O local era fétido, o cheiro podre e velho infestava o lugar, que junto com o aspecto abandonado do seu interior, corroído pelo tempo, um cenário perfeito para um filme de terror.
As entranhas de Gustavi reviraram quando seus olhos viram o sangue que estava espalhado pelo lugar, o que fez com que o rapaz ficasse ainda mais alerta. Calisto, por sua vez, olhou aos arredores, tentando encontrar algo nas paredes além do sangue e das pichações.
-- Acha que tem mais daquelas criaturas aqui? -- Perguntou Calisto à Gustavi.
-- Não era eu quem devia fazer essa pergunta, já que você tem mais experiência? -- Respondeu Gustavi, irritado.
-- Analise o ambiente -- Sugeriu Calisto.
Gustavi então percebeu que Calisto sabia a resposta para aquela pergunta de algum jeito, mas queria saber se ele poderia encontrar a resposta também. Era algum tipo de teste? Sem tempo para pensar nisso, ele decidiu correr os olhos pelo ambiente, à procura de alguma pista ou evidência que indicasse o que de fato aconteceu e o que estava acontecendo naquele lugar.
Seus olhos pararam numa pequena das várias poças de sangue que marcavam o local, e então percebeu que aquele sangue era diferente, como se fosse gosmento e gelatinoso.
-- É, deve ter mais deles aqui... -- Pontuou Gustavi, que segurava o revólver na sua mão com mais força. -- Acha que aquelas pessoas encapuzadas sabiam da existência das criaturas, ou foram pegos de surpresa?
-- Acho que isso pode nos ajudar a responder essa pergunta -- Respondeu Calisto, que apontava com a mini lanterna tática acoplada em sua pistola para uma pilha de correntes no chão, quem em sua volta havia sangue e um pedaço de pano rasgado.
Calisto se abaixou para analisar as correntes, parecia procurar à princípio por alguma digital, mas então, com o dedo indicador da mão direita, ele passou por uma das partes das correntes mais sujas, em seguida levantando o dedo para analisar.
-- São cinzas humanas. -- Disse Calisto, ainda olhando para a ponta do dedo.
Um arrepio percorreu a espinha de Gustavi
-- Que?! Por que?? Como você sabe??
-- Olhe. -- Calisto apontou o dedo indicador na altura dos olhos de Gustavi.
O dedo estava sujo, com algo que, por mais que Gustavi não quisesse admitir, lembrava muito cinzas.
-- Por mais absurdo que possa parecer, as cinzas têm uma certa importância pros estudiosos do Paranormal, já que ela é um dos ingredientes para fazer rituais... Basicamente utilizar resquícios de poder do Outro Lado -- Acrescentou Calisto, vendo a expressão confusa no rosto de Gustavi.
Gustavi achou que essa explicação não respondia muitas perguntas, mas achou que aquele não era o melhor momento para fazer perguntas
-- Provavelmente prenderam alguma pessoa aqui, e a feriram de alguma maneira, o que explicaria o sangue, mas não queriam mata-la, já que as cinzas mostram que possivelmente tentaram tratar o ferimento. A única coisa que não tenho teorias a respeito é esse pedaço de pano, provavelmente é do mesmo tecido e mesma cor daquelas pessoas encapuzadas. Isso talvez mostrasse que prenderam uma pessoa do próprio grupo aqui? Mas por que?
Calisto agora começara a anotar todas as pistas e evidências que encontraram até ali, pegando vários papéis soltos dos seus bolsos e alguns grudados na sua roupa.
Gustavi, mais uma vez, achou melhor não fazer perguntas.
Chegaram, então, próximo de uma das várias salas do hospital, porém, essa tinha a porta de madeira quase totalmente destruída, e marcas de garras no chão, além de pegadas aparentemente deixadas por um humano, mostravam que provavelmente uma perseguição ocorrera ali.
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Ordem Paranormal - Destinados
FanfictionDepois de perder tudo para o Paranormal, Gustavi Castillo decide combater o Outro Lado, arriscando sua vida em prol do bem maior - a segurança da humanidade. Porém, nem tudo é o que parece, e na Ordo Realitas ele irá descobrir o que é ser um agente...