Sentimentos mútuos

Parte *19*

- Vocês vão me explicar o que está acontecendo aqui? - perguntou Dean. Sam olhou Crowley incrédulo, o demônio sorria sarcástico e era notável que Castiel não estava conseguindo conter a surpresa.

- Esquilo! - exclamou Crowley. - Temos novidades.

- Dean, eu invoquei ele para saber onde você estava. - disse Sam rapidamente.

- É... nós fomos a delegacia... ouvi algo que você tinha desaparecido. - disse Cas nervoso.

- Aham. - Dean olhou desconfiado para Crowley que apenas fingia aceitar tudo numa boa. E o loiro sabia que tinha mais coisa envolvida nisso.

- Vão me soltar ou não? - resmungava o demônio.

- Sam solte o. - ordenou Dean.

- Nós vamos mata-lo. - retrucou Sam.

- Por que?

- Eu que te pergunto isso Dean. Por que?

- Temos coisas mais importantes a fazer Sam. Deixe o demônio vivo. Não temos dívida com ele. Ou você tem?

- O que está insinuando Dean? Claro... até então não era eu que iria entregar o maldito livro para ele em buscas de coisas que você nem tem certeza.

- So vou ter certeza quando eu ver.

- Ahh. Agora vai confiar nas palavras desse imbecil. A que ponto você chegou? - Sam se aproximou de Crowley com a faca na mão. Cas só queria que tudo aquilo acabasse.

- Sam larga essa faca. - autorizou Dean. - Eu tentei confiar em você. Mas você não me deu escolhas.

- Rapazes eu estou aqui. Vocês podem discutir suas relações mais tarde? - Crowley interrompeu.

- CALA A BOCA -Os Winchesters gritaram juntos.

- Dean? - a voz fraca e calma causou um silêncio no cômodo. Os olhos azuis de Cas incomodado com tudo o que estava acontecendo e pesado com lágrimas de ódio que ele tentava segurar. - Talvez Sam tenha razão.

- Você também está me escondendo alguma coisa Cas. - Dean afirmou em tom interrogativo. - Sinto muito mas se for matar ele. Vai ter que passar por mim.

- Mamãe teria orgulho de mim em saber que tenho um Príncipe encantado. - murmurou Crowley.

- As coisas não deviam ter chegado a esse ponto. - disse Sam pisando na armadilha do diabo. Arrastou os pés com força no desenho apagando um pedaço do círculo. Crowley já sentia se livre se não fosse por Sam avançar no demônio com uma facada que atingiu seu braço profundamente. A pele do demônio começou a queimar.

- QUE PORRA - gritou Crowley saindo da armadilha com as mãos na ferida.

- Sam. - Dean correu para cima do irmão. O moreno desviou de Dean e puxou Crowley. Segurando o demônio pela camisa e a faca rente ao pescoço pronto para rasgar a garganta. Dean agarrou o pescoço de Sam segurando um dos braços e envitando que a faca fizesse mais estragados. Dean puxou Sam com mais força e a faca caiu nos pés do demônio. Ofegante o loiro soltou o moreno. O Winchester mais novo jogou Crowley no chão e abaixou para pegar a faca que não estava mais ali. Sam olhou para os lados. Os cabelos no rosto atrapalhando sua visão. Dean decepcionado olhava para o teto. Castiel? Castiel não estava ali. Sam se perguntou aonde que ele foi? Talvez não estivesse enxergando direito. Sam via tudo em câmera lenta. Viu Dean abrindo a boca, ele estava saltando um grito de terror. Mas nem o grito desesperador de Dean teve som. O irmão corria em sua direção vagarosamente. Tudo estava escurecendo. Seria mesmo o cabelo que fazia esse efeito? As lágrimas escorriam dos olhos do loiro que agora abraçava Sam. E o moreno não sentiu o abraço. Sam não sentia nada. A única coisa que Sam sentia era uma dor aguda dentro do seu corpo. Era como se algo o tivesse atingido covardemente por trás. Dean se desfez do abraço revelando a mão ensanguentada e como um trailer de terror Sam pode finalmente ouvir de Dean. " Sam... não Sam. Você vai conseguir. Eu te amo. Eu não vou viver sem você. Acorda.... fica comigo. SAAAMMMMM" O grito de Dean e uma dor latejante era tudo que Sam viu antes de fechar os olhos de uma vez.

- Ele está morto.