1x1 - Piloto

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//A HÍSTÓRIA SE PASSA APÓS OS EVENTOS DE CALAMIDADE E ANTES DOS EVENTOS DE ENIGMA DO MEDO\\
[ EU OBVIAMENTE NÃO SOU O CRIADOR DA OBRA, ENTÃO TUDO QUE SERÁ ESCRITO AQUI NÃO SEGUIRÁ A RISCA O QUE ACONTECEU OU IRÁ ACONTECER NA HISTÓRIA ORIGINAL ]

~X~

// "--EXEMPLO" = Gritando\\
// "--Exemplo" = Sussurrando\\
// fala entre aspas no meio do texto, sem parágrafo dedicado, significam pensamentos\\

Boa leitura <3

~~Piloto~~

"A coisa mais bela que podemos vivenciar é o mistério. Ele é fonte fundamental de toda verdadeira arte e de toda ciência. Aquele que não o conhece e não mais se maravilha, paralisado em êxtase, é como se estivesse morto: seus olhos estão fechados" - Albert Einstein

~X~

Esperança; uma coisa que nem todos são capazes de ter.
Esse sentimento, que nos faz buscar o mais inalcançável e desesperado desejo de nossos corações, ou então, nos faz aguardar ansiosamente por coisas especiais, mesmo que sejam pequenas.
Esperança, sem ela, perdemos a razão de viver, não há pelo que lutar ou por que continuar.
Podemos ter esperança em realizar nossos sonhos, conhecer alguém que admiramos, conquistar algo que sonhava desde criança, ou só ter esperança de rever alguém que ama muito.

Todos nós já tivemos esse sentimento alguma vez na vida, seja qual for a intensidade ou a ocasião. Mas nem todos conseguem manter esse sentimento a salvo das decepções da vida, a salvo das garras da tristeza e angústia, da solidão, uma constante luta para manter acesa uma chama fraca, que pode se apagar a qualquer instante, mas que ainda está lá, tremeluzindo, se esforçando para continuar viva.
Algumas pessoas lutam para que essa chama não se apague, mesmo que seja uma luta incerta e desafiadora; é como tentar proteger a chama de uma vela de dezenas de ventiladores.

Algumas pessoas dariam tudo para ter essa chama acesa novamente, mesmo que seja por pouco tempo. Ter uma razão pra viver, uma razão pra não desistir, pra levantar da cama todos os dias e encarar a dura e cruel realidade nos olhos, e ainda conseguir sorrir, sem deixar se abalar, sem fraquejar, nem por um instante, porque basta apenas um deslize, e essa chama vai se apagar de novo, talvez, pra sempre, como o último raio de sol que cai pelo céu cada vez mais escuro à medida que a noite vem chegando, e a tarde vai dando seus últimos suspiros.

"O dia passou voando hoje." pensou Adalberto, um senhor de 62 anos de idade, enquanto olhava seu relógio de pulso, que indicava que as 18:00 haviam chegado.
Adalberto era um homem baixo, bigode penteado cuidadosamente, com maior quantidade de fios brancos do que seus antigos fios castanhos. Tinha cabelos grisalhos, escondidos pela boina cinza que ele usava sempre. Ele era dono de uma pequena mercearia que, apesar de não ser tão espaçosa, era muito conhecida no bairro por ser aconchegante e, acima de tudo, por Adalberto, que era muito simpático com todos os clientes e pessoas que via, seja no estabelecimento ou na rua, enquanto ia para o trabalho ou já estava a caminho de casa.

Adalberto estava fechando a loja depois de mais um dia de trabalho, o sol se pondo no horizonte, um vermelho dourado pintando o céu de São João da Boa Vista, cidade do interior de São Paulo, conhecida por suas paisagens vastas e lindas.
O bairro em geral não era muito movimentado, ainda mais quando a noite vinha chegando. Por causa disso, o senhor Adalberto estranhou quando seis ou sete vultos encapuzados saíram correndo de um edifício abandonado, a três quadras de distância. Estavam longe o suficiente para o velho homem não conseguir ver a expressão daquelas pessoas, mas pareciam querer sair de lá o mais rápido possível.

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