• 𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒆́ 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒄𝒆𝒊𝒓𝒂... •

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Entramos cuidadosamente abrindo a cortina, estava tudo escuro e todas as cortinas de todas as cabines estavam abertas, exceto uma.
Ash acena para proceguirmos mas assim que dou um único passo, uma lança é arremessada em minha direção.

Eu desvio rapidamente enquanto Ash envolve o cômodo com sua sombra, impedindo que nosso alvo escape.
Olhamos para o teto de onde a lança veio, e os quatro demônios desceram de uma vez, nos cercando.

Ash apenas me olha e abre caminho pra que eu passe. Vamos seguir o plano.
Enquanto ele fica cuidando dos quatro, eu corro até a cabine onde sou repentinamente atacada.
Eu nem mesmo tive tempo, um vulto me arrastou para dentro da cabine me arremessando com muita força.

Pisquei fortemente algumas vezes ajustando minha visão turva e olhei para frente, onde uma linda mulher nua me observava como se eu fosse uma piada.
Ela puxou sua calda pontiaguda e balançou algumas vezes se aproximando com um olhar estranhamente atraente.

Eu já enfrentei succubus antes... E na verdade é simples.
Espero ela se aproximar com um sorriso confiante, e permaneço seria enquanto nossos rostos ficam cada vez mais próximos.

Quando eu percebo que estamos suficientemente próximas, retiro ligeiramente o frasco que coloquei entre os seios.
É uma substância explosiva muito potente. O frasco tem um formato espinhoso e eu o empurro contra seu peito.

Seu olhar diabólico de raiva se arregala e antes que eu possa empurrá-la, suas unhas afiadas arranham meu abdômen, seguidos por repetidos golpes fortes que eu desvio e defendo.
Eu chuto com vontade seu estômago e o frasco explode, dilacerando a parte da frente de seu corpo.

Ela se ergue vindo em minha direção, mas é inútil. Por último, eu a deixo no chão e ela se arrasta até seus capangas, na esperança que um deles a ajude, mas eu caminho em sua direção e vejo que Ash tem o controle de tudo.
Trocamos olhares e ele me jogar um tipo de lâmina negra feita de sua magia das sombras.
Eu uso a lâmina para decapitar o succubus enquanto Ash também termina de exterminá-los.

Apesar do cansaço ainda precisamos checar todo o material roubado de nós.
Precisamos cuidar dessa parte e chamamos a equipe de limpeza.
Por fim, eu deixei Ash cuidando das últimas coisas e fui cambaleando até o carro.

Minhas pernas tremiam e eu tive até mesmo dificuldade em abrir a porta.
Me joguei no banco e me cobri com o casaco de Ash que estava no carro.
Depois de alguns minutos Ash entrou, soltou um suspiro e me olhou. Ele percebeu que eu estava machucada...

Ash:você está com dor? -ele puxa um lenço e passa levemente nos arranhões por cima do vestido- vou pedir pra equipe de saúde cuidar de você

-não, só me leva pra casa, por favor... -digo com a voz baixa e a cabeça girando- quero ir pra casa

Ash:tem alguma coisa errada! -ele cheira o lenço com meu sangue e me olha assustado- ela te envenenou quando te machucou. Você está se sentindo mal?

-não, eu... -eu realmente me sinto como se estivesse bêbada- Ash eu, só quero ir pra casa

Desvio a atenção para a janela, fugindo de seu olhar preocupado.
Eu percebo que ele hesita, mas logo liga o carro e dirige como louco até minha casa.
Ele me pega no colo e me leva pra dentro até o banheiro do meu quarto.

Ash me observa receoso e se aproxima tirando meu vestido. Me deixando apenas de calcinha.
No momento, eu não consigo perceber e racionar com rapidez tudo que está acontecendo.
Depois de alguns minutos quando ele pega o kit de primeiros socorros e se ajoelha em minha frente, eu cubro os seios e questiono indignada sobre sua atitude.

-o que você-

Ash:estou cuidando de ti -me interrompe já respondendo-

Sua habilidade em detectar o veneno e fazer um antídoto foi crucial para minha cura.
Ash usou até mesmo seu sangue pra me fazer uma substância que sumiu com os machucados sem deixar cicatrizes.
Ele havia deixado a banheira encher enquanto cuidava do meu ferimento.

