Estava Escrito

Capítulo 9

| Roman |

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" Eu tenho um certo fetiche por coisas impossíveis."

- as palavras não confessadas.

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Depois de tantos anos fazendo a mesma coisa, todo santo dia, fazer qualquer coisa que não seja atirar, correr ou me proteger... parecia ser moleza.

Jack e eu conversamos sobre a sua empresa e não vi motivos para deixar essa oportunidade passar, afinal eu tinha que sair de casa a qualquer custo. Meu primeiro serviço era em uma boate nova que abriu a uma semana, na verdade eu estava "cobrindo" uma pessoa.

Meu trabalho real não era tão tranquilo assim.

As vezes, não há nenhum aviso, as coisas acontecem em segundos. Tudo muda.
Você está vivo ou você está morto, e as coisas continuam. Somos finos como papel. Existimos por acaso.

Estava em casa arrumando umas coisas no meu quarto, pensando bastante em voltar pro meu pequeno apartamento.

Agora que voltei a rotina novamente, era mais fácil fazer qualquer coisa.

- Ei, vamos naquela boate nova? - Erin perguntou abrindo a porta do meu quarto do nada. - Nossa que bagunça.

- Uma hora dessas você vai me ver pelado e a culpa não será minha. - eu disse.

Erin revirou seus olhos.

- Grande coisa, você é meu irmão e eu já te vi pelado. - comentou sentando na cama. - Não mude de assunto, vamos ou não?

Eu também revirei os olhos e bufei com seu comentário.

- Não posso. Estarei trabalhando.

- Trabalhando?

- Eu aceitei o trabalho com o Jack. Mas hoje vou cobrir uma pessoa, deixa para próxima.

Ela deu um suspiro.

- Ah. - disse. - Você era minha única opção.

A olhei e dei de ombros.

- Chama a Meghan.

- Poxa, realmente. - respondeu sorrindo e pulando da cama. - Vou ligar para ela! Boa sorte lá.

Erin me deu um beijo na bochecha e saiu porta a fora feito o furacão que ela sempre foi. Era assim desde criança, ela quase nunca batia na porta e quando saía deixava aberta.

Eu amo a minha irmã.

Terminei de arrumar minhas coisas, arrumei minha mochila e fui para garagem. Jack deixou um carro da empresa a minha disposição.

"Pelo menos não vai ficar vadiando por aí." Meu pai comentou ao saber que eu não estava mais desempregado. Precisei respirar fundo muitas vezes para não respondê-lo da maneira que merecia.