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No dia seguinte, tomo um banho, e visto algo mais formal, saiu de casa sem pôr na boca, o que foi um erro da minha parte, ao chegar ao escritório, vejo o Senhor Henrique a conversar com a senhor Luz da recepção.

- Vejam quem aparece a horas. - disse o Senhor Henrique, ao pôr-me a vista em cima. - Cada vez mais orgulho-me de a ter escolhido. - disse e eu coro de repente, sem perceber- Vamos? - Afirmo e segui-lo, ele apresentou-me alguns pessoas e vejo que estava vestida dentro dos parâmetros. O meu estômago roncou e olho envergonhada para o meu futuro patrão.

- Vestimenta boa, mas uma barriga vazia? - Engolo a seco ainda mais envergonhada.- Sabia que um estômago vazio, cérebro não pensa. - Olho para baixo. - Carolina? Nenhuma advogada baixa a cabeça para ninguém. Essa é primeira regra que vou te ensinar. Não precisas ficar envergonhada, nem todos nascemos num berço de ouro. Vamos anda. - Ele guiou-me até a cafetaria e foi recebido pela Maria a enpregada que trabalhava ali. - Maria, prepara uma coisa em grande para a minha próxima estrela nos tribunais. - disse.

- Como se chama a estrela? - Eu olho para ela, não com superioridade, mas com confiança.

- Chamo-me Carolina, Carolina Silva! - disse e ela sorriu.

- Gosto dela. - disse.

- Só vou gostar dela quando a ouvir em tribunal. - Apreciei a fala e aceito aquilo, eu vou mostrar que sou mais do que uma cara.

- Eu vou conseguir ser a Advogada de prestígio que o meu eu de cinco anos queria ser.

- Acho isso maravilhoso! - disse já sentado, ela serviu-me uma tosta que me soube pela vida, ainda me deixou um bolo que guardei para mais tarde, serviu-me para beber um Compal de pêssego, depois de alimenta-la agradeço a refeição e prometo pagar-lhe.

- Se todos os males fossem esses. Deixa estar querida! - disse o Senhor Henrique, ele mostrou-me o resto do escritório e deu-me alguns livros para ler.

...

- Gostas de ler, suponho? - Afirmo corada. - Lê estes livros, podes ficar com eles, podem ajudar-te em alguns casos que aceitares receber.

- Vou dar-te um caso, imaginário e tens até ao final da semana para dares-me uma proposta de defesa. Eu vou avaliar e se passares vais para o tribunal imaginário aqui do sítio. Pode ser? - Afirmo Confiante, mas resolvo dizer por palavras.

- Aceito! - Digo.

- Vemos-nos amanhã. - disse apenas e saiu para o seu escritório, peguei nos livros,no caso imaginário e no bolo e fui para casa.

Cheguei a casa tirei os sapatos e sento-me na cama desfeita, como o bolo a ler o caso umas 4 vezes, vejo alguns pontos fortes.

Acusação: Roubo a uma farmácia
Testemunhas: 2 (Dona da Loja e uma Cliente idiosa)
Cadastro; Limpo (Em Liberdade)

Não há imagens de segurança, apenas uma imagem digital de um desenho feito pelas duas testemunhas.

Desenho este que parece o homem que é acusado, olhei para ele e vejo todos os dados dele.

1,98 testemunha diz tamanho médio, que pode ser de 1,65 à 1.75, ou seja não tem a mesma altura.

Testemunha sabe que este tem olhos castanhos, sujeito também tem.

Testemunha afirma que ele se encontrava na farmácia 5 minutos antes do assalto

Sujeito acusado de roubo, afirma que estava em casa, com o filho pequeno, que infelizmente não pode testemunhar contra ele.

Ponto Final | Rúben DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora