Capítulo 1

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| Roman |

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- Afeganistão, 2019

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- Afeganistão, 2019.


Eu só tinha dezoito anos quando fui parar no  exército americano.

Na verdade eu sabia que cedo ou tarde isso acabaria acontecendo, afinal de contas o meu destino já estava traçado. Ao cruzar as linhas deste lugar insalubre eu pensei que fosse morrer.

Mas morrer não era bem uma opção pra mim, então eu tinha decidido que não daria essa chance ao meu pai.

Meu pai era major-general.

Major-Generais geralmente supervisionam brigadas, que são grupos menores de soldados do que divisões ou corpos. Eles também podem ser responsáveis por departamentos importantes dentro do Exército.

As noites eram frias e os dias infernais.

Eu não pude projetar meu futuro, fazer uma faculdade ou até mesmo escolher o que eu queria fazer. A única certeza que eu tinha desde que nasci, era que eu deveria ser um militar e defender os interesses do meu país.

Seis anos servindo no Afeganistão e mais dois em Bali, até que voltei a base militar, ferido, fiquei alguns meses inativo.

Logo no início como fuzileiro naval tive um acidente durante uma missão e fiquei fora por alguns meses, depois eu retornei ao exército e posteriormente pra linha de fogo nos combates no Afeganistão. Incontáveis cicatrizes e histórias de horror pra serem esquecidas.

Mesmo não sendo fácil, eu ainda tinha meus amigos ao meu lado; Aíden e Ryan.

Assim como eu, eles também eram filhos e netos de militares de sucesso. Assim como eu, eles estão aqui defendendo o país.

Hoje eu acordei me sentindo estranho mas não imaginei que isso afetaria tanto o meu desempenho, até ser alvo em uma emboscada.

O peso do impacto entre meu corpo e o chão me deixou levemente grogue, não conseguia ouvir mais nada somente um zumbido conhecido. Aqui todos os dias eram exatamente iguais, cheios de mortes, bombas ensurdecedoras e pessoas feridas.

Foi então que o ferimento na minha barriga começou a doer muito. Não que eu já não tenha levado um tiro antes, mas talvez nunca me acostumei com essa dor.

Por mais que tentasse não conseguia me mexer, não só pela dor. Mas porque minha perna estava quebrada e meu ombro deslocado. Que sorte a minha.

O céu era acinzentado, mesmo que toda a poeira estivesse totalmente levantada, aquele parecia um belo dia para morrer. Fechei meus olhos aos poucos sendo levado pela sonolência e perda de sangue.

Estava EscritoOnde histórias criam vida. Descubra agora