.

— Oras Sam. Sentiu saudades? Eu estava com nosso Castiel.

— Nosso Castiel  — murmurou Sam — sabia que ele está apaixonado por você?

— Ohh Sam você andou bebendo? Castiel é nosso amigo.

— Então porque não ficou bravo? O Dean que eu conheço já teria batido o carro. — Sam estava inconformado. Se contorcia por dentro. Se sentia sobrando na história. Pelo jeito. Talvez até Dean estivesse... não... Dean não pode.

— Olha o que você está dizendo Sam? Eu e Castiel juntos. Pera ai. Como é que é. — O carro que estava entre 35 km/h foi a 80. Dean parecia não ter se tocado que pisava cada vez mais no acelerador. Estava furioso com o que Sam acabara de dizer. O mais novo estava assustado. Não com o impala quase batendo nos outros carros. Mas com o seu irmão. Será que a marca influenciou ele a esse ponto? Será que Dean estava na maior parte do tempo não sendo o verdadeiro Dean?
O carro ia perdendo a velocidade tomando um caminho na mata. O loiro nada falou, apenas saiu do carro e seu irmão confuso foi atrás.
O mais velho seguia a mata sem olhar para trás. Parecia saber onde iria. Conhecia bem o caminho, o suficiente para parar perto de uma gigantesca árvore, se virar para seu irmão demonstrando os seus olhos agora negros. Olhos de demônio. Puxando de sua jaqueta uma faca a apontado para o mais novo.

— Então Sam — sorriu — gostou do passeio?

— Dean? Esse não é você. Abaixa isso por favor. A gente vai dar um jeito.

— Ohhh Sam. A gente vai dar um jeito? Em quê? Em mim? Esse sou eu irmãozinho.

— Não Dean. Esse não é você.

— Cala a boca Sam. Eu vou fazer direitinho. — O mais velho se aproximava do irmão segurando firme sua faca. Sam se afastava andando de costas sem olhar para trás. Se tivesse olhado. Teria avistado a árvore nas suas costas cuja raiz o fez tropeçar. Agora Dean estava tão perto que encostava a faca no pescoço do mais novo. Os olhos de medo encaravam os negros sarcástico. Dean sorria e se divertia em ter alguém na suas mãos. — isso Sammy você vai me agradecer por isso. — deslizava a lâmina nas bochechas rosadas do moreno. Uma linha de sangue se formou. O céu ja escurecia. Logo logo a mata iria estar totalmente escura.
Dean dizia coisas que Sam tentava ignorar. Coisas que no fundo ele pensava se poderia ser verdade. Uma delas é que nunca houve uma família. Estava escurecendo tão rápido que já não via mais o semblante do irmão. Apenas alguns vultos das árvores ocupavam sua visão. Até não ver mais nada. Escutava a respiração de Dean tão próxima e calma. Tranquila. Ele voltou a deslizar a lâmina no seu corpo. Só que dessa vez quem gemeu não foi Sam. E sim Dean ao sentir contra seu corpo um cheiro familiar. Foi puxado para trás perdendo o equilíbrio e caindo em cima de Castiel. Sam se levantou mas Dean foi mais rápido e correu pela mata. Sam tentou acompanhar mas o Novak impediu sua ação puxando seu braço.

— Ele vai te matar. — falou o anjo

— Não é o Dean. Tenho que ajudá-lo.

— Eu faço isso Sam. Ele vai te machucar.

— É fácil para você né. Eu sei que você está apaixonado pelo meu irmão. Mas não posso deixa ele assim.

— Sam eu vou atrás de Dean e prometo trazer ele para você. — Castiel já ia entrando na floresta.

— Por que me salvou Cas?

— Porque eu amo vocês.

Sentimentos mútuosOnde histórias criam vida. Descubra agora