CAPÍTULO 22

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MAEGOR

Desde que Visella extinguiu a casa Fleet o rei Aegon fez questão que ela ficasse em Aegonfort sendo observada por ele. Era um dia comum para mim, eu e Christian andávamos pelo castelo de Porto Real quando eu vi Baella Velaryon caminhando ao lado de um homem, ao me ver a mulher encarou- me dos pés a cabeça e então seguiu seu caminho. — Pode dizer por qual razão estamos aqui? — Christian comia castanhas enquanto me encarava.

— Por ele. — Bati na porta, esperando que ela fosse aberta, o que não demorou muito.

— Irmão! — Aenys abriu seus braços mas assenti que não com a cabeça, o que foi o suficiente para que ele não me abraçar, e então ele encarou Christian. — E quem é esse?

— Um amigo. — Eu entrei em seu quarto e Christian fez o mesmo em seguida.

— Desde quando você tem amigos?

— Porque todos fazem a mesma pergunta? — Sussurrei tendo certeza de que não havia ninguém em seu quarto para que pudéssemos conversar.

— Então! — Aenys estava animado. — Sobre o que queria discutir?

— Você será rei em breve.

Os olhos de Aenys se escureceram, e a animação do jovem príncipe já não estava mais presente. — Sabe que o que está falando é...

— Nosso pai está cansado...Sabe disso...

Aenys concordou com sua cabeça quando meu tom de voz ficou um pouco mais dócil. — O que quer? — Aenys se aproximou.

— Ceryse não estará mais entre nós em breve...

— Céus...Ela está doente? — Encarei Christian ao ouvir a pergunta de Aenys.

— Sim...Bem, eu preciso de um herdeiro, você entende isso não é irmão? — Tocou no ombro de meu irmão.

— Sim! É claro...

— Eu desejo me casar, quando Ceryse não estiver mais entre nois. Contudo, isso significa que...

— O alto septão...Provavelmente eles podem interferir por ser um segundo casamento. — Aenys colocou seus dedos no queixo e em seguida me encarou nos olhos. — Com que você deseja se casar?

— Com nossa irmã. — Ergui o meu queixo.

— Maegor! — Aenys sorria em desespero. — Isso é...Céus! Visella nunca aceitaria tal coisa. — Ele hesitava ao se aproximar de mim.

— Ela aceitará. — Cerrei os meus punhos.

— Minha cabeça dói...Eu...Saíam por favor...

— Ele não o fará. — Christian ainda comia castanhas enquanto andávamos do lado de fora.

— Eu sei. — Suspirei seguindo nosso caminho.

— Então por qual razão veio até ele?

— Preciso que ele pense que somos amigos. — Peguei uma de suas castanhas e então algo chamou minha atenção, vindo direto do quarto da minha futura esposa. — Ei! — Apontei para a maldita Velaryon.

THE FALL OF A KING - MAEGOR TARGARYENOnde histórias criam vida. Descubra agora