Minha consciência estava voltando quando eu finalmente peguei uma toalha pra me cobrir.
Eu nem mesmo podia olhar para seu rosto me sentindo envergonhada.
Ele entendeu e saiu do banheiro sem dizer nada.

Meu corpo e, principalmente, minhas bochechas estavam pegando fogo.
Pensei sobre isso durante o banho, eu entendo que ele fez isso pois era necessário.
Será que ele já foi? Seria bom agradecer. Ash me ajudou...

Eu me enrolo na toalha e saio apressada do banheiro mas acabo colidindo com algo assim que piso pra fora.
Era Ash, ele me agarra impedindo que eu caia no chão.
E mais uma vez... Aqui estamos nós. Nos encarando tão de perto.

Ash:onde estava indo com tanta pressa? -ele me solta devagar-

-bom, eu só queria te agradecer pelo que fez

Ash:você é minha parceira... Vou sempre te ajudar!

Hã? Você não vai pedir um beijo nem nada do gênero?
Por algum motivo, eu estava esperando por isso. Afinal, isso é o que o verdadeiro Ash faria.
Apesar de ter dito muitas verdades, posso ter sido um pouco dura.
Não quero que fique um clima estranho entre a gente.

-Ash, me desculpa por... Não conversar com você sobre as coisas que estavam me incomodando. Eu também não sei muito sobre você e fiz errado em tirar conclusões precipitadas

Ash:é... eu fiquei chateado e me irritei porque você me evitou -ele trava a mandíbula e desvia o olhar brevemente- por favor, sempre fale comigo quando precisar saber de qualquer coisa

Eu concordo com a cabeça. E agora que fizemos as pazes, fez-se um pequeno silêncio e ele parou para me observar de cima a baixo.
Pude perceber enquanto sua aura mudava lentamente e seus pensamentos pareciam inquietos.

Ash:Maxi... -ele susurra- me desculpa...

-pelo q-

Ash me puxou pela cintura e interrompeu minha fala colando nossos lábios em um beijo.
Seu corpo maior e mais masculino faz peso sobre o meu e me faz curvar levemente para trás.
Com uma das mãos eu agarro seu pescoço e continuo o beijo que se torna cada segundo mais intenso.

Meus dedos deslizam por seus fios de cabelo, e nossa línguas, deslizam uma sobre a outra de forma gostosa e intensa.
Mas seu aperto em minha cintura vai afrouxando e ele cessa o beijo juntando nossas testas.

Ash:você disse que não queria que eu te encostasse nem um dedo, mas eu não consigo me controlar -diz com os lábios vermelhos e hálito quente- fui sincero quando disse que te quero...

Ele acaricia minha cintura e eu mordo o lábio inferior pensando sobre isso.
Afinal, que hipocrisia. Eu fiquei com raiva quando Lia disse que os dois tinham um caso.
Eu realmente não queria que ele encostasse em mim pelas coisas que ouvi. Mas, eu gosto disso.
Quem eu quero enganar? Meu corpo também não mente que eu gosto.
Eu não sei o que dizer. Eu apenas o quero também...

Afasto a gola de sua camisa para baixo deixando seu pescoço exposto, e meus lábios descem distribuindo beijos molhados e chupões.
Sua mão em minha cintura se torna firme novamente e ele pende um pouco a cabeça para trás.

Ash:Maxi, para... -diz relutante e sério, eu ignoro totalmente- o que você está fazendo?

Me afasto novamente e olho fixamente seus olhos.

-ainda não ficou claro que te quero?

Ash solta um sorriso de lado mostrando a presa e me puxa fortemente contra seu corpo.
Mais uma vez ele se inclina em minha direção me fazendo sentir sua respiração.

Ash:é isso mesmo que você quer?

Meu corpo estremece sob seu olhar profundo e selvagem, e sua voz sai de uma forma ainda mais grave e sexy.
Eu aceno com a cabeça afirmando que é isso mesmo que eu quero.


• 𝒅𝒆𝒎𝒐𝒏𝒊𝒄 𝒍𝒐𝒗𝒆 •Onde histórias criam vida. Descubra agora