𝚃𝙷𝙴 𝙳𝙴𝚅𝙸𝙻'𝚂 𝚁𝙴𝚃𝚄𝚁𝙽𝚂 • 𝙵𝚊𝚗𝚎 𝚃𝚘𝚛𝚛𝚎𝚗𝚌𝚎

Capítulo 25

Fane Torrance...

Atualmente...

   Que pergunta foi aquela? Se eu gosto de Emilly... Não, eu não gosto da Emilly, mas eu cansei de admitir que amo ela e só tomar o cu. Ter dito a ela que eu era de Emilly, me machucou pra caralho, eu não queria ser da Emilly, eu queria ser dela, mas ela não entende.

   — Eu não vou te responder isso – digo dando partida no carro novamente

   — Porque não? – ela me perguntou séria

   — Acho que não sou obrigado a te dar alguma satisfação, já que você também não me dá nenhuma satisfação – voltando a dar partida no carro

   Continuei dirigindo, e nós não trocamos nenhuma palavra até chegarmos ao local da festa, eu odiava vê-la assim, se ela estava mal eu estava mal, ainda mais por saber que possivelmente o motivo dela estar mal era eu. Eu me odiava por isso, me odiava por machuca-la, me odiava por a querer tanto a ponto de matar qualquer um que a encostasse, que a olhasse, e me odiava ainda mais por ter que ficar perto de Emilly, eu não amava ela, amava Emma...

   — Chegamos a festa Emma – disse e ela me olhou confusa

   — Não precisa falar mais nada, eu já entendi, já recebi minha resposta – Emma me olhou com um olhar bravo, eu acabei de chamar ela de Emma, não lobinha, talvez agora sim ela pensasse de vez que eu amo Emilly, mesmo não amando.

   Ela simplesmente saiu de lá, me deixando sozinho e pensando nas merdas que eu disse, nas merdas que eu fiz, na merda que vou fazer amanhã, eu não queria ir a aquela merda de baile com Emilly, queria ir com ela, e agora definitivamente não teria nenhum direito de falar nada, eu a fiz me odiar, ela tinha parado de me odiar. Eu fiz ela voltar a ter esse sentimento quando se trata de mim.
   Sai do carro e fui em direção ao bar, eu precisava beber, eu precisava me esquecer dela, eu precisava acabar com aquilo, eu precisava ter Emma para mim, apenas para mim, e eu faria qualquer coisa para tê-la para mim.
  
   — Oi amorzinho – Emilly disse se sentando ao meu lado

   — Odeio quando me chama assim, você sabe, não temos absolutamente nada! – eu digo bravo

   — Poxa Fane, se fosse Emma, você estaria implorando para ela te chamar assim! – ela diz furiosa.

   Eu já tava de saco cheio disso, ela tinha razão, se em algum dia Emma me chamar de amor, eu irei implorar para que ela não deixe de me chamar assim porque eu amo ela, ela sempre será quem eu procuro numa sala cheia, porque eu sempre vou gostar de caos, brigas, aquele beijo que me deixa duro, aqueles olhos, aquele jeito, aquela garota forte, que não precisa de ninguém.

   — Sai daqui, vá se divertir, e me deixe em paz – digo tomando mais um gole de whisky

   Ela não falou nada, apenas se retirou dali. Procurei Emma por todo lado, até que parei na pista de dança, lá estava ela com Finn e Gunnar. Percebi que alguns caras se aproximavam dela, e isso me irritava, eu odiava isso, ela era minha, quem eles pensavam que eram pra chegar perto de Emma?
   Foi nesse momento que larguei meu whisky e fui até lá, eu ia tira-la de lá, e aí de quem encostasse nela, ela era minha.

   — Com licença rapazes! – digo enquanto me aproximo de Emma com um sorriso no rosto

   — Cai fora Torrance, queremos dançar com a pequenina – ele diz apontando pra Emma

   — Sinto muito, mas eu cheguei antes – digo passando minha mão por volta da cintura dela

   — Ah Fane, mas eu queria dançar com eles – ela diz piscando os olhinhos

   — Viu Torrance? Ela quer a gente não você! – eles dizem com um sorriso debochado, então os deixo ali.

   Ver ela sorrindo enquanto dançava com outros homens fez meu sangue ferver. Precisava achar alguma forma de espantar eles dali, só não sabia como exatamente. E se papai viesse aqui me ajudar com isso? Ou melhor Tio Will...