Capítulo 18

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Jungkook

Jimin estava super empolgado enquanto mostrava suas compras pra mim, e eu ainda mais por ver o sorriso em seus lábios, porque ver Jimin empolgado me deixa empolgado, ver Jimin feliz me deixa feliz.

Já tinha um tempo que estavamos juntos em seu apartamento quando ele foi se trocar pra que jantássemos, dessa vez decidimos ficar em casa mesmo, por isso pedi por delivery, pedi tudo que sei que ele gosta e o que acho que ele vai gostar.

— Amor, voltei — Meu pequeno apareceu em minhas vistas com um pijama fresquinho, era uma camiseta de manga longa mas com um short, esse que mostrava bastante das suas pernas.

— Vem aqui no seu amor — Ele veio todo sorridente e deixou levar quando eu o puxei pro meu colo, me aconcheguei no sofá deixando meu pequeno bebê bem aconchegado em meus braços.

— Amor, vamos assistir Moana?

— Tudo que meu coração quiser — Jimin sorriu me abraçando apertado, eu já tinha notado que ele estava angustiado a alguns minutos, antes de ir se trocar, mas não ousei tocar no assunto — Amor, você está bem?

— Eu quero conversar — Quando eu o olhei os lindos olhinhos estavam marejados.

— Conversar sobre o que? Eu fiz algo de errado?

— Não amor, você não — Ele tocou meu rosto — Jun, eu te amo.

— Eu também te amo meu bem.

— E eu sei que você espera que façamos coisas a mais, agora que estamos namorando — Eu já ia negar — Eu sei, porque eu também tenho vontade de te tocar, mas, mas Jun, eu tenho muito medo, dói, dói muito e, e é tão desconfortável, tão torturante — Ele me apertou com força — Eu sentia como se estivessem me rasgando, sempre, sempre muita dor e muito choro..

— Neném

— Eu sinto muito, sei que não deve ser fácil gostar de alguém tão traumatizado como eu, mas eu peço que por favor, tenha paciência comigo, eu vou tentar melhorar, vou me tornar alguém normal.

— Meu amor, você é normal, não diga isso — Beijei sua testa — Você é normal — Beijei sua boquinha — E vida, sexo é o de menos aqui, não fique pensando muito nisso, sim?

— M-mas amor, e se um dia acontecer e doer?

— Se um dia, lá no futuro meu bebê me disser que está pronto, e na hora, mesmo com todos os cuidados você sentir dor eu vou parar, imediatamente, vamos ver o que pode estar acontecendo e se você ainda quiser a gente continua, se não, a gente só para e pronto, eu nunca te obrigaria a continuar meu amor, nunca.

— Ele me obrigava — O pequenino me olhou — Ele falava que se doesse ele pararia, mas ele nunca parava amor, nunca, ele me machucava, invalidava minhas dores e meus sentimentos, ele, ele colocava aquela coisa em mim com força, até quando eu estava dormindo — As mãozinhas delicadas estavam tremulas, por isso as peguei e comecei a deixar beijos — Doía tanto, parecia que eu iria morrer a qualquer momento, e, e — Ele paro de falar do nada — Desculpa, eu não deveria estar te falando coisas assim, vou parar

— Não, pode falar, coloca pra fora neném, estou aqui pra te ouvir e te acolher — Coloquei ele sentado de frente pra mim agora e toquei sua cintura — Pode contar seguro de que nada disso vai te acontecer novamente, nem por ele e nem por ninguém,

— Obrigado — Ele sorriu em meio as lagrimas,

— Doía? — Ele assentiu enquanto eu limpava seu rostinho

— Muito, sempre saia sangue, mas se eu reclamasse ele metia com mais força, ele dizia que eu era obrigado a aguentar, tanto por ser seu namorado quanto por ser homem, depois de um tempo ele se irritava tanto comigo e com as minhas reclamações que ele só me, me colocava de costas, amor era terrível, eu vivia um pesadelo, ele passava aquelas mãos sujas por meu corpo, me apertava, deixava marcas doloridas em mim — Ele falava com um desespero tão grande — Jun, ele, ele era tão mal comigo que deixava as unhas crescerem pra me machucar por dentro.

Sweet Angel Onde histórias criam vida. Descubra agora