10

444 83 18
                                    

vote e comente!

Use #InfernoTK no twitter.

🔥

Jeongguk estacionou na frente da escola de Jihyo e ficou esperando, enquanto a menina terminava de conferir a mochila para poder saltar.

Nos Estados Unidos, a escola que ela frequentava, não tinha uniforme, então era sempre uma verdadeira dor de cabeça quando a lobinha concluía que não tinha mais nada para vestir. Com a nova escola, na Coreia, existia uma farda padrão para todos aos alunos, composta por uma blusa social, a saia plisada ou uma calça, a gravata, o suéter, ou blazer, então Jihyo reclamava dos sapatos que deveriam ser pretos e dos acessórios que podia usar, segundo o regulamento da escola, sempre querendo algo que combinasse e não parecesse tão igual.

Jeongguk ria e suspirava, percebendo que cuidar de uma adolescente era um verdadeiro tormento. E ele nem podia reclamar muito, pois se lembrava que naquela idade era igualmente vaidoso e tinha coleções de tênis e bonés.

— Podemos pedir pizza hoje? — Jihyo pediu, já pronta para sair.

— Vou pensar. — Jeongguk respondeu, rindo ao perceber a menina revirar os olhos, por baixo da franja. — Boa aula, lobinha. Os seus seguranças que vão vir te buscar hoje.

— Tudo bem, oppa. Até mais tarde! — Jihyo respondeu e saiu do carro.

Jeongguk ainda assistiu a irmã atravessar a rua e adentrar os portões da escola, antes de dar partida e seguir para a empresa.

Ele não tinha comentado nada na frente da irmã, mas naquela madrugada tinha sido acordado por uma ligação de Los Angeles de um dos seus betas lhe contando que o galpão onde ficava um dos cofres tinha sido invadido por um bando que falava coreano e tinha símbolos coreanos em suas roupas. Não queria preocupar a menina com essas coisas, mas ele mesmo estava muito preocupado e por isso não segurou um rosnado de frustração que irrompeu de sua garganta enquanto acelerava.

Jeongguk não entendia por que tanta coisa estava acontecendo nas últimas semanas. Tudo havia virado de cabeça para baixo ao mesmo tempo. Em um dia, ele estava em casa, satisfeito por tudo estar em seu devido lugar; no outro, começou a receber ligações prometendo respostas para a morte de seus pais. A partir daí, tudo deu errado.

Talvez o que mais o assustasse fosse não entender os motivos ou saber quem estava por trás de tudo. Como consequência, ele não tinha certeza se as pessoas que mais amava estavam seguras. Isso o desorientava de forma inexplicável, pois ele tinha pavor de perder qualquer um de sua família novamente.

Com a notícia de que seu bando tinha sido atacado, Jeon se questionava se isso se dava ao fato dele não estar lá ou se pretendiam fazer mesmo assim se ele ainda estivesse no ocidente. E pior, o ataque tinha sido feito por um bando coreano. Porque alguém atravessaria o oceano para o atacar, quando se tinha o bando Jeon do oriente tão próximo?

Em sua mente o nome de Kang vibrava em sinal de alerta. Ele imaginava o homem dando continuidade aos seus planos de recolher todo o dinheiro sob o nome Jeon, independente de onde estivesse, para finalmente enfrentar Jeongguk e dar um ponto final em sua vingança. E para isso, Jeongguk se preparava, arquitetando planos e estando atento ao seu redor para esperar o ataque.

Kang podia ter sede de seu sangue, mas Jeongguk com certeza estava muito mais sedento pelo dele.

Ao entrar na empresa, notou como tudo corria normalmente. Funcionários iam de um lado para o outro distraídos com suas responsabilidades e clientes ou interessados aguardavam na sala de espera para serem atendidos.

L'ENFER | TK [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora