Especial | O verdadeiro paraíso

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Pra que ninguém se confunda, esse capítulo é um especial do que aconteceu dentro do armário enquanto o Mingi e o Hongjoong estavam lá dentro. Aqui, abordo a relação deles de forma muuuito superficial, então não criem expectativas. No final, temos também o que aconteceu depois de encontrarem o Wooyoung.

O capítulo é inteiramente narrado na visão do Hongjoong.

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Capítulo especial:
“O verdadeiro paraíso”

A porta fora fechada, fazendo um barulho irritante. O som da chave trancando-nos e depois, uma penumbra em silêncio.

Me encostei na parede mais próxima à mim que achei, cruzando os braços e soltando um suspiro pesado, o que já deixava claro minha infelicidade de estar ali logo com ele. Ao aceitar participar, a princípio, minha intenção era cair junto de Leedo, ou talvez junto de Christopher, enfim, ambos eram bonitos e legais, além de já ter tido um certo lance com os dois, não faria mal repetir a dose, seja lá qual fosse. Porém, ter o grande, imenso, gigantesco azar da garrafa parar apontado logo na minha direção quando o “intimidante e ameaçador”, Song Mingi, a rodou, que nada disso era realmente, não me deixou nenhum pouco feliz. Serão longos 7 minutos. Haviam quase quinze pessoas ao redor daquela mesa e a merda da garrafa foi parar apontada logo para mim! Um golpe de azar terrível.

Não estava exagerando quando dizia que será insuportável passar aqueles minutos junto do Song. Definitivamente, dizia a verdade. Todas as minhas experiências passadas com aquele homem haviam sido desconfortáveis e irritantes. O motivo não era nem por causa dos boatos que circulavam pelo campus sobre ele e suas atitudes violentas. Dizendo a verdade, nem ao menos acreditava tanto assim nos rumores. De certa forma, eu conhecia o Song, e pela sua personalidade não me parecia que ele poderia fazer mal a qualquer pessoa. Ou talvez estivesse errado, porém isso pouco me importava também.

Mingi fez o mesmo, com as mãos nos bolsos da calça larga, ele se encostou em uma parede contrária. Ao que minha visão começou a se acostumar com a escuridão, pude ver o sorriso cínico estampado nos lábios dele. Que canalha.

Olhei para qualquer canto que não fosse aqueles olhos escuros do Song. Me reprimia de falar algo, sei que acabaria como das últimas vezes, e eu, com certeza absoluta, não queria que acontecesse outra vez.

Assim, se passaram quase três minutos na minha contagem. Ditava de um até sessenta mentalmente, para ocupar minha cabeça com algo, não funcionando quase nada. Parecia que o sol iria nascer e aqueles sete minutos não acabavam. Ficava mais ansioso a cada número contado.

Rompendo o silêncio que havia dentro daquele armário – diferentemente do lado de fora –, ouvi ele estalar a língua no céu da boca, atraindo minha atenção quase de imediato. Talvez estivesse entediado, sabia que ele ficava com tédio fácil ao estar sem fazer algo.

Rodei os olhos para o lado, no modo automático, já me cansava da presença dele, mesmo que não estivéssemos conversando.

— Já faz um tempo que não ficamos assim, sozinhos. — e por falar em conversar, ele tinha que abrir a boca —. Quando foi a última vez? — indagou, talvez querendo uma resposta ou apenas perguntando de forma retórica, não importava, não respondi.

Continuei com minha quietude, olhando para qualquer ponto aleatório, não dando real atenção ao que olhava. Não disse nada por um tempo, como se esperasse uma resposta. Não obteve, então retomou:

— Ah! — pronunciou como se tivesse lembrado de algo — foi naquela madrugada quando você tinha saído com seus amigos e bateu na minha porta com álcool no lugar do sangue. — podia imaginar o sorrisinho narcisista que moldava seus lábios enquanto falava, típico dele.

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⏰ Última atualização: Apr 28 ⏰

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