Rúben
Passou-se 1 semana, 1 semana, e se querem saber foi a pior semana da minha vida, apesar de ter recuperado, e dos pontos terem sarado quase que 100mil por cento, a minha semana estava a ser horrível, o tribunal tinha marcado o julgamento para a semana e a Carolina recusa as ligações que eu teimava a continuar, mas infelizmente sem sucesso.
Estava nos balneários a ligar pela milésima vez a Carolina para ela me ligar novamente.
- Assim não vais conseguir nada! Já pensaste que ela pode não ter rede. - disse o Rafa sentado ao meu lado, todos se preparavam para treinar enquanto eu estava ali apenas para ir para a fisioterapia.
- Para de lhe ligar. - disse o Samaris, mas paro de respirar quando a voz dela e ouvida do outro lado da linha, todos se calaram.
- Tu podes por um segundo parar de me ligar?
- Finalmente Carolina!
- O meu telemóvel bloqueou com tantas ligações perdidas.
- Precisamos de falar.
- Sabes o mundo não gira a tua volta, Porra, já sei! Que tens o julgamento marcado e não precisas de me estar a ligar.
- Carolina!
- Eu estou de férias. Deixa-me em paz.
- Fugiste quando eu disse aquela brincadeira.
- O quê? Vês e lá está outra vez. O mundo é grande. Não gira a tua volta, não és o sol.
- Eu sei POrra! Porque me falas assim?
- Queres alguma coisa?
- Quero que voltes para Lisboa!
- Deves achar que és meu avô para mandares em mim, infelizmente vou dar-te uma notícia não mandas.
- Podes explicar-me ao menos o porque dessa tua forma arrogante de me falares? Tu não és assim!
- Decidi por vontade própria tratar-te como mereces e como deves ser. Nunca me devia ter envolvido nesta amizade. Tu és meu cliente.
- Carolina, não sejas estúpida. Isso não interfere em nada.
- Interfere sim! Porque preocupo-me contigo.
- Isso é mau? Preocupares-te com um amigo?
- Estás a ver? Como posso defender em tribunal um amigo?
- Porque tu és a melhor! - Ouço suspirar. - Sabes distinguir a carreira pessoal da profissional. E antes que diga eu não sei fazer isso. Somente quando se trata da minha carreira.
- Então sabes distinguir a carreira pessoal da profissional.
- Não, Eu não sei distinguir o que sentes por mim como advogada e como sentes em relação a tua amizade por mim
- Devias então escolher outra Advogada. Tiravas as teimas.
- Eu não quero!
- Mas quero eu. Eu posso recusar os clientes sabias?
- Mas eu quero-te a ti.Porque és a melhor. E difícil de perceberes?
- Ainda estamos a falar do tribunal? - disse o Félix, olhei para o Félix
- Eu vou voltar para Lisboa no dia do julgamento, não me voltes a ligar. - disse.
- Carolina, não falas mesmo a sério?
- Nunca fui tão sincera!
- Fodasse, ficaste mesmo chateada? Eu sei que não estás a falar a sério.
- Porra! Porque decidiste embirrar comigo?
- Acho melhor pararem de falar um com o outro, porque vão dizer coisas que se vão arrepender. - disse o Pizzi.
A Carolina continuava em linha, mas apenas a respirar, isto a 10 minutos. Eu sei que respirava porque mantinha o microfone perto da boca.
- Porque aceitaste-me novamente como tua advogada? - disse depois do silêncio.
- Porque és a melhor. - Silêncio, mas hesitou e disse antes de desligar.
- Vou defender-te desta vez pela última vez, porque eu não quero apaixonar-me mesmo por ti. E se continuarmos com isto eu a ir a tua casa, e tu a minha, alguém se vai magoar, e infelizmente vou ser eu. Tu não queres um romance de amor tu queres uma curte de uma noite e de preferência que dure apenas 10 minutos. Não adianta recusares porque o fizeste mais que uma vez e é por seres impulsivo que vais a tribunal sexta feira. Nós os dois não pode existir. Nem como amigos, nem como colegas e nem como nada. Por isso Excelentíssimo Rúben Dias, veremos-nos Sexta- Feira no tribunal.
- Carolina! - Mas ela já tinha desligado. Ninguém disse nada, apenas um silêncio que me cortou como facas.
Na Sexta Feira quando a vi vestida de preto o mundo realmente parou, e como uma boa advogada defendeu-me com unhas e dentes, e tratou-me como qualquer antigo advogado meu me tratava, cordialmente e frio.
Defendeu-me e eu saí ilibado das acusações a Vanessa ficou presa e por verídico numa clínica psiquiátrica até ter consciência e cumprir a pena de 10 anos, por roubo, saída ilegal do país, passaporte falso, fiscalizações ilegais e mais uma tretas. No final a Carolina acenou cordialmente para o Juiz e depois olhou para mim tão formalmente que me senti mal.
Ela agarrou na pasta e afastou-se de mim sem deixar-me explicar e dizer uma palavra de agradecimento.
Tinha a perfeita consciência que aquilo poderia vir a acontecer, mas assim, de um dia para o outro e de uma maneira tão fria, julgava que conhecia a Carolina, um raio de sol, mas percebi que uma névoa agora envolvia a Carolina, tranformou-a nova supernova, mais forte, menos humana, o que a ajudou a se tornar na advogada mais prestigiada do País.
Ainda estava confuso, em como ela me olhava antes e me admirava com os olhos, de como em uma semana ela fingia que eu não existia.
Eu estava desvastado, apesar de nunca o demonstrar, agora com a consciência limpa eu namorei uma rapariga que conhecia. Mas sinceramente a Carolina invadia os meus pensamentos diários.
Ela tornou-se fria. E eu acreditava que aquilo era tudo teimosia, mas quando se passou quase 1 ano desde que aquilo aconteceu deixei-me disso e acreditei que relamente ela tinha realmente mudado.
Mas as coisas mudam e mesmo a namorar eu salvei-a naquele dia.
♡♡♡♡
Desculpem ter adiantado um pouco a história, mas no próximo capítulo perceberam.
Queria dizer apenas que vai sair mais um capítulo hoje porque ontem não tive tempo de postar.
Beijinhos
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Ponto Final | Rúben Dias
Ficción GeneralDesde que pequena que sonhava em ser Advogada, mas vejo a minha vida condicionada, após os meus pais morrerei num acidente aéreo, não fiquei desamparada, mas sabia que seria cada vez mais difícil seguir esse sonho. Consegui-o, e depois de conseguir...