3. Folgas

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Era óbvio que meu chefe não ia me dar férias

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Era óbvio que meu chefe não ia me dar férias. Eu trabalhava na Gwangju Som há cinco anos e conhecia o cara, e por isso mesmo já estava pronto pra ouvir um não assim que tentasse entrar no assunto pra pedir uma folga. E mesmo que não o conhecesse, eu estaria pronto pra ouvir um não do mesmo jeito. Era todo aquele lance de não criar expectativas para não me decepcionar, sem contar que, se por acaso eu escutasse um sim, seria uma surpresa bastante agradável.

Acontece que eu estava trabalhando de segunda a sábado e sem saber o que era uma folga há aqueles mesmos cinco anos. E era por essas e outras que eu não fazia mais muita questão de trabalhar ali.

Podia até não ser estressante, e eu também ficava rodeado de guitarras o dia inteiro, mas cá entre nós, o salário não era lá essas coisas. Então, considerando que uma resposta negativa pra um pedido de descanso seria a gota d'água, e também que essa resposta negativa era extremamente provável, eu já estava preparado pra chutar o balde, pedir minha demissão e caçar grana em outro emprego.

Eu só queria duas semanas de férias. O festival ia durar quatro fins de semana, mas eu me contentaria em assistir só o último (já que teria necessariamente de ir com Hoseok) e folgar nos dias seguintes pra me recuperar da ressaca. Não era tanto assim.

De qualquer forma, cheguei na loja naquela terça já sabendo exatamente o que ia falar com o patrão. Só que se eu trabalhava ali há tempo o bastante pra conhecer o cara e imaginar que ele negaria o meu pedido, também estava ali há tempo suficiente pra saber que ele só ia aparecer na parte da tarde, e que até lá eu podia aproveitar pra fazer o que eu fazia de melhor: fugir do tédio. Por isso mesmo, passei algumas boas horas sentado atrás do balcão, me distraindo com uma Stratocaster de cor preta durante os momentos em que não tinha nenhum cliente para atender.

A manhã foi bem tranquila. Namjoon e Jimin não tinham tido nenhuma discussão séria, só o de sempre, e algumas horas depois do almoço, meu primo tinha vindo me avisar que o baixo de Hoseok tinha ficado pronto. Me perguntou se eu queria testar, muito embora ele já tivesse feito isso a grosso modo para ver se o som estava saindo e, como eu não estava fazendo nada, conectei ele num amplificador para ver como estava.

Eu não era bom tocando baixo, já que só sabia o básico, então não fiz grandes sons. Mas mesmo que não conseguisse tocar para valer, eu conhecia o instrumento, e por isso deu pra perceber que ele estava meio desafinado. Era compreensível, já que não tinha como controlar tanto esses detalhes durante um conserto, mas como o mínimo que a gente podia fazer era devolver ele em perfeitas condições, tomei a liberdade de afiná-lo para Hoseok.

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