Capítulo - 2

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Fallon

Acordo com meu ódio diário, não dormi bem essa noite, o que piora drasticamente meu humor.

Não que em algum momento eu tenha um bom humor, essa não é uma característica minha.

Só posso oferecer humor negro e frases desmotivacionais, mas em compensação, eu sou a melhor nisso.

Tenho duas fases no meu dia a dia, elas variam entre ódio e tédio.

Minha mãe sempre reclama de não entender metade das coisas que digo, o que está tudo bem, já que em metade do tempo eu não sei quem ela é.

Por eu ser a primeira filha, meus pais me encheram de exames até a maior idade, para ter certeza que eu não tinha puxado o transtorno de personalidades da minha mãe.

Felizmente ou não, eu e meus irmãos não apresentamos esse transtorno em específico até o momento, mas sempre se tem o dia de amanhã né.

Apesar disso tenho transtornos sociais e bipolaridade, o que dizem que me deixa um pouco descontrolada, mas não percebo isso, pra mim só sinto raiva ou tédio como sempre.

Bom já é hora de levantar, tento negociar comigo mesmo, elaborando vários motivos para ficar na cama, mas hoje a minha parte responsável venceu.

Faço minha higiene, tomo um banho demorado, em seguida me enrolo em um roupão de seda e saio do quanto em direção a cozinha.

Faço minha higiene, tomo um banho demorado, em seguida me enrolo em um roupão de seda e saio do quanto em direção a cozinha

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Quando estou chegando no começo da escada, alguém me chama.

- Bom di...- o susto foi tanto que pisei em falso no degrau, torcendo meu pé e caindo da escada em seguida.

Eu sabia que ia cair, então só me entreguei, com a minha sorte talvez eu quebre o pescoço.

Mas pra minha surpresa, mãos ágeis me seguraram antes de cair, tento firmar meu pé no chão, mas isso dói.

- O que está fazendo ainda aqui? - pergunto reconhecendo o homem de ontem a noite.

- Eu disse que eu te devia minha vida, então agora sou seu - fala o louco.

- Meu como? - pergunto meio desconfiada.

- Seu, minha vida é sua, para adotar, sustentar ou casar... Se quiser - fala o homem me deixando desconcertada.

- Me pega no colo e me leva até a cozinha - falo, achei melhor não contradizer o louco, vai que ele surta e eu estou com dor.

Eu gosto de dor, isso não é um problema, mas hoje realmente estou com preguiça e mancar estragaria friamente minha imagem.

Pelo menos é o que eu tento me convencer.

- Certo - ele me pega no colo com facilidade, como se eu fosse uma boneca, uma boneca de porcelana - Você...

- Só carregar, sem falar - falo seca.

- Só ia dizer que seus seios estão...me chamando...- fala o homem respirando pesadamente e percebo que estou com os seios quase de fora.

O CarrascoOnde histórias criam vida. Descubra agora