Carolina
Eu estava a morrer de tanto rir. O Rúben a tentar cozinhar, era como se ele desaprendesse a jogar futebol, ele estava tão atrapalhado, que até tinha farinha na roupa e na cara. Em vez de ajuda-lo eu só estava a dar gargalhadas, eu já me contorcia em cima da bancada por não conter mais nada.
- Podes parar de rir! Isto não tem piada. - disse a ver mais uma vez a receita da sobremesa, já que o combinado foi eu fazer o jantar e ele a sobremesa.
- É um bolo Rúben, não é difícil! - digo.
- Eu vou conseguir. - Eu comecei a rir novamente. - Carolina, para! - disse, ele entornou o líquido do bolo em cima dele.
Ponho a mão na boca para parar de rir, mas não consigo, num movimento rápido dele ele tirou a camisola.
- Dias, veste a camisola! - digo.- Está suja Carolina. Não vou vestir aquilo. - disse a enrolar a camisola. Eu agarro na mesma e passo por água para não ter que olhar para ele.
Quando volto para a cozinha encontro-a a reler a receita.
- Toma! - digo a mandar-lhe uma t-shirt minha.
- Achas que isso me serve? - Perguntou.
- Acho! - Ele olhou para mim desconfiado.
- Eu não acho, mas olha isto! - Aproximo-me dele.
- Não vejo nada. - digo.
- Estava aí uma coisa! - Olho para ele.
- Achas que sou parva? - Pergunto a olhar para ele.
- Eu não - Ele soprou a farinha para cima de mim. Massa de bolo no chão, mais farinha, uma junção caótica.
- Rúben DIAS! - digo e ele começou a correr, mas não correu bem, porque ambos caímos antes mesmo de chegarmos a porta da cozinha. Ele estava em baixo de mim cheio ainda de massa e agora com farinha.
Ele olhou para mim e passou os dedos pelos meus cabelos que estavam em frente a minha cara.
- Precisas de tomar banho. - disse.
- Tu também. - Comento ainda em cima dele.
- Tu sabes que isto termina na cama. - disse e eu bato nele. Sai de cima dele e começo a passar um pano na minha cara. Ele levantou-se e abraçou-me por trás. - Desculpa Carolina.
- Eu gosto muito de ti. Mas eu não gosto que faças essas brincadeiras. - digo. - Não somos namorados Rúben! - Termino.
- Eu sei que não, mas não queria que levasses isto para o lado pessoal. - disse.
- Nunca queres Rúben. - digo. - Eu vou trocar de roupa. - disse a afastar-me dele. Quando voltei ele não estava lá. Suspiro quando vejo a cozinha limpa.
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Ponto Final | Rúben Dias
Ficción GeneralDesde que pequena que sonhava em ser Advogada, mas vejo a minha vida condicionada, após os meus pais morrerei num acidente aéreo, não fiquei desamparada, mas sabia que seria cada vez mais difícil seguir esse sonho. Consegui-o, e depois de conseguir...