2x7 - Sangria

4 1 0
                                    

Estava quase tudo pronto, finalmente poderia ser abençoado. Sua Dama surgiria, e então ele seria agraciado com o inestimável, inimaginável.

Faltavam apenas três, três Sacrifícios, e enfim aconteceria. Estava quase tudo pronto.

Mas ele sabia o que teria que fazer, e estava preparado. O último teria que ser um Sacrifício poderoso, e quem mais poderia cumprir esse requisito além de...

X

Gustavi finalmente acordara. Abriu os olhos e percebeu os raios de sol entrando pela janela da sala. Christian aparentemente já acordara, e estava na cozinha reunido com os outros.

O garoto, então, se sentou no colchão que estava. Acabara de perceber que essa noite inteira ele não teve pesadelos, o que não acontecia há muitos dias. Talvez fosse por conta do cansaço e do dia intenso que tivera ontem. Ele coçou a cabeça, pegou seu revólver ao lado do colchão e o colocou dentro de um coldre na cintura. Depois disso, se levantou, e se dirigiu até o banheiro.

Olhou-se no espelho, e viu um Gustavi cansado retribuindo o olhar. Olheiras começavam a aparecer discretamente por de baixo de seus olhos, além de um olhar mais caído. O que era perfeitamente esperado, já que estava vivendo uma vida ainda mais exaustiva do que já tinha. Agora, os casos pequenos que resolvia antes se tornaram mistérios complexos que desafiavam a lógica e a compreensão o tempo todo. Inclusive, estava em um desses mistérios neste exato instante.

O que é esse grupo ocultista? É tudo parte de um ritual? Quais serão os próximos passos dos ocultistas? Todos esses eram questionamentos que passavam pela sua cabeça o tempo todo. Mas um em específico dominava sua cabeça há anos.

Gabriel, onde você está?

Lembrou-se, então, da conversa de ontem que tivera com Suzane. A mulher também perdera alguém; sua filha. E assim como Gustavi, não perdeu a esperança de continuar procurando. Eles iriam conseguir, tinham que conseguir.

O rapaz, então, fez suas necessidades básicas e de higiene, e foi em direção à cozinha.

Encontrou um ambiente calmo, mas relativamente cheio. 5 pessoas conversavam e discutiam sobre planos e ideias.

-- Gustavi! -- Cumprimentou Ana.

-- Sempre o último a acordar. -- Disse Christian, rindo.

-- Bom dia pra todo mundo. -- Falou Gustavi, bocejando. -- Que horas são?

-- Dez da manhã. -- Informou Isadora.

-- Agora que estamos todos aqui, vamos tomar um café rápido. Temos coisas à fazer. -- Disse Calisto, se servindo de uma caneca de café.

-- Mas já? -- Exclamou Gustavi.

-- O ocultistas não vão esperar a gente comer um banquete, Gustavi, lembre-se disso. -- Comentou Calisto.

-- É, tem razão. -- Concordou Gustavi, acatando a bronca e adquirindo uma postura mais séria.

-- Vamos para a localização que você achou, Calisto? -- Perguntou Ana.

-- Sim, investigaremos o lugar o mais cedo possível. Se não acharmos o antigo esconderijo de Álvarez, pelo menos limparemos a área de algumas criaturas Paranormais, já que a Membrana confirmadamente está mais fina naquela área. Portanto, se alimentem bem porque precisaremos de foco total no momento. Sairemos daqui meio dia em ponto.

-- Aliás, e você, Suzane? -- Perguntou Christian.

-- Vou ficar dando uma olhada pela cidade, vendo se acho alguma coisa estranho ou fico sabendo de algum ocorrido. -- Explicou Suzane.

Ordem Paranormal - DestinadosOnde histórias criam vida. Descubra agora