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Carolina

Não, não, não!

Seria eu capaz de esquecer o que tinha acontecido naquela maldita noite?

NÃO, EU NÃO CONSEGUIA, esquecer aquele energúmero de homem.

UMA semana em casa dos meus avós e eu só conseguia pensar nele, e não ajudava quando esse demónio ligava de 5 em 5 segundos, eu não fugi de Lisboa para uma terra isolada para me esquecer do Rúben, eu quis desanuviar.

Mas aquilo não estava a dar certo. Eu apaixonei-me tão facilmente pelo Rúben que me deu nervos e raiva nos nervos.

Não tive escolha em atender quando soube que o Julgamento se aproximava e conhecendo minimamente o Rúben sabia que ele esta a pirar por eu não responder.

Respiro fundo quando atendo por fim.
Os meus avós olhavam para mim e depois de me persuadirem de não o fazer não ouvi mais nada.

- Não podes fazer isso. Carolina. - disse o meu avô.

- Eu apaixonei-me por ele, eu apaixonei-me por ele e só cuidei dele por 3 dias. Eu apaixonei-me por ele, e não posso, não posso defende-lo na Sexta Feira se amar o Rúben.

- Carolina, não podes fugir do que sentes! E irracional, e tu mais que ninguém sabes isso.

- Eu sei que estás magoada com esta ausência dos teus pais!

- Não, não tem nada haver com isso. -

- Tem Carolina. Tu nunca me desiludiste em relação as notas, em relação a nada, e eu sei que contaste a tua avó que isto de abalada, mais que tudo, que vai magoar-te para a vida toda. Fugiste com medo, de teres sido abandonada mais uma vez.

- José!

- Carolina eu amo-te, mas pelo que contas o Rúben não é má pessoa e se te quisesse magoar teria o feito no dia em que te aceitou como tua advogada! - Eles saíram do meu quarto e com a raiva que estava atento por fim as lamurias do Rúben.

- Tu podes por um segundo parar de me ligar?

- Finalmente Carolina!

- O meu telemóvel bloqueou com tantas ligações perdidas.

- Precisamos de falar.

- Sabes o mundo não gira a tua volta, Porra, já sei! Que tens o julgamento marcado e não precisas de me estar a ligar.

- Carolina!

- Eu estou de férias. Deixa-me em paz.

- Fugiste quando eu disse aquela brincadeira.

- O quê? Vês e lá está outra vez. O mundo é grande. Não gira a tua volta, não és o sol.

- Eu sei POrra! Porque me falas assim?

- Queres alguma coisa?

- Quero que voltes para Lisboa!

- Deves achar que és meu avô para mandares em mim, infelizmente vou dar-te uma notícia não mandas.

- Podes explicar-me ao menos o porque dessa tua forma arrogante de me falares?  Tu não és assim!

- Decidi por vontade própria tratar-te como mereces e como deves ser. Nunca me devia ter envolvido nesta amizade. Tu és meu cliente.

- Carolina, não sejas estúpida. Isso não interfere em nada.

- Interfere sim! Porque preocupo-me contigo.

Ponto Final | Rúben DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